segunda-feira, 19 de julho de 2021

SNOWDEN DENUNCIA “PROJETO PEGASUS” DE ESPIONAGEM MUNDIAL: CIA E MOSSAD INCREMENTAM APARATO CIBERNÉTICO DE PERSEGUIÇÃO ESTATAL PELOS GOVERNOS BURGUESES

Jornalistas, ativistas políticos, sindicalistas, dirigentes de “esquerda” e advogados progresssitas de todo mundo estariam sendo vigiados por governos burgueses e seus aparatos de repressão por meio do software Pegasus, desenvolvido pela empresa de vigilância israelense NSO Group. Pegasus é um malware que infecta iPhones e dispositivos Android para permitir que os operadores da ferramenta extraiam mensagens, fotos e e-mails, gravem chamadas e ativem microfones secretamente. 

É o que aponta uma investigação conduzida pelo jornal britânico The Guardian, em parceria com outras 16 organizações de mídia. Segundo a publicação, a Forbidden Stories -- uma organização de mídia sem fins lucrativos com sede em Paris -- e a Anistia Internacional tiveram acesso a uma lista com 50 mil números de telefones que foram identificados como sendo de pessoas de interesse de clientes da NSO.  

Embora a presença do número na lista não confirme se o celular foi infectado pelo Pegasus, o consórcio de jornais acredita que ela indica potenciais alvos do software. 

O “projeto Pegasus” ocorre em meio a uma escalada da ofensiva imperialista nos últimos dias em um claro sinal de que os EUA pretendem incrementar seu controle sobre as informações que circulam no planeta para impor seu domínio político, militar e ideológico, aprofundando a etapa de contrarrevolução mundial em curso usando a pandemia da Covid-19 como mais um elemento de controle e repressão sobre a população.

A NSO tem contratos apenas com militares, policiais e agências de inteligência de 40 países. Embora não revele seus clientes, a análise do consórcio aponta que entre eles estariam os governos de Azerbaijão, Bahrein, Cazaquistão, México, Marrocos, Ruanda, Arábia Saudita, Hungria, Índia e Emirados Árabes Unidos. Procurados pelo jornal inglês, Ruanda, Marrocos, Índia e Hungria negaram ter usado o Pegasus para rastrear as pessoas que estão na lista.

Um cinismo sem precedentes marca todo o debate acerca da quebra do sigilo pessoal e corporativo na internet, por parte dos organismos de “inteligência” norte-americanos. Empresas como o Google e Facebook logo se apressaram em afirmar que nunca repassaram dados e informações de seus usuários ao governo Obama. As chamadas “redes sociais” (Face, Twitter, etc...) ou mesmo o protótipo de inteligência artificial que é o Google, foram criadas diretamente pelo Departamento de Estado Ianque como colaterais “privadas” de seus organismos oficiais. Fazem parte de um projeto de monitoramento global dos EUA, integrado à estratégia de consolidar a hegemonia imperialista em um mundo totalmente dependente da internet, seja para troca de dados comerciais e financeiros ou simples informações pessoais