COREIA DO NORTE TESTA MÍSSIL DE MAIOR CAPACIDADE NUCLEAR: APOIAMOS O PLENO DIREITO DE AUTODEFESA DO ESTADO OPERÁRIO FRENTE AS PROVOCAÇÕES DO IMPERIALISMO IANQUE!
A Coreia do Norte disparou, neste domingo (30), o que aparentemente é o míssil mais poderoso que o país testou desde a posse do presidente dos Estados Unidos Joe Biden, em momento de impasse diplomático com Washington e a Coreia do Sul. Os detalhes sugerem que o teste é o de míssil balístico de alcance mais longo desde 2017 dos norte-coreanos. As Forças Armadas do Japão e de Seul afirmaram que o míssil foi lançado em uma trajetória elevada, aparentemente para evitar atrapalhar o espaço aéreo de seus vizinhos. De acordo com os militares japoneses e coreanos, o item alcançou uma altitude máxima de 2 mil quilômetros, viajando 800 quilômetros antes de cair no mar. Durante semanas, oficiais de defesa dos EUA advertiram que a inteligência indicava que a Coreia do Norte poderia realizar testes de mísseis. O lançamento foi uma resposta aos exercícios militares do imperialismo na região, caracterizado como uma séria ameaça para a soberania do Estado Operário.
O teste é a sétima rodada de lançamentos do tipo pelo país neste mês. O ritmo pouco usual indica que Pyongyang quer pressionar Biden para avançar nas negociações nucleares. A Coreia do Norte ameaçou recentemente um possível reinício dos seus testes nucleares e de mísseis balísticos intercontinentais, afirmando que considera retomar todas as suas “ações temporariamente suspensas”.
Durante semanas, oficiais de defesa dos EUA advertiram que a inteligência indicava que a Coreia do Norte poderia realizar testes de mísseis. O lançamento foi uma resposta aos exercícios militares do imperialismo na região, caracterizado como uma séria ameaça para a soberania do Estado Operário.
O Estado Operário norte-coreano prestou publicamente suas queixas sobre os exercícios militares dos EUA na semana passada, quando a irmã de Kim advertiu que se o governo Biden “quer dormir em paz pelos próximos quatro anos, é melhor não espalhar ‘cheiro de pólvora’”.
Foi reportado que a Coreia do
Sul e os EUA observam de perto a movimentação defensista da Coreia do Norte em
meio a sinais de lançadores de foguetes sendo implantados na ilhota de
Changrin, localizada na fronteira entre as duas Coreias.
Tropas sul-coreanas e norte-americanas iniciaram um exercício militar conjunto de primavera. Este ano, segundo informações nada confiáveis do Pentágono, as operações estão limitadas a simulações de computador, devido à pandemia do coronavírus. Porém as forças armadas da Coréia do Norte estão em alerta máximo, diante das provocações ianques e ontem realizaram o lançamento de mísseis.
O desenvolvimento dos programas de energia nuclear e
comunicação na Coreia do Norte é uma necessidade de obtenção de uma alternativa
de fonte energética e de monitoramento climático-militar diante do brutal
bloqueio a que o país está submetido, tecnologia fundamental para possibilitar
que Estado possa desenvolver projetos nesse setor com condições de enfrentar os
períodos de adversidade climática, marcado também por secas e inundações.
Nesse sentido, esta estrutura de energia atômica legitimamente desenvolvida também pode e deve ser utilizada pelo Estado operário norte-coreano para se defender das ameaças do imperialismo norte-americano através de seu enclave, a Coreia do Sul e o Japão, onde os EUA mantêm bases militares desde o final da Segunda Guerra Mundial.
Os recentes testes de mísseis em meio as provocações organizadas por Biden na península coreana é um ato de autodefesa do Estado operário norte-coreano diante das provocações do imperialismo. A imprensa pró-imperialista em todo planeta faz alarde acerca dos testes nucleares promovidos pela Coreia do Norte, afirmando serem uma “ameaça à humanidade”. Oculta, criminosamente, que só na Coreia do Sul, um enclave criado e militarizado pelos EUA, há um contingente militar acima de 40 mil soldados, mais de mil ogivas nucleares apontadas para o Norte.
Como explicar que a Coreia do Norte não pode lançar um
satélite ou inclusive testar um míssil ou uma bomba H, se quem a condena, os
EUA, têm 439 satélites em órbita, sendo 98 deles para uso especificamente
militar? Diante dessa realidade de conflito permanente não negamos a
possibilidade da Coreia Popular, devido ao isolamento econômico imposto pela
China restaurada e das provocações do império ianque, ser forçada a utilizar
suas ogivas atômicas ou termo-nucleares contra o território “enclave” da Coreia
do Sul ou mesmo o Japão.
Com o fim da URSS e a perda dos parceiros comerciais do Leste europeu, a Coreia do Norte viu sua economia contrair-se em 30% nos cinco anos que se seguiram a 1991. Restou a China, hoje convertida ao capitalismo. A intensa reação ideológica mundial patrocinada pela mídia imperialista e o cerrado bloqueio econômico tendem, cada vez com maior intensidade, a estrangular o Estado operário.
Como Marxistas Revolucionários, não podemos assumir diante de um conflito que pode ter proporções nucleares a “posição de avestruz” da maioria das correntes revisionistas, por isto declaramos em “alto e bom som” nosso apoio ao Estado Operário norte-coreano, apesar da burocracia dinástica que o governa. Devemos mobilizar amplos setores do proletariado e da juventude para repudiar as provocações militares do império ianque contra a Coreia do Norte e apontar o governo Biden como responsável pela escala militar.
Por outro lado, não devemos nutrir a menor confiança política na capacidade de resistência da burocracia stalinista coreana, pronta para capitular a qualquer momento em troca de sua própria sobrevivência enquanto uma casta social privilegiada.
A tarefa que se impõe no momento é o chamado ao conjunto do proletariado asiático que se unifique na bandeira da derrota do imperialismo ianque e seus protetorados militares da região, em particular convocando a classe operária do Sul para cerrar fileiras na luta pela reunificação socialista do país.