quarta-feira, 19 de janeiro de 2022

VITÓRIA POPULAR NA BOLÍVIA CONTRA O FASCISMO SANITÁRIO: MOBILIZAÇÃO DOS TRABALHADORES FORÇA GOVERNO DO MAS A SUSPENDER EXIGÊNCIA DO PASSAPORTE DA VACINAÇÃO PARA ACESSAR LOCAIS PÚBLICOS 

O governo da centro-esquerda burguesa do MAS foi forçado pela mobilização popular a anular dois decretos que exigiam a apresentação da carteira de vacinação contra a Covid-19 ou teste PCR negativo para a realização de procedimentos ou entrada em espaços públicos. O certificado não será exigido em serviços médicos, farmácias, matrícula na área educacional, transporte interprovincial, mercados, procedimentos de identificação e serviços policiais, acesso à justiça, atendimento a entidades financeiras e recrutamento para serviço militar e pré-militar, detalhados em um coletiva de imprensa a titular da pasta, Jeyzon Auza. Houveram manifestações massivas pelas ruas em todo o país contra o fascismo sanitário para exigir a anulação total dos decretos que estabeleceiam a apresentação do passe de saúde para acesso aos locais públicos. Trata-de uma grande vitória popular!

Entidades camponesas da cidade de El Alto, no departamento boliviano de La Paz, foram as rusas durante três dias exigir a revogação das leis que obrigam a levar o cartão de vacinação para acessar prédios públicos e alguns privados. "Vamos com a marcha exigir a revogação imediata dos decretos, vamos dar um prazo, eles já impuseram vários adiamentos", disse o líder do Comitê Cívico da cidade, Gregorio Gómez. Gómez comentou que não é "contra o governo ou contra a vacina", mas exigiu liberdade para não se vacinar caso não queira. "Eles não podem nos obrigar a vacinar", expressou. Os grupos sociais que organizam o protesto, além da Federação Camponesa de todo o departamento de La Paz, também exigiram a renúncia do ministro da Saúde, Jeyson Auza, por impor a medida. “Em 2020 a maioria foi salva com a medicina tradicional e quem foi para os cuidados intensivos ou para o hospital, saiu num caixão, agora está no subsolo e as pessoas estão cientes disso. Há mais confiança nas medicinas tradicionais”, destacou Gómez em relação ao uso da medicina tradicional sobre a ciência da saúde”.

Diversos setores sociais se mobilizaram para exigir a revogação dos decretos supremos 4.640 e 4.641, por considerar que violam os direitos dos cidadãos e anunciaram que nesta terça-feira lançarão novas medidas de pressão.

Juntas de bairro (Fejuve) de El Alto, professores, Comissão Cívica, sindicatos, transportadores, aposentados, universitários e outros setores saíram às ruas para exigir que o governo não imponha normas e, quando a rejeição for apresentada, busque o diálogo.

Hoje, camponeses de La Paz marcharam pelas ruas da sede do governo para exigir o arquivamento das duas normas. “Esse governo quer impor um autoritarismo sanitário com isso. Lutamos contra outras normas porque nos afetam, mas mais uma vez, primeiro ele desenha suas normas, agora decreta, e só quer falar”, disse Toño Siñani, líder dos sindicatos de El Alto.

Esclareceu que os setores mobilizados não são contra a vacinação de outras pessoas, mas rejeitam a obrigatoriedade da apresentação do "cartão de vacinas" em instituições públicas e privadas, e caso não possua, deve apresentar PCR negativo, que tem custos entre 450 e 500 bolivianos, aspecto que não pode ser pago pela população de baixa renda que vive no dia a dia.

"Este é o início da luta para conseguir a revogação dessas normas, nesta terça-feira anunciaremos outras mobilizações", disse Siñani.

A Federação Departamental Única de Trabalhadores Camponeses Tupaj Katari, a Federação Única de Mulheres Camponesas Bartolina Sisa, o Conselho original de Markas e Ayllus del ChuquiagoMarka, convocam uma 'Grande Marcha pela Vida, a revogação dos DS 4640 e 4641, e o demissão do Ministro da Saúde.

A Bolívia passa por um pico de infecções por COVID-19 e há dias registra registros diários de infecções. Além disso, impôs esta medida obrigatória de apresentação do cartão de vacinação para limitar o acesso a espaços públicos, e alguns privados, como bancos, por exemplo.

O governo da centro-esquerda do MAS seguem as ordens da OMS e não respeita a liberdade dos camponses de usar a medicina tradicional para enfrentar as doenças, gerando revolta entre os trabalhadores que saem a luta contra o terror sanitário imposta pela gerência da esquerda domesticada comandadapor Arce e Morales!