domingo, 4 de julho de 2021

ONU, COVIL DE BANDIDOS: O MITO DAS “MISSÕES DE PAZ” DO IMPERIALISMO

A pandemia global do coronavírus, definitivamente fez desvelar o caráter de classe da esquerda reformista, que sem maiores “disfarces” passou a defender abertamente os organismos multilaterais do imperialismo, sob a justificativa que estariam defendendo a “vida e a ciência”.  Instituições criminosas como o FMI, Fórum Econômico Mundial (Davos), Banco Mundial , OMS e a ONU, são agora consideradas “aliados estratégicos” da esquerda reformista, é a formação do chamado Centro Civilizatório Mundial, tão acalentado pelos traidores compulsivos da classe operária. Em destaque da nova postura de conciliação de classe dos reformistas, estão as supostas missões de paz da ONU, impulsionadas militarmente pelo imperialismo ianque contra a rebelião dos povos.

A primeira missão de paz da ONU, logo após sua fundação, foi estabelecida na Palestina em 1948, após a criação do Estado de Israel e a primeira guerra com os países árabes.  Foi chamado de Untso ("vigilância da trégua") e se mostrou impotente para deter a ofensiva sanguinária do sionismo. Não evitou a limpeza étnica travada por Israel ou as guerras sangrentas que continuaram a devastar a região desde então.

Durante a Guerra da Coréia, os Estados Unidos usaram a ONU como disfarce para sua agressão armada, um dos maiores genocídios de toda a história da humanidade, o que permitiu ocupar ao imperialismo ianque ocupar o país em conjunto com seus aliados da OTAN, e levar ao poder o regime criminoso de Singman Rhee, que mantém a divisão artificial do país desde 1950.

Os “Capacetes Azuis” de paz da ONU foram acusados ​​em muitos países de cometer abusos que vão desde estupro e agressão sexual até pedofilia e tráfico de pessoas.  As queixas foram apresentadas no Camboja, Timor Leste e África Ocidental e Haiti. A prostituição explodiu no Camboja, Moçambique, Bósnia e Kosovo após o envio de forças de manutenção da paz da ONU e, nos dois últimos casos, também da OTAN. Em um estudo da ONU de 1996 intitulado “O Impacto do Conflito Armado nas Crianças”, Graça Machel, ex-Primeira Dama de Moçambique, documentou o aumento da prostituição infantil ligada às atividades das forças de manutenção da paz.

Em 1994, o genocídio de Ruanda ocorreu enquanto os soldados da paz da ONU (Unamir) faziam vista grossa.  Em cem dias, entre 500.000 e um milhão de pessoas foram mortas. A ação da missão de paz da ONU na Somália resultou na morte de cerca de 500.000 civis.

Em 1999, a ONU lançou uma missão de manutenção da paz no Congo.No entanto, muitos grupos armados, alguns deles apoiados por países vizinhos para garantir a extração de recursos valiosos como ouro e diamantes, moveram-se livremente pelo leste do país. Eles periodicamente atacaram aldeias e estupram mulheres e meninas. As forças de manutenção da paz da ONU continuaram a olhar para o outro lado e não protegeram  mulheres e crianças das chacinas.

A situação não foi melhor na República Centro-Africana.  Em 2014, foi descoberto lá que as forças de paz francesas destacadas pela ONU praticavam a pedofilia.  Agora existe uma missão de manutenção da paz chamada Minusca. Apesar da presença de mais de 12.000 soldados, os militares tentaram golpear em dezembro do ano passado e as tropas Minusca não conseguiram proteger o governo legítimo ou civis e tiveram que recorrer a mercecenários russos.

Mas foi no Haiti, no final de 2004, onde o comando da missão de paz da ONU ficou a cargo do governo da esquerda reformista do PT. As forças da ONU, com generais brasileiros a frente da operação genocida, perpetraram as maiores brutalidades contra o povo oprimido do país negro da América Central. Naquele momento, ainda existiram algumas correntes revisionistas da esquerda que atacaram corretamente a bárbara intervenção do imperialismo e de seus “capitães do mato” do PT. Entretanto hoje, em plena pandemia produzida pela governança global do capital financeiro, não existe uma só corrente reformista da esquerda que não faça apologia da ONU(e seus apêndices)como sendo uma instituição que se deva “respeitar e seguir todos os seus protocolos e orientações sanitárias”. É a passagem definitiva desta esquerda corrompida para o campo de classe do imperialismo e seus organismos multilaterais.