ATOS EM APOIO A CPI TEM REFLUXO, CUT DEFENDE NOVAS MANIFESTAÇÕES SÓ EM 7 DE SETEMBRO: MANTER EM TOTAL “BANHO-MARIA” A PASSIVA PRESSÃO PARLAMENTAR
A CUT e o PT que comandam a organização dos protestos nacionais em apoio a CPI vai rediscutir o planejamento de datas e estratégias para colocar em total “banho-maria” a passiva política de pressão parlamentar e não radicalização da luta de classes. O tema será discutido nesta semana pela Campanha Nacional Fora Bolsonaro, núcleo do amplo setor reformista composto por movimentos sociais, partidos e centrais sindicais controlados pela Frente Popular, que é responsável junto com setores do PSOL, PCB e do MTST, pelo controle político dos atos em apoio a CPI e pauta da Big Pharma iniciados em maio e que teve a edição mais recente no sábado (24), onde houve claro refluxo dos participantes devido a completa ausência de horizonte político combativo.
Lula e as lideranças da CUT-PT consideram a necessidade de readequação do calendário, possivelmente com um intervalo maior para o próximo ato. Uma das ideias é marcá-lo para 7 de setembro, o que resultaria em um espaço de 45 dias sem manifestações.
As manifestações deste sábado, 24 de julho, uniram todo o
espectro político do país, desde o PT até o PSDB. Bandeias do Brasil e as cores
verde-amarelo aparecerem com força na Avenida Paulista, consolidando a Frente
Ampla burguesa em apoio a CPI no senado, um circo institucional que está a
serviço jogar nas mãos da institucionalidade o combate contra o governo
Bolsonaro, bloqueando a luta direta contra o neofascista e impondo uma pauta de
apoio a vacina da Big Pharma, uma revindicação que não aponta para as
revindicações mais sentidas dos trabalhadores (salário, emprego, contra as
privatizações, terra).