PRIMEIRO DE MAIO NA FRANÇA: MILHÕES DE TRABALHADORES PASSAM
POR CIMA DE MACRON, DA BUROCRACIA SINDICAL E DA ESQUERDA REFORMISTA
Com cerca de 300 protestos em todas as localidades do país, milhões de trabalhadores franceses foram lutar no Primeiro de Maio, passando por cima da esquerda reformista e da burocracia sindical, para manifestar sua oposição de classe ao governo capitalista neoliberal de Macron, um mero fantoche do imperialismo ianque e sua OTAN. Os manifestantes mostraram bem claro que não se rendem as derrotas institucionais e parlamentares, como a da reforma da aposentadoria, e já anunciam que o caminho da vitória é a via da luta direta das massas.
A radicalidade da luta de classes na França demonstra o nível da consciência de classe, ou seja enquanto os trabalhadores não a levarem até o final sua vitória, isto é, até a derrubada da ordem social capitalista, o combate das massas proletárias não cessará. Este norte programático é obviamente totalmente oposto ao das direções burocráticas e reformistas.
Essa perspectiva revolucionária há muito é realizada no dia 1º de Maio. Na sua origem, em 1889, o Primeiro de Maio foi escolhido pelos partidos socialistas que constituíam a Internacional Operária, para convocar os trabalhadores de todos os países a pararem de trabalhar, a imporem, em conjunto, a jornada de oito horas. Em muitos países, foi uma declaração de guerra contra os patrões que queriam ser os novos escravagistas e proibiram os sindicatos e as greves. E este ainda é o caso hoje em vários países, inclusive na França imperialista de Macron.