Os exércitos indiano e chinês estão em confronto há mais de
cinco semanas em Pangong Tso, no vale de Galwan. Porém hoje terça-feira (16/06)
o conflito militar elevou o nível, deixando um saldo de vinte militares
indianos mortos. Uma fonte do governo do Primeiro Ministro Nerendra Modi, da
extrema direita, declarou ainda que mais de 130 soldados indianos sofreram
ferimentos, o que pode fazer com que o número de vítimas suba ainda mais. Por
outro lado, o editor-chefe do jornal chinês Global Times, Hu Xijin, afirmou que
o Exército chinês "também sofreu baixas no confronto físico no vale
Galwan”. Pequim reagiu à escalada de violência na área do conflito, acusando os
militares indianos de cruzar a fronteira no Vale Galwan, provocando confrontos
ao atacar as forças chinesas. O Ministério das Relações Exteriores da China
apresentou um protesto e fez representações em Nova Deli. Os dois países
vizinhos não têm uma fronteira marcada na região disputada, sendo a separação
de territórios estabelecida pela Linha de Controle Real, criada após a guerra
de 1962 entre as nações. Desde então, vários conflitos fronteiriços ocorreram
ao longo das décadas. Entretanto estas foram as primeiras mortes em mais de
quatro décadas na disputa pela fronteira reivindicada pelos dois gigantes
asiáticos. A Índia e a China compartilham uma fronteira com mais de 3.440 km
com muitas reivindicações territoriais ao longo dela.Desde a década de 1950, a
China se recusa a reconhecer as fronteiras traçadas durante a era colonial
britânica. Uma das raízes históricas das “escaramuças” militares na região está
na relação entre China e Paquistão, aliados de longa data. O governo indiano
acusa os chineses de terem ajudado os paquistaneses a obter tecnologia nuclear
e mísseis de longo alcance. Atualmente alta cúpula do governo nacionalista
hindu de direita, comandado por Modi, também cogita sobre a recuperação da
Caxemira, administrada hoje pelo Paquistão, ação que poderia levar a uma guerra
de proporções incalculáveis. É evidente que a elevação das tensões militares e
confrontos letais na fronteira entre a India e China, tem como pano de fundo a
Guerra Híbrida estimulada pela Casa Branca contra o governo do Partido
Comunista Chinês.Trump busca a todo custo envolver o Pentágono em um ataque a
China, para recuperar algum prestígio no interior do Alto Comando Militar
Ianque(ACMI). Muito debilitado com a crise sanitária e econômica que a Pandemia
provocou nos EUA, Trump vê sua reeleição completamente ameaçada, em função do
crescimento da candidatura do Partido Democrata, que hoje conta com o apoio da
elite financeira e também dos generais do Pentágono. O anterior vice-presidente
presidente Biden é representante legítimo da poderosa indústria armamentista
norte-americana, desde os tempos da guerra do Vietnã. Mas acuado Trump pode
manipular seu “discípulo” Modi(uma espécie de Bolsonaro indiano) para uma
aventura militar contra o regime de Pequim. Os Marxistas Leninistas estão
alertas a mais este conflito regional provocado pelo imperialismo ianque, que
pode rapidamente se transformar em estopim de uma nova Guerra Mundial, no marco
da maior crise capitalista dos últimos 50 anos. Não dissimularemos nossa
posição política: Estamos incondicionalmente no campo militar da China contra
qualquer provocação do imperialismo ianque!