O “IDENTITARISMO” A SERVIÇO DA GUERRA DA OTAN/UCRÂNIA CONTRA A RÚSSIA: UMA “ARMA” PROGRAMÁTICA CENTRAL DA DOUTRINA OFICIAL DO IMPERIALISMO IANQUE
A manchete no Jornal “O Globo” da Famiglia Marinho, porta-voz do imperialismo ianque no Brasil, é entusiasta “Trans, americana e jornalista: conheça a militar mais famosa da guerra na Ucrânia” (18.05). Fica mais que evidente que a Casa Branca e seus ventríloquos adotaram oficialmente o Identitarismo como um dos eixos centrais de sua plataforma política e ideológica. Não por acaso, Biden declarou recentemente essa plataforma identitária como “parte essencial” da política dos EUA, leia-se da doutrina oficial do imperialismo ianque. O presidente dos EUA emitiu uma proclamação declarando que as pessoas transgêneros “constituem a alma da nação” nos Estados Unidos: “Os transgêneros americanos são a força vital de nossa nação – orgulhosamente servindo nas forças armadas, curando doenças mortais, ocupando cargos eleitos, administrando negócios prósperos, lutando por justiça, criando famílias e muito mais”.
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Seguindo essa mesma tonada, o pastelão pró-ianque afirma “Sarah Ashton-Cirillo, mulher trans, americana e jornalista que hoje é sargento das Forças Armadas ucranianas. Seu codinome militar era Blonde (loira, em português), mas ela teve que parar de usá-lo porque os russos haviam colocado sua cabeça a prêmio. Ashton-Cirillo é a soldado mais famosa das tropas ucranianas e tem sido repetidamente apontada como uma inimiga a ser morta pela TV estatal da Rússia. Em janeiro de 2022, um mês antes do início da invasão da Ucrânia, ela era uma analista financeira em Las Vegas e atuava como jornalista. Hoje ela é uma oficial militar ucraniana nascida nos Estados Unidos que se destaca não apenas pela nacionalidade, mas também por ser uma exceção entre os combatentes como mulher trans”. (O Globo, 18.05).
Com essa orientação, que conta com o apoio entusiasta de um amplíssimo leque da “exquerda” mundial (um arco que vai dos partidos sociais-democratas até grupos que se dizem revolucionários), a Casa Branca patrocina através de seus organismos internacionais, como a ONU, OTAN e também de ONG´s o programa da Nova Ordem Mundial para substituir os princípios marxistas da luta de classes.
Os genuínos Revolucionários não se deixam encantar pela “onda da moda” do Identitarismo burguês, ao contrário da esquerda reformista domesticada levantamos a bandeira de guerra de classes para liquidar o modo de produção capitalista!
Vale lembrar que vários estados do país norte-americano proibiram ou restringiram recentemente as cirurgias de mudança de sexo e outros tratamentos para menores, algo que Biden e seu governo atacaram por considerá-lo discriminatório e cruel.
Por sua vez, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, María Zajárova, comentou a proclamação de Biden, relembrando alguns fatos da história da transexualidade do ponto de vista médico.
"Dado que a Organização Mundial da Saúde não parou oficialmente de classificar a transexualidade como um distúrbio psíquico ('psico' em grego antigo significa 'alma') até 25 de maio de 2019, essa declaração do presidente dos EUA indica a saúde mental errada do Norte Nação americana?", ironizou a porta-voz.
Em êxtase, O Globo ainda celebra e faz propaganda de guerra contra a Rússia: "Ashton-Cirillo, que serve em um batalhão de infantaria, já chegou a viajar de Kharkov para pegar quatro drones que haviam sido doados por um apoiador da Alemanha. Os pequenos dispositivos de reconhecimento posteriormente foram distribuídos a diferentes unidades. Mas sua militância pela causa da Ucrânia não é feita apenas com armas: pelo Twitter, ela posta diariamente imagens do front, mensagens contra a Rússia e pedidos de ajuda para o Exército ucraniano. Desde o início da invasão, de acordo com seus cálculos, ela coletou mais de US$ 250 mil dólares (R$ 1,2 milhão) em ajuda humanitária e militar."
Essa "guerreira de liberdade" patrocinada pela Casa Branca contra a Rússia por fim declara para a mídia corporativa: "Não estamos lutando por nenhum grupo específico aqui, estamos lutando pela liberdade de cada indivíduo. Não há demanda por mais aceitação ou tolerância, há uma demanda pela liberdade de cada indivíduo — apontou. — Não me importo se alguém odeia pessoas trans se apoiar nossa batalha pela liberdade no mundo porque isso significa que viveremos para ter debates sobre isso, algo que não podemos ter com os russos ou os chechenos. Estamos dispostos a morrer para que pessoas tenham o direito de se expressar livremente".