1 ANO DA PRISÃO DE SEBASTIÁN ROMERO: LIBERDADADE IMEDIATA PARA O DIRIGENTE TROTSKISTA!
O operário da GM e militante trotskista argentino Sebástián Romero foi detido no Uruguay no final de maio de 2010. A Interpol e as forças de segurança do Uruguay e Argentina detiveram o dirigente do PSTU argentino. Ele é perseguido político por ter participado, em 2017, da mobilização contra a Reforma da Previdência imposta pelo governo de Maurício Macri, presidente da Argentina na época. No dia 18 de dezembro daquele ano, uma manifestação com milhares de argentinos em frente ao Congresso foi duramente reprimida pela polícia. O saldo daquele dia foram dezenas de feridos, muitos perderam a visão, em uma situação completamente fora de controle, como toda a imprensa nacional expressou. Os trabalhadores argentinos foram alvo de uma brutal repressão, com balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo e resistiram como puderam, com paus, pedras e fogos de artifício. Mas assim como acontece no Brasil, a grande mídia argentina defendeu a narrativa do governo e da polícia, alegando que os manifestantes utilizavam “armas caseiras de guerra”, classificando o ato como terrorista e movendo uma verdadeira campanha contra os manifestantes. Romero é perseguido pelas autoridades do país desde dezembro de 2017, por sua participação num grande protesto contra a reforma da Previdência, do então governo Macri. Foi preso em junho de 2020 e, após uma intensa campanha, dentro e fora do país, conquistou o direito à prisão domiciliar, em agosto do mesmo ano. No entanto, segue sendo um prisioneiro político, agora sob o governo de Alberto Fernández.
Sebastián foi usado como bode expiatório pelo governo de
Mauricio Macri, e sua ministra de Segurança, Patricia Bullrich, em uma campanha
de difamação devido a uma foto tirada em um protesto, em que ele segurava um
rojão. Desde então, Romero passou a ser perseguido, com mandado de prisão e
oferta de recompensa, com o objetivo de desmoralizar a mobilização popular e
desincentivar atos de resistência dos trabalhadores aos ajustes neoliberais impostos
pelo FMI. Devido a perseguição política, há mais de dois anos, Sebastián vivia
exilado no Uruguay, sem poder ver sua família, nem amigos e amigas, nem seus
companheiros e companheiras de militância.
A preocupação de Sebastian não é injustificada, seu
companheiro de partido, Daniel Ruiz, chegou a ser preso injustamente por 13
meses na Penitenciária de Máxima Segurança de Marcos Paz. Com a prisão pela
Polícia Uruguaia, Sebastián se tornou um preso político. O governo uruguaio,
presidido pelo direitista Luis Lacalle Pou, deve enviar Sebastián de volta a
seu país e permitir a ele comunicação imediata com sua família e na Argentina,
lutamos para ele ser imediatamente solto e anistiado, opondo-se a conduta
arbirtrária das forças de segurança de Alberto Fernandez, de centro-esquerda
burguesa.
O BLOG da LBI se soma às dezenas de entidades brasileiras que já se pronunciaram em solidariedade classista e internacionalista a Sebastián Romero, seus familiares, companheiros de partido, colegas da fábrica e todos os lutadores argentinos, na exigência da imediata libertação de Sebastián e pela liberdade de manifestação de todas as organizações revolucionárias e democráticas e dos trabalhadores.
Somente a mobilização permanente, com os métodos revolucionários da ação direta do proletariado, será capaz de libertar todos os presos políticos das masmorras do Estado capitalista, como Sebástián Romero assim como os lutadores presos nos EUA contra o racismo. Ilusões disseminadas na defesa de em um suposto “Estado de Direito” no quadro da institucionalidade burguesa só servirá para o movimento de massas acumular mais derrotas e retrocessos. Exigimos a liberdade imediata de todos os presos políticos da democracia dos ricos perseguidos pela repressão estatal burguesa como o militante argentino Sebástián Romero!