CAZAQUISTÃO: REBELIÃO POPULAR DERRUBOU MERCADO GLOBAL DE
CRIPTOMOEDAS
A nação da Ásia Central ocupa o segundo lugar no mundo em poder de computadores usados na operação da produção virtual de criptomoedas. A capacidade de computação dedicado às operações do sistema bitcoin em todo o mundo caiu significativamente devido aos apagões da Internet no Cazaquistão, em face dos violentos protestos que se espalharam por todo país asiático e pós-soviético.
A mudança na situação política do país pode ter afetado o acesso dos “mineiros-proprietários“ de poderosos equipamentos de informática que realizam cálculos complexos para permitir transações de criptomoedas ao sistema bitcoin descentralizado.
O Cazaquistão se tornou o segundo maior centro de “mineração“ de Bitcoin no ano passado, superado apenas pelos Estados Unidos, de acordo com o Cambridge Center for Alternative Finance.
Depois que a China impôs restrições a essa atividade em seu território, a participação da nação centro-asiática no hashrate de bitcoin, ou seja, no poder computacional da “mineração” global de criptomoedas, cresceu de 8% para 18%. Em agosto passado.
De acordo com dados da operadora “BTC.com”, citados pela Reuters, o 'hashrate' dos maiores pools de mineração - grupos de mineiros - foi às 12h15 GMT de quinta-feira, 14% abaixo do nível de terça-feira.
O preço do bitcoin caiu 7%, para menos de US$43.000 nesta quinta-feira, pela primeira vez desde setembro passado. Por outro lado, a queda coincide com a saída de investidores (rentistas) dos ativos de risco, após planos do Federal Reserve dos Estados Unidos anunciarem um aperto de política monetária.
Pelo visto no longínquo Casaquistão, a rebelião popular contra a política neoliberal do governo restauracionista, irá envolver questões econômicas do capitalismo central, como o fornecimento de gás para China e Europa, além de abalar o mercado financeiro especulativo das criptomoedas.