27 DE JANEIRO DE 1945 - EXÉRCITO SOVIÉTICO LIBERTA PRESOS DE AUSCHWITZ: EM TEMPOS DE FASCISMO SANITÁRIO TOMAR COMO EXEMPLO A LUTA DA URSS E DO PROLETARIADO MUNDIAL CONTRA O NAZISMO!
Em tempos de fascismo sanitário temos que comemorar que as tropas soviéticas entraram em Auschwitz, no sul da Polônia, em 27 de janeiro de 1945, onde mais de 1,1 milhão de pessoas foram exterminadas pelo regime nazista. Apenas por volta de 7 mil prisioneiros tinham sobrevivido em péssimas condições de saúde e psicológicas. Entre eles, muitos comunistas, judeus e cerca de 500 crianças. Os sobreviventes estavam extremamente magros e exaustos. Poucos conseguiam ficar de pé, muitos estavam deitados no chão, apáticos. Eles eram torturados e submetidos a trabalhos forçados até a exaustão. Quem não estava apto a trabalhar, era encaminhado às câmaras de gás Zyklon-B. Apesar dos “historiadores” a soldo do capital buscarem falsificar a história, a derrota do nazismo foi efetivamente uma vitória militar do Exército Vermelho fundado por Trotsky. O "cordão sanitário" e os guetos que o Terceiro Reich impôs na Polônia durante a Segunda Guerra Mundial o justificaram com uma suposta epidemia de tifo.
A eugenia alemã considerava que os eslavos, por exemplo, eram os portadores naturais da doença, por isso deveriam ser enviados para campos de concentração para serem desinfetados. Em 1941 uma obra coletiva intitulada “Guerra de Epidemias. A missão de saúde alemã no Leste”, onde o Terceiro Reich declarou que um “surto epidêmico” havia eclodido na Polônia que precisava ser tratado.
Segundo os teóricos nazistas, a Europa Oriental era povoada
por povos atrasados, contaminados e sujos, portadores de doenças, enquanto a
Alemanha era uma terra limpa, governada por médicos e que utilizavam os
fármacos de sua indústria nacional. O progresso da higiene e da ciência fez da
Alemanha a “pátria da saúde”, sempre ameaçada pelo contágio de seus vizinhos
contaminados.
“Graças” aos nazistas, os alemães desfrutaram de uma dieta saudável e natural, sem carne, gorduras e com muitos remédios de sua Big Pharma da época. Era o sonho de Hitler na época e parece ser o da Social Democracia europeia agora. Os nazistas primeiro “limparam sua casa” dos supostos contaminados judeus e depois passaram a “limpar seus vizinhos potencialmente doentes”, trancando “populações contaminantes” em guetos e levando-as para campos de concentração para desinfetá-las.
Em 1917, após a revolução russa, o tifo foi considerado na Alemanha como uma “doença eslava e bolchevique” e, vinte anos depois em 1937, como uma doença judaica. Era um caso claro de obsessão paranóica, produzida para fins políticos e econômicos.
Assim que a Polônia foi invadida, os nazistas criaram toda uma rede de “instituições preventivas” contra o tifo, embora nenhuma epidemia grave ainda tivesse ocorrido. Como os judeus eram os portadores naturais do tifo, a partir de novembro de 1939 começaram a sequestrar a população que consideravam judia e os confinando em “campos de isolamento”, que depois da derrota da Alemanha foram chamados corretamente pelos historiadores como “campos de concentração”.
Mesmo antes da construção dos muros do “apartheid sanitário” que separavam alguns bairros de outros em Varsóvia, o perímetro do futuro gueto podia ser conhecido pelas placas que mostravam em letras garrafais: “Seuchensperrgebiet”(zona proibida por causa de epidemias). Os nazistas amontoaram um terço da população de Varsóvia, quase meio milhão de pessoas, em 5% de sua área, cerca de 160 hectares.
Naturalmente, antes não havia nenhuma epidemia, mas a superlotação de milhares de pessoas em ambiente fechado causou o resultado desejado, o tifo, a epidemia que se pretendia prevenir. Cerca de 100.000 pessoas contraíram tifo no gueto de Varsóvia, com uma taxa de mortalidade próxima de 40%. Como aconteceu tantas vezes na história da medicina dos grandes negócios da Big Pharma, é o remédio que causa a doença. Por sua vez, a epidemia ocorrida alimentou políticas nazistas discriminatórias, separação racial e histeria coletiva de saúde pública. O apartheid sanitário imposto pelo III Reich ajudou a exterminar uma parte significativa da população polonesa.
Sob o pretexto de combater o tifo, o regime nazista introduziu passaportes de saúde e o isolamento social. Antes de embarcar em um trem, era necessária uma autorização médica especial e foram estabelecidos assentos de uso exclusivo no transporte público, uma vez que a transmissão de doenças infecciosas é facilitada pelo uso comum de equipamentos coletivos.
Obviamente que qualquer semelhança com a política sanitária que o “imperialismo democrático” está promovendo atualmente com a pandemia não é mera coincidência! O consórcio farmacêutico ianque-alemão, Pzifer&Biontech, é hoje o grande promotor das vacinas experimentais no mundo inteiro, determinando que todos aqueles que não aderirem ao seu fármaco de pouca eficiência, devem ser “isolados” e até “confinados em campos de concentração” caso rejeitem o neofascismo da “salvação imposta pela Big Pharma!”…
A campanha militar de Hitler não havia sofrido um só revés até dezembro de 1941, quando fracassou a tentativa de conquistar Moscou. Porém, a batalha decisiva da Segunda Guerra só ocorreu no ano seguinte, na famosa Stalingrado. Em agosto os alemães fizeram a primeira investida contra a cidade com pesados bombardeios. Mas os combates que determinaram a derrota nazista ocorreram a partir de novembro. Em 30 de janeiro de 1943, no décimo aniversário de sua ascensão ao poder, Hitler, fazendo um solene pronunciamento pelo rádio, declarou: “Daqui a mil anos os alemães falarão sobre a Batalha de Stalingrado com reverência e respeito, e se lembrarão que a despeito de tudo, a vitória da Alemanha foi ali decidida”. Três dias depois o marechal Von Paulus assinava a rendição do 6º Exército alemão diante do General Chuikov, comandante das tropas do Exército Vermelho em Stalingrado. A vitória soviética, como era de se esperar fortaleceu enormemente o stalinismo como principal direção política para o proletariado mundial, reduzindo a influência da IV Internacional a um pequeno círculo de propaganda. A orientação do Kremlin, em nome dos acordos com as potências imperialistas celebrados em Yalta e Potsdam, conduziu a derrota de vários processos revolucionários ocorridos no pós-guerra. Na Itália e na França, os PCs, que haviam alcançado um enorme prestígio na organização da resistência partisans, foram orientados a conformar governos de unidade nacional com os partidos burgueses. Na Grécia, a traição do stalinismo, permitiu a derrota da insurreição operária em Atenas, sufocada pelos pesados bombardeios da aviação britânica. Porém, na Iugoslávia e na China, onde as orientações de Stálin não foram seguidas, a luta de libertação nacional resultou na expropriação da burguesia, independente da presença militar do Exército Vermelho. Apesar das traições stalinistas, a onda revolucionária que se abriu no pós-guerra era uma evidência de que a heroica resistência do Estado operário soviético, ainda que burocratizado, foi um colossal estímulo para a luta de classes do proletariado mundial
Do muito que já se disse sobre o assunto, e do que seguramente se dirá nos próximos dias nos meios de comunicação dominados pelo grande capital, não sobressai devidamente a identidade do libertador: a União Soviética e o seu Exército Vermelho. Por mais cinematográfica e falsificadora que possa ser, a versão repetida até ao absurdo que apresenta o Dia D como a chave da vitória sobre o nazifascismo e os aliados ocidentais como os seus principais protagonistas não tem qualquer fundamento. Quando as forças anglo-americanas desembarcam na Normandia, no início de junho de 1944 (abrindo finalmente a segunda frente, há muito prometida), já as hordas hitlerianas batiam em retirada, somando derrotas atrás de derrotas às mãos do Exército Vermelho e das forças de resistência popular. Aliás, depois de ocuparem quase toda a Europa sem grande dificuldade, foi na União Soviética que os exércitos nazifascistas se depararam pela primeira vez com uma oposição digna nesse nome: só no primeiro mês de invasão, mais de 110 mil soldados alemães tombaram e as unidades de tanques e motorizadas reduziram-se quase a metade. Era o fim da guerra relâmpago (Blitzkrieg). Daqui por diante o avanço continuaria por alguns meses, mas foi penoso e lento… A primeira derrota na guerra sofreram-na os nazifascistas às portas de Moscou: quando a batalha pela capital terminou, em abril de 1942, tinham perdido na União Soviética um milhão e meio de homens, cinco vezes mais do que na invasão e ocupação de 11 países europeus. No final da guerra o balanço não era menos revelador: os nazifascistas perderam nos combates contra a União Soviética 80 por cento dos seus homens e na Frente Oriental foram capturadas, derrotadas ou esmagadas 607 das suas divisões, mais do triplo do que sucedeu nas frentes do Norte de África, da Itália e da Europa Ocidental, todas juntas. Foi igualmente na União Soviética que se travaram as batalhas decisivas, que inverteram o rumo da guerra. A permanente resistência em todas e a cada uma das cidades, vilas e aldeias ocupadas; a heroica defesa de Leningrado (sitiada durante 900 dias e nunca tomada) e a ruptura definitiva do cerco, em Janeiro de 1944; a vitória soviética em Stalingrado, em Fevereiro de 1943, onde os nazistas perderam cerca de um quarto do total forças imensas que concentraram na agressão à URSS, na sequência de encarniçados combates rua a rua e casa a casa – foram momentos decisivos para o desfecho da guerra. A partir da derrota na imensa batalha de Kursk, em Agosto de 1943, o comando nazista perdeu a iniciativa da guerra e nunca mais foi capaz de a retomar, até à sua derrota final, em Berlim, em maio de 1945. Entre as batalhas travadas em território soviético e a vitória definitiva, na capital do Reich, o Exército Vermelho e as forças de resistência de várias nacionalidades libertaram a um ritmo avassalador 113 milhões de pessoas de 11 países europeus ocupados pelos nazifascistas. Foi precisamente neste processo que a 1.ª e a 4.ª divisões da frente ucraniana, comandadas respectivamente pelos generais Koniev e Petrov, chegaram às imediações do campo de concentração de Auschwitz, em Janeiro de 1945. Ao pretender reescrever a História, o imperialismo não procura apenas apagar o papel decisivo da União Soviética na derrota do nazifascismo e o alto preço que por tal pagou – mais de 20 milhões de mortos. A resolução tem objetivos mais amplos do que a falsificação da História, mas é dela que parte para construir uma narrativa que aponta à criminalização de todos os que denunciam a natureza exploradora, opressora, agressiva e predadora do capitalismo, particularmente os que protagonizam o projeto e a luta pela sua superação revolucionária.
Da mesma forma que cala a cumplicidade de Grã-Bretanha e França na ascensão do nazifascismo e na sua expansão para Leste. A libertação pelo Exército Vermelho do complexo de campos de concentração de Auschwitz (como, antes, os de Treblinka ou de Maidanek) revelou ao mundo a tenebrosa máquina de morte do nazifascismo. Só nos campos de extermínio foram assassinadas 11 milhões de pessoas: judeus, ciganos, eslavos, deficientes, comunistas, sindicalistas e outros democratas e resistentes antifascistas. Morreram nas câmaras de gás e no pelotão de fuzilamento.
No funcionamento dos campos de extermínio como de toda a sua máquina de opressão e guerra, o nazifascismo contou com o empenhado apoio de alguns dos mais importantes grupos econômicos e financeiros de então (e, alguns, de hoje), que o equiparam e beneficiaram do trabalho escravo dos prisioneiros: Thyssen, Krupp, Bayer, Volkswagen, IBM e Hugo Boss são apenas alguns deles.
O fascismo, em todas as suas expressões é a ditadura terrorista dos monopólios – e este é aspecto essencial que a atual ofensiva ideológica do capitalismo pretende esconder nos tempos de aberta reação ideológica pela via do terror sanitário!