quinta-feira, 22 de julho de 2021

NO DIA DA “INDEPENDÊNCIA DA COLÔMBIA”: MILHARES DE MANIFESTANTES RETORNAM ÀS RUAS PARA PROTESTAR CONTRA A VOLTA DO PAÍS À CONDIÇÃO DE COLÔNIA DOS EUA

Milhares de colombianos voltaram às ruas contra o governo neofascista de Iván Duque, na última terça-feira (20/07). Os multitudinários protestos se deram no momento em que o novo Parlamento tomava posse, na capital Bogotá. O Comitê Nacional de Paralisação, CNP, com sua orientação reformista, controlado pela burocracia dos sindicatos, além de outras organizações sociais e políticas, havia suspendido as mobilizações no dia 15 de junho. Agora sob intensa pressão das bases, ocorreu a volta às ruas no “Dia da Independência” da Colômbia, expressando a indignação das massas com a atual condição do país que foi transformado em colônia econômica e militar do imperialismo ianque. Porém o objetivo do CNP foi de levar suas exigências à Assembleia Legislativa, uma política desastrosa de lobby parlamentar: “As nossas reivindicações serão apresentadas ao Congresso porque o governo não quis negociar”, assinalou o burocrata sindical Francisco Maltés, presidente da Central Unitária de Trabalhadores (CUT).

Outras massivas mobilizações populares foram realizadas em Cali, Medellín, Popayán, Cartagena e Bucaramanga. Ao todo cerca de 200 marchas foram registradas em todo território colombiano. A um ano do fim de seu mandato e com um nível de impopularidade de 76%, o neofascista Ivan Duque renunciou aos pontos mais polêmicos da anterior reforma tributária, e propôs arrecadar 3,9 bilhões de dólares, uma redução substancial em relação à iniciativa de US$ 6,3 bilhões que jogava o custo dos encargos sobre os setores mais vulneráveis da sociedade o que desencadeou a revolta popular em 28 de abril, sob uma repressão que custou mais de uma centena de mortes e deixou milhares de feridos.

Com 42,5% da população em situação de pobreza,3,6 milhões em pobreza extrema e mais de 15% de desempregados, segundo o próprio Departamento Administrativo Nacional de Estatística (DANE), o proletariado colombianos não pretendem parar de se mobilizar, apesar do bloqueio imposto pelas direções traidoras da esquerda reformista, que prioriza sua estratégia de cretinismo parlamentar. É urgente a construção de uma ferramenta revolucionária para as massas colombianas, que se coloque como uma verdadeira alternativa de poder diante da profunda crise política do regime burguês em seu conjunto.