quarta-feira, 3 de maio de 2023

MILITARIZAÇÃO TOTAL DA FRONTEIRA DOS EUA COM O MÉXICO: BIDEN E OBRADOR JUNTOS NA REPRESSÃO AOS IMIGRANTES

O governo do Democrata Biden enviou 1.500 militares adicionais à fronteira com o México para reprimir os imigrantes em uma ação assassina apoiada pelo governo da centro-esquerda burguesa de Obrador. O presidente mexicano disse vergonhosamente que respeita o posicionamento de milhares de soldados norte-americanos na fronteira comum diante do fluxo migratório esperado devido ao próximo fim do Título 42. Segundo o vassalo Obrador “faz parte de seus poderes, é um governo independente e soberano, eles tomam essas decisões e nós os respeitamos”. Há uma previsão de que no futuro próximo pode haver um fluxo muito grande de imigrantes que tentarão entrar nos EUA. Isso porque no dia 11 de maio será suspensa uma regulamentação conhecida como Título 42. Sob a justificativa de conter a pandemia de Covid-19 nos EUA, essa regra, na prática, permite que os EUA impeçam a entrada da grande maioria dos imigrantes que chegam à fronteira sem visto ou documentação necessária para entrar em território norte-americano. Pela mesma regulamentação, os EUA podem expulsar os imigrantes imediatamente. Desde que esta regra entrou em vigor, policiais norte-americanos impediram mais de 2,7 milhões de pedidos de asilo e assassinaram centenas em colaboração com o governo mexicano. 

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O porta-voz das Forças Armadas dos EUA, Pat Ryder, disse em um comunicado que o secretário de Defesa do país, Lloyd Austin, "aprovou um aumento temporário de 1.500 militares adicionais para complementar os esforços do Escritório de Alfândega e Proteção de Fronteiras".

Funcionários do Departamento de Defesa apoiam o departamento de proteção da fronteira há quase duas décadas, de modo que "se trata de uma prática comum", afirmou a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, em coletiva de imprensa.

Segundo o Pentágono, os militares ficarão a cargo por 90 dias de trabalhos de detecção, monitoramento ou registro de dados até que o CBP possa assumir essas responsabilidades contratando novos funcionários.

Em comunicado, o Departamento de Segurança Interna reconheceu ter solicitado ajuda "devido à antecipação de um aumento da migração", mas concorda que o pessoal do Departamento de Defesa "não interagirá com migrantes ou outras pessoas sob custódia do Departamento de Segurança Interna".

No fim de abril, o órgão anunciou várias medidas, como a abertura de centros na Colômbia e na Guatemala para pré-selecionar migrantes que poderão entrar no país. Também promete "simplificar" os processos de permissão de reagrupamento familiar para cubanos e haitianos e os estenderá a cidadãos de El Salvador, Guatemala, Honduras e Colômbia.

O governo dos EUA afirma há meses que "a fronteira não estará aberta" e aplicará uma outra regra, o Título 8, que permite a expulsão de todos os migrantes que não tenham autorização de entrada e, ao contrário do Título 42, os penalizará com a proibição de reentrada em pelo menos cinco anos, se tentarem novamente, bem como possíveis processos criminais.