ATOS PELA LIBERDADE DA LÍDER INDÍGENA MILAGRO SALA: LUTADORA SOCIAL ESTÁ ENCARCERADA ARBITRARIAMENTE NA ARGENTINA
Nesta semana estão marcados atos políticos pela liberdade de Milagro Sala, a líder indígena argentina presa arbitrariamente com a pena de 5 anos de detenção. Por meio de várias iniciativas populares e massivas que vão durar até o dia 9 de julho, a injustiça cometida contra a dirigente do movimento Túpac Amaru será lembrada e a luta internacional para libertá-la será fortalecida.
O coordenador nacional de
Túpac Amaru, Alejandro "Coco" Garfagnini, disse à mídia local que dos
2.000 dias de detenção de Milagro e outros companheiros, "mais de 550 dias
se passaram com a decisão do peronismo". As manifestações expressarão
solidariedade aos líderes sociais detidos arbitrariamente durante o governo do
ex-presidente Mauricio Macri (2015-2019), em particular na província de Jujuy e
mantidos presos no governo de Alberto Fernádez.
Sala foi presa em janeiro de 2016, após ser acusada de “instigação
à prática de crimes” e forte pressão para mandá-la à prisão pelo governador da
província de Jujuy, Gerardo Morales. Em entrevista transmitida por uma emissora
de rádio, o líder indígena declarou que “alguns acreditam que devemos continuar
acreditando na Justiça, mas, infelizmente, a justiça na Argentina tem as cores
pintadas de Cambiemos (partido de Macri) e, em Jujuy, da UCR (Unión Cívica
Radical, onde Morales é militar)”, disse. Sua detenção é considerada
arbitrária e de caráter político.
Sala destacou que na citada província existe um “laboratório” de perseguição política, “e a subjugação da justiça aos adversários tem um aperto de mão que é a Polícia da província”, disse.
O Blog da LBI se soma aos organizadores da campanha pela libertação de Milagro Sala e sustentam que a Justiça argentina está alinhada contra os lutadores e representantes populares, enquanto olha em outra direção quando se trata de Macri e outros políticos ligados à má gestão com fundos estatais.