FREDDY GUEVARA É PRESO NA VENEZUELA: GOLPISTA TEM LIGAÇÕES COM A CIA E PARAMILITARES COLOMBIANOS
O Ministério Público venezuelano confirmou a prisão do golpista Freddy Guevara, por crimes de "terrorismo, atentado à ordem constitucional, formação de quadrilha para cometer um crime e traição". Freddy tem vinculações com a CIA e grupos paramilitares ligados ao governo colombiano, delitos pelos quais foi detido esta tarde em Caracas. Não por acaso, Juan Guaidó (que se autoproclamou ilegalmente "presidente responsável" da Venezuela em 2019) denunciou o suposto "sequestro" de Guevara, detido por funcionários do Serviço Nacional de Inteligência Bolivariano (SEBIN). Após a cínca denúncia de Guaidó, o Ministério das Relações Exteriores da Colômbia emitiu nota rejeitando a "detenção arbitrária do líder da Vontade Popular" e exigindo "garantias por sua vida e liberdade imediata".
Guevara, que participou dos violentos protestos da oposição em Caracas em 2017, refugiou-se na embaixada do Chile em novembro daquele ano e partiu em setembro de 2020, após um perdão concedido pelo presidente Nicolás Maduro, em prol da reconciliação nacional.
Como Marxistas Revolucionários não compartimos da "tese" acerca do caráter socialista do Estado na Venezuela, seguimos caracterizando os governos Bolivarianos como uma expressão radicalizada do nacionalismo burguês. Contudo não somos "derrotistas" entre o confronto real travado entre o Chavismo e o bloco conservador pró-imperialista.
Os Trotsquistas não podem ser neutros na luta política ou militar contra os interesses rapineiros do Império em nosso continente ou no planeta. A prisão de Freddy acendeu o "sinal vermelho" para o Departamento de Estado dos EUA, que logo acionou seus "meios de comunicação" para denunciar mais uma vez os atos "autoritários e antidemocráticos" do governo Maduro.
Apoiamos incondicionalmente as prisões dos elementos abertamente golpistas e ligados a Casa Branca (centro mundial do terrorismo de estado) na Venezuela, porém apontamos a necessidade de ir além dos estreitos limites do regime burguês vigente. É necessário convocar o proletariado venezuelano para julgar e condenar os golpistas da direita, através da construção de seus próprios organismos de poder.
Neste sentido a organização de tribunais populares, democraticamente constituídos de forma independente pelo movimento de massas, será um primeiro passo decisivo para derrotar a ofensiva golpista e os planos da pirataria imperialista para subjugar a Venezuela.
