sexta-feira, 7 de janeiro de 2022

GREVE UNIFICADA DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS PARA DERROTAR ARROCHO SALARIAL DE BOLSONARO: ROMPER COM PARALISIA DA CUT/CONDSEF QUE DESEJAM FAZER DA MOBILIZAÇÃO PALANQUE PARA LULA E CANDIDATURAS PETISTAS!

Começa nessa sexta-feira, 7, uma rodada de reuniões de servidores públicos para discutir a situação da categoria em 2022. Além da PEC 32, da reforma Administrativa, que segue ameaçando o setor público e precisa ser derrotada na luta direta, servidores se movimentam em torno de uma possível greve geral. Com salários congelados há 5 anos, a maioria dos servidores do Executivo Federal protesta frente ao reajuste anunciado pelo governo Bolsonaro apenas para beneficiar carreiras da Polícia Federal (PF), da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e do Departamento Penitenciário Nacional (Depen). No dia 20, a partir das 9 horas, a maioria dos federais, realiza uma Plenária Nacional, segunda maior instância deliberativa da entidade, que pode deliberar sobre a greve geral da base. Haverá um Dia Nacional de Luta para o próximo dia 18. Defendemos uma greve unificada dos servidores públicos federais para derrotar o arrocho salarial imposto por Bolsonaro. Para isso é preciso romper com a paralisia da CUT, Condsef e dos sindicatos que desejam fazer da mobilização do funcionalismo palanque eleitoral para Lula e as candidaturas petistas!

É inegável que o congelamento salarial que corroeu o poder de compra da categoria nos últimos anos é um fator preocupante. De acordo com levantamento do Dieese, as perdas salariais da maioria do Executivo podem ultrapassar 40% a depender da categoria a exemplo de servidores do PGPE (Plano Geral Poder Executivo) e CPST (Carreira da Previdência, Saúde e Trabalho). Nessas duas carreiras se concentram a maioria dos servidores federais ativos, aposentados e pensionistas.

Para isso é preciso romper com a paralisia imposta pela CUT e as demais centrais sindicais que apostam todas suas filhas na pressão paralmentar e não no combate nas ruas. O ataque divide as carreiras de governo em três grupos com regras diferentes de estabilidade, sugere a extinção de licenças e gratificações e facilita a demissão de servidores durante o período de experiência.

Com a reforma neoliberal também está prevista uma carreira com contratos de duração indeterminada, ou seja, que teriam alguma estabilidade, mas poderiam ser objeto de demissão em um cenário de restrição fiscal. Também consta no plano a figura do contrato com prazo determinado, que visa suprir eventuais necessidades temporárias dos órgãos. Os salários iniciais dos servidores também serão reduzidos. Nos planos, está a redução do salário de entrada no serviço público.

É necessário convocar uma greve geral, unificando as categorias em luta como correios, bancários, metalúrgicos e petroleiros com os servidores públicos e o conjunto dos explorados que são atacados pelo governo. Nesse sentido, precisa-se superar a política de colaboração de classes da Frente Popular, para seguir na luta sem depositar nenhuma expectativa no circo eleitoral que se avizinha!