PCB E PCdoB: OS “AMIGOS” DE CUBA QUE NÃO “ENXERGAM” A BUROCRATIZAÇÃO DO ESTADO OPERÁRIO DEFORMADO E A POLÍTICA DE COEXISTÊNCIA PACÍFICA DO REGIME CASTRISTA COM O IMPERIALISMO
Para os Marxistas Revolucionários, a alternativa revolucionária colocada no
horizonte político para o Estado operário cubano deformado em meio as manifestações apoiadas pela Casa Branca é dar um duro combate às
posições revisionistas e pró-imperialistas, como as expressas pelo PSTU, CST e os agentes internos simpáticos ao carniceiro "Democrata" Biden, que já
entregam Cuba as garras do capitalismo. Ao mesmo tempo, desmascaramos a falsa
“idolatria” que os “amigos de Cuba” de ocasião, como os neostalinistas do PCdoB e PCB, fazem do
regime Castrista, identificando-o como a expressão política sã do genuíno Socialismo, fechando os olhos para o processo de avançada burocratização do Estado operário deformado.
Em resposta ao regozijo do grande capital, as aspirações
pró-capitalistas crescentes da burocracia castrista e do sorriso cínico das
hienas revisionistas que torcem pela derrubada contrarrevolucionária do regime
stalinista e junto com ele as conquistas da revolução, levantamos a necessidade
urgente da construção do partido trotskista defensista e conspirativo em Cuba,
o único instrumento capaz de deter de forma consequente o retrocesso ao
capitalismo.
Contra o programa da restauração democrática, do sufrágio
universal onde os mais ricos compram e corrompem o poder político, da
legalização de partidos burgueses, Ongs capitalistas e do fim da tutela da
economia pelo Estado, apregoado pela Frente Popular petista, defendemos o programa da revolução política proletária, que
passa pela defesa incondicional de Cuba e das conquistas da revolução!
Lembremos que logo depois da queda do Muro de Berlim e da dissolução do Estado operário albanês no começo da década de 90, os stalinistas do PCdoB perderam completamente sua linha programática, elaborada pelo ex-maoista Enver Hoxha secretário geral do PTA. Para sobreviver em meio à crise da esquerda stalinista mundial, João Amazonas conduziu uma conversão ideológica do partido em direção à social democracia.
Também na arena internacional houve profundas mudanças, como a defesa que o PCdoB estabeleceu acerca do Estado operário cubano, no sentido da apologia das “reformas de mercado”, anteriormente criticada como um prolongamento da “Glasnost” e “Perestroika” soviética.
Não esqueçamos que o
PCdoB foi no passado uma vertente do chamado “maoísmo de esquerda” que chegou a
denunciar a URSS como “socialimperialista” e caracterizar Fidel Castro de
contrarrevolucionário, para atualmente sem nenhum critério Marxista, apresentar
Cuba como o novo “farol do socialismo”.
Para a LBI, a melhor forma de responder as investidas do
imperialismo ianque é chamando a classe operária em nível mundial a derrotar o
imperialismo e não apoiando a política de “coexistência pacífica” com a Casa Branca
e a Igreja Católica.
Desde a trincheira de luta da defesa do Estado operário
cubano e das nações oprimidas, fazemos o combate programático e político pela
construção nestes países de uma autêntica direção revolucionária para o
proletariado pela via da revolução política no Estado operário deformado
cubano.
Como Trotskistas não podemos rejeitar possíveis manobras
diplomáticas de um Estado Operário no contexto de um mundo hegemonizado pelo
capital financeiro, reconhecemos o direito de Cuba exigir o fim do criminoso
bloqueio comercial, porém não somos “ingênuos” ao ponto de desconsiderar os
objetivos estratégicos do imperialismo ianque. Como nos ensinou Lenin que
pessoalmente em sua época celebrou vários acordos comerciais com o imperialismo
europeu, é necessário aproveitar as fissuras da crise imperialista sem “baixar
a guarda” de uma política que convoque permanentemente a mobilização do
proletariado mundial contra a atual ofensiva neoliberal contra os povos.
Nesta perspectiva revolucionária não podemos confiar
plenamente na burocracia Castrista, que busca conservar o atual regime estatal
cada vez mais sob as bases de concessões econômicas e políticas. Frente a esta
disjuntiva histórica, está colocado a construção do genuíno Partido Operário
Revolucionário na Ilha com o objetivo de avançar nas conquistas sociais e do
chamado a expropriação da burguesia mundial, se opondo a política de
colaboração de classes das direções reformistas, rompendo desta forma o
isolamento de Cuba por meio da vitória da revolução proletária em outros
recantos do planeta!
Até antes da atual crise, o governo Díaz-Canel saudado pelo
PCdoB e pelo PCB acriticamente depositou equivocadamente suas “esperanças” em
uma mudança de política do Democrata Joe Biden, o que não aconteceu, a Casa
Branca ainda por cima “validou” um surto de coronavírus para um aumento da
pressão política sobre Cuba.
Os Marxistas Leninistas rejeitam vigorosamente a ofensiva do
imperialismo contra o Estado Operário Cubano. Washington está utilizando os
assassinos da CIA (mal acabaram de agir no Haiti), com seus métodos
tradicionais de sabotagem e guerra bacteriológica contra a ilha, já fartamente
operados ao longo da história contra o governo cubano.
O Blog da LBI vinha alertando desde o ano passado da orquestração de uma pandemia pela governança global do capital financeiro, que agora tem como alvo principal Cuba, uma operação de guerra híbrida que tragicamente pegou o PCC totalmente desarmado politicamente porque a burocracia castrista aceitou passivamente as regras do terror sanitário impostas pela OMS (financiada pela Fundação Gattes), sem questionar essa operação amparada pela Big Pharma em parceria com os grandes rentistas para impor uma Nova Ordem Mundial, que obviamente tem como um das metas a liquidação do Estado operário cubano.