CPI DO CIRCO MIDIÁTICO: “POLTRÃO” REACIONÁRIO AZIZ MANNDA PRENDER “CARTA FORA DO BARALHO”, CRITICA FORÇAS ARMADAS E DEPOIS VOLTA ATRÁS SE “CAGANDO DE MEDO” DOS MILITARES GOLPISTAS
O ex-diretor do Departamento de Logística do Ministério da Saúde Roberto Ferreira Dias, demitido do cargo pelo presidente Bolsonaro, foi ouvido na CPI do circo midiático nesta quarta-feira (07/07). O burocrata estatal foi exonerado do cargo em junho após denúncia de que teria pedido propina de US$ 1 por dose de vacina da AstraZeneca em negociação, logo do escândalo se espraiar na mídia, o Planalto tomou a iniciativa de “cuspir fora” o corrupto de “terceira linha”.
Durante o depoimento, Dias negou ter marcado um jantar no restaurante Vasto, em Brasília, com o coronel Marcelo Blanco e o suposto revendedor de vacinas Luiz Paulo Dominghetti. Segundo ele, o encontro no restaurante era apenas com José Ricardo Santana, apontado por Dias como “um amigo”. “O encontro foi marcado entre mim e meu amigo, marcado por telefone. Não combinei encontro com outras pessoas além dessa. Muito provavelmente o coronel Blanco soube por alguma mensagem ou ligação. Eu estava na mesa quando coronel Blanco chega e me apresenta Dominghetti, falamos sobre futebol, e ele então introduziu o assunto de vacina e, posteriormente, eu pedi a agenda formal no Ministério”, declarou Roberto Dias à CPI.
Mas, segundo áudios obtidos pela CNN, e relatados pela senadora Senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) o encontro com Luiz Paulo Dominghetti, não teria sido acidental. No dia 23 de fevereiro, dois dias antes do suposto pedido de propina, Dominghetti envia um áudio a um interlocutor, Rafael, às 16h. “Rafael, tudo bem? A compra vai acontecer, tá? Estamos na fase burocrática. Em off, pra você saber, quem vai assinar é o Dias mesmo, tá? Caiu no colo do Dias… e a gente já se falou, né? E quinta-feira a gente tem uma reunião para finalizar com o Ministério”, diz Dominghetti. O dia do áudio, 23/02, é uma terça-feira. Quinta-feira, quando Dominghetti cita já ter uma reunião marcada para “finalizar com o Ministério” é exatamente o dia 25, quando houve o jantar em um bar em Brasília no qual Dias teria pedido propina.
Após questionamentos de senadores, o presidente da CPI, o poltrão reacionário Omar Aziz (PSD-AM), pediu a prisão de Dias, amparado pelo gigantesco consórcio da mídia corporativa.“Não aceito que a CPI vire chacota. Nós temos 527 mil mortos. E os caras brincando de negociar vacina. Por que que ele não teve esse empenho para comprar a Pfizer, que era de responsabilidade dele naquela época? Por quê?”, questionou Aziz, fazendo sua demagogia para os holofotes da mídia e fundamental para agradar os laboratórios imperialistas da Big Pharma.
“Ele está preso por mentir, por perjúrio. E, se eu estiver tendo abuso de autoridade, que a advogada dele ou qualquer outro senador me processe, mas ele vai estar detido agora pelo Brasil, porque nós estamos aqui pelo Brasil, pelos que morreram, pelas vítimas hoje sequeladas”, confirmou a prisão o presidente da CPI, “esquecendo” de dizer que os verdadeiros genocidas estão exatamente no covil da OMS, e seus apêndices no Brasil, no caso concreto os governadores estaduais, todos disciplinados pelas verbas da governança global do capital financeiro.
Durante depoimento, Dias afirmou que negou cargo a Luis Ricardo Miranda, servidor do Ministério da Saúde, que junto com o irmão, o deputado Luis Miranda (DEM), denunciou suspeitas de irregularidades na negociação do governo neofascista para compra de vacinas contra o coronavírus. O mafioso deputado do DEM acusou Ferreira Dias de mentir e de ser corrupto. Muito provavelmente Miranda, um ex-Bolsonarista, foi pressionado pela CIA para abrir a sequência de denúncias contra seu antigo chefe político, o deputado tem fortes vínculos com a máfia cubana na Flórida(EUA).Por duas vezes, durante o depoimento, Dias confirmou que quem negociava aquisição de vacinas era o secretário-executivo da pasta, Élcio Franco, um militar no segundo posto do Ministério da Saúde na gestão do general Pazuello.
Na CPI, Roberto Dias também negou ter pedido vantagens a Luiz Paulo Dominghetti, policial militar que o acusou de pedir propina em negociações para compra da vacina AstraZeneca.Dominghetti atuou como representante da Davati Medical Supply e, em depoimento à CPI da Covid-19, na semana passada, ele confirmou ter recebido um pedido de propina de US$ 1 por dose na compra de 400 milhões de doses da vacina.
Nesta seção circense da CPI, Omar Aziz seguindo a linha das bravatas afirmou que “os bons das Forças Armadas devem estar muito envergonhados com algumas pessoas que hoje estão na mídia, porque fazia muito tempo, fazia muitos anos que o Brasil não via membros do lado podre das Forças Armadas envolvidos com falcatrua dentro do governo, fazia muitos anos”. Se achando o “dono do mundo”, com o suporte da famiglia Marinho e da Casa Branca, Aziz não esperava uma forte reação da cúpula das FFAA, e como um típico covarde e se “cagando de medo” logo voltou atrás: “Ninguém teve uma relação melhor do que eu com as Forças Armadas no meu Estado. Convivi com grandes generais. Não tenho nada [contra as Forças Armadas]. Tem vários pedidos para convocar o ministro da Defesa e eu não pautei nenhuma vez”.