BOLSONARO E LIRA PREPARAM PRIVATIZAÇÃO DOS CORREIOS: ORGANIZAR PELA BASE A GREVE NACIONAL ROMPENDO COM A PARALISIA DAS FEDERAÇÕES PELEGAS
Tadeu Maia, carteiro do Rio Grande do Norte e militante da TRS
O governo Bolsonaro encurralado mudou a estratégia e definiu o modelo de privatização dos Correios que tentará aprovar na Câmara dos Deputados. Após cogitar "fatiar" a empresa e conduzir o processo de forma gradual, o Executivo quer vender 100% do capital da estatal. O secretário especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados do Ministério da Economia, Diogo Mac Cord, disse que o plano da pasta é um formato de leilão tradicional, em que o comprador leva os ativos e passivos dos Correios. O canalha presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), já estipulou a votação do projeto para os próximos dias, entre 12 e 15 julho.
A intenção do governo é publicar o edital dos Correios neste ano, provavelmente em dezembro, por isso, segundo Mac Cord, "é importante votar o projeto na Câmara antes do recesso".
Entretanto, o procurador-geral da República, Augusto Aras, se manifestou no STF contra a privatização total dos Correios. Para ele, não é possível desestatizar os serviços postais e o correio aéreo nacional. Segundo Aras, a Constituição Federal impossibilita a privatização dos dois serviços.
Sem depositar nenhuma ilusão na PGR e na Justiça burguesa é preciso desde as bases da categoria construir a greve nacional nos correios rompendo com a paralisia imposta pela Fentect e Findtect.
A ofensiva privatista sobre os Correios, por parte dos criminosos do Planalto, ocorre no mesmo momento em que a liderança máxima do PT, o ex-presidente Lula defendeu a retirada do caráter de empresa pública de estatais como Correios e Caixa, para transformação em empresas de Sociedade Anônima, com ações negociadas na Bolsa de Valores, um tipo de “privatização light”, sob as rédeas do governo que manteria o controle acionário majoritário da empresa.
A iminente privatização dos Correios também acontece sob o impacto da traição da última greve geral da categoria, onde as federações pelegas da CUT e CTB, sabotaram a greve geral até o último momento, quando finalmente estrangularam o movimento nacional.
Agora não há outro caminho ou alternativa para barrar a
privatização, somente a deflagração da greve geral da categoria poderá derrotar
a ofensiva neoliberal dos genocidas do Planalto e seus comparsas políticos do
Centrão e da Centro Esquerda. Organizar já as assembleias de base, rumo a um
encontro nacional da categoria para “disparar” já o movimento grevista
nacional!