sábado, 17 de julho de 2021

PCB E PCdoB: OS “AMIGOS” DE CUBA QUE NÃO “ENXERGAM” A BUROCRATIZAÇÃO DO ESTADO OPERÁRIO DEFORMADO E A POLÍTICA DE COEXISTÊNCIA PACÍFICA DO REGIME CASTRISTA COM O IMPERIALISMO

Para os Marxistas Revolucionários, a alternativa revolucionária colocada no horizonte político para o Estado operário cubano deformado em meio as manifestações apoiadas pela Casa Branca é dar um duro combate às posições revisionistas e pró-imperialistas, como as expressas pelo PSTU, CST e os agentes internos simpáticos ao carniceiro "Democrata" Biden, que já entregam Cuba as garras do capitalismo. Ao mesmo tempo, desmascaramos a falsa “idolatria” que os “amigos de Cuba” de ocasião, como os neostalinistas do PCdoB e PCB, fazem do regime Castrista, identificando-o como a expressão política sã do genuíno Socialismo, fechando os olhos para o processo de avançada burocratização do Estado operário deformado.

LEIA TAMBÉM: MIGUEL DÍAZ CANEL: UM DIRIGENTE COMUNISTA "TARDIO" QUE SE COMPROMETE COM AS "REFORMAS" DE MERCADO QUE SUFOCARÃO O ESTADO OPERÁRIO CUBANO

Em resposta ao regozijo do grande capital, as aspirações pró-capitalistas crescentes da burocracia castrista e do sorriso cínico das hienas revisionistas que torcem pela derrubada contrarrevolucionária do regime stalinista e junto com ele as conquistas da revolução, levantamos a necessidade urgente da construção do partido trotskista defensista e conspirativo em Cuba, o único instrumento capaz de deter de forma consequente o retrocesso ao capitalismo.

Contra o programa da restauração democrática, do sufrágio universal onde os mais ricos compram e corrompem o poder político, da legalização de partidos burgueses, Ongs capitalistas e do fim da tutela da economia pelo Estado, apregoado pela Frente Popular petista, defendemos o programa da revolução política proletária, que passa pela defesa incondicional de Cuba e das conquistas da revolução!

Lembremos que logo depois da queda do Muro de Berlim e da dissolução do Estado operário albanês no começo da década de 90, os stalinistas do PCdoB perderam completamente sua linha programática, elaborada pelo ex-maoista Enver Hoxha secretário geral do PTA. Para sobreviver em meio à crise da esquerda stalinista mundial, João Amazonas conduziu uma conversão ideológica do partido em direção à social democracia.

Também na arena internacional houve profundas mudanças, como a defesa que o PCdoB estabeleceu acerca do Estado operário cubano, no sentido da apologia das “reformas de mercado”, anteriormente criticada como um prolongamento da “Glasnost” e “Perestroika” soviética. 

Não esqueçamos que o PCdoB foi no passado uma vertente do chamado “maoísmo de esquerda” que chegou a denunciar a URSS como “socialimperialista” e caracterizar Fidel Castro de contrarrevolucionário, para atualmente sem nenhum critério Marxista, apresentar Cuba como o novo “farol do socialismo”.

Para a LBI, a melhor forma de responder as investidas do imperialismo ianque é chamando a classe operária em nível mundial a derrotar o imperialismo e não apoiando a política de “coexistência pacífica” com a Casa Branca e a Igreja Católica.

Desde a trincheira de luta da defesa do Estado operário cubano e das nações oprimidas, fazemos o combate programático e político pela construção nestes países de uma autêntica direção revolucionária para o proletariado pela via da revolução política no Estado operário deformado cubano.

Como Trotskistas não podemos rejeitar possíveis manobras diplomáticas de um Estado Operário no contexto de um mundo hegemonizado pelo capital financeiro, reconhecemos o direito de Cuba exigir o fim do criminoso bloqueio comercial, porém não somos “ingênuos” ao ponto de desconsiderar os objetivos estratégicos do imperialismo ianque. Como nos ensinou Lenin que pessoalmente em sua época celebrou vários acordos comerciais com o imperialismo europeu, é necessário aproveitar as fissuras da crise imperialista sem “baixar a guarda” de uma política que convoque permanentemente a mobilização do proletariado mundial contra a atual ofensiva neoliberal contra os povos.

Nesta perspectiva revolucionária não podemos confiar plenamente na burocracia Castrista, que busca conservar o atual regime estatal cada vez mais sob as bases de concessões econômicas e políticas. Frente a esta disjuntiva histórica, está colocado a construção do genuíno Partido Operário Revolucionário na Ilha com o objetivo de avançar nas conquistas sociais e do chamado a expropriação da burguesia mundial, se opondo a política de colaboração de classes das direções reformistas, rompendo desta forma o isolamento de Cuba por meio da vitória da revolução proletária em outros recantos do planeta!

Até antes da atual crise, o governo Díaz-Canel saudado pelo PCdoB e pelo PCB acriticamente depositou equivocadamente suas “esperanças” em uma mudança de política do Democrata Joe Biden, o que não aconteceu, a Casa Branca ainda por cima “validou” um surto de coronavírus para um aumento da pressão política sobre Cuba.

Os Marxistas Leninistas rejeitam vigorosamente a ofensiva do imperialismo contra o Estado Operário Cubano. Washington está utilizando os assassinos da CIA (mal acabaram de agir no Haiti), com seus métodos tradicionais de sabotagem e guerra bacteriológica contra a ilha, já fartamente operados ao longo da história contra o governo cubano.

O Blog da LBI vinha alertando desde o ano passado da orquestração de uma pandemia pela governança global do capital financeiro, que agora tem como alvo principal Cuba, uma operação de guerra híbrida que tragicamente pegou o PCC totalmente desarmado politicamente porque a burocracia castrista aceitou passivamente as regras do terror sanitário impostas pela OMS (financiada pela Fundação Gattes), sem questionar essa operação amparada pela Big Pharma em parceria com os grandes rentistas para impor uma Nova Ordem Mundial, que obviamente tem como um das metas a liquidação do Estado operário cubano.