segunda-feira, 15 de maio de 2023

NAKBA, 75 ANOS DE LUTA HEROICA CONTRA O ENCLAVE SIONISTA ASSASSINO: UM COMBATE ANO A ANO PELO RETORNO PARA O TERRITÓRIO HISTÓRICO DA PALESTINA OCUPADA POR ISRAEL E O IMPERIALISMO

Hoje, 15 de maio de 2023 é o 75º aniversário da Nakba (Catástrofe Palestina), que começou antes da criação do enclave sionista e continua até hoje. Em 1948, 1,4 milhão de palestinos viviam em 1.300 cidades e vilarejos palestinos em toda a Palestina histórica. Mais de 800.000 habitantes foram expulsos de sua terra natal para a Cisjordânia e a Faixa de Gaza, países árabes vizinhos e outros países do mundo. Os sionistas conseguiram conquistar as terras de 774 cidades e vilas e destruíram 531 cidades e vilas palestinas entre 1948 e 1950. Nesse período, as forças sionistas também cometeram mais de 70 massacres nos quais mais de 15 mil palestinos foram mortos.

Entre 1947 e 1949, as forças paramilitares sionistas e israelenses limparam e erradicaram etnicamente mais de 500 aldeias e cidades na Palestina, forçando ao exílio mais de 750.000 palestinos e tomando 78% das terras da Palestina histórica. Conhecido como Nakba, ou catástrofe em árabe, esse deslocamento forçado foi a base para a fundação do Estado israelense.

Hoje, mais de 7 milhões de palestinos vivem como refugiados ou exilados, sem o direito de retornar à terra de onde eles, ou suas famílias, foram expulsos à força. Um direito consagrado no direito internacional. Os palestinos que permaneceram no Estado de Israel e aqueles no território ocupado, muitos dos quais são refugiados, enfrentam um sistema de regras racistas discriminatórias que equivalem ao crime de apartheid segundo o direito internacional.

A remoção forçada da população palestina não terminou com a fundação de Israel em 1948.

Israel continua a deslocar e exilar a população palestina nativa. Israel está tentando limpar etnicamente as famílias palestinas de suas casas em Sheikh Jarrah, Jerusalém ocupada. Quatro das famílias palestinas enfrentam a perspectiva de serem despejadas nesta semana. Enquanto os palestinos protestam em Jerusalém contra esses despejos e o programa contínuo de limpeza étnica de Israel, as forças israelenses responderam com brutalidade, incluindo um ataque a fiéis na mesquita de Al Aqsa que feriu centenas de pessoas.

Para nós, a justa aspiração do povo palestino pela sua pátria, a retomada de seu território histórico e a edificação de seu Estado nacional apenas podem ser alcançados ligando as tarefas democráticas pendentes com a luta pela revolução social. Essa imposição decorre do controle que o imperialismo exerce sobre a região e devido ao caráter de enclave militar de Israel, um Estado artificial montado pelos EUA para controlar o Oriente Médio. 

A utopia reacionária da existência de “dois estados” convivendo lado a lado, um sendo uma máquina de guerra instalada no território palestino e outro um “Estado-bantustão”, revela-se uma farsa. Essa fraude é o único “Estado palestino” que o imperialismo e Israel estão dispostos a aceitar.

Com a cumplicidade da chamada "comunidade internacional" e com o apoio do imperialismo, a Nakba continua e hoje completa 75 anos!