segunda-feira, 5 de julho de 2021

“RACHADINHA” DE BOLSONARO: MAIS UMA DENÚNCIA MIDIÁTICA PARA DESGATAR ELEITORALMENTE O CLÃ NEOFASCISTA 

Investigado por prevaricação no caso das compras da vacina Covaxin, Jair Bolsonaro agora terá que conviver com a sombra – mais uma vez – do primeiro grande caso de corrupção, sobre as chamadas “rachadinhas”, que foi revelado antes mesmo que ele assumisse a Presidência da República. Em uma série de reportagens publicada nesta segunda-feira (5) pelo portal Uol, a jornalista Juliana Dal Piva revela um áudio em que a fisiculturista Andrea Siqueira Valle, ex-cunhada do presidente, confirma que Jair comandava o esquema de corrupção em que funcionários fantasmas dos gabinetes dele e dos filhos – Flávio e Carlos – devolviam até 90% dos valores recebidos em salários para o clã, o que serve para emparedar ainda mais o presidende neofascista até as eleiçoes de 2022, uma denúncia midiática a serviço da estratégia política da Frente Ampla burguesa conformada em torno da defesa do impeachment. 

No áudio, Andréa revela que o irmão, André Siqueira Valle, foi exonerado do gabinete de Jair Bolsonaro na Câmara dos Deputados em 2007 por não devolver “o dinheiro certo que tinha que ser devolvido”, de cerca de 90% do salário. Andréa e André são irmãos de Ana Cristina Valle, segunda esposa de Jair e mãe de Jair Renan Bolsonaro. 

É urgente apresentar aos trabalhadores e o povo oprimido deste país um novo projeto de poder revolucionário, que passe ao largo do cretinismo eleitoral da esquerda reformista. 

O movimento de massas deve organizar uma ampla mobilização unitária de resistência aos ataques do governo neofascista, com o norte político apontado na preparação de uma Greve Geral contra a supressão dos nossos direitos sociais e garantias democrática, sem depositar nenhuma confiança na justiça burguesa. 

Como Marxistas Revolucionários temos uma certeza inquebrantável: sabemos do caráter de classe da justiça burguesa. Por isso declaramos: nenhuma ilusão nas instituições do regime político, no parlamento e no judiciário, lutemos por construir uma alternativa de poder operário e popular baseado na democracia operária dos trabalhadores em luta contra o neofascista Bolsonaro!

Lembremos que em 2020, O ex-assessor de Jair e Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz foi preso na manhã desta quinta-feira (18) em uma operação conjunta das Polícias Civis de São Paulo e do Rio de Janeiro em uma chácara em Atibaia, no interior de São Paulo. O imóvel pertence a Frederick Wassef, advogado do filho do presidente. 

Os mandados de busca e apreensão e de prisão contra Queiroz foram expedidos pela justiça do Rio de Janeiro, num desdobramento da investigação que apura esquema de "rachadinha" na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). A prisão foi feita numa operação das polícias civis dos dois estados e do Ministério Público de São Paulo. 

Queiroz era mantido pelo clã Bolsonaro em esquema mafioso de proteção no imóvel, pois já se imaginava que ele poderia ser preso. O ex-assessor foi preso a mando do Ministério Público do Rio de Janeiro no inquérito relacionado ao esquema de “rachadinha” que operava no gabinete do então deputado estadual – e hoje senador – Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Segundo relatório do antigo Conselho de Atividades Financeiras (Coaf), Queiroz movimentou R$ 1,2 milhão de forma “atípica” em sua conta bancária enquanto atuava como assessor do filho do presidente. 

As investigações apontam que assessores de Flávio sacavam parte de seus salários e repassavam para Queiroz. A Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro também cumpriram um mandado de busca e apreensão em uma casa que pertence a Jair Bolsonaro em Bento Ribeiro, na Zona Norte do Rio.