segunda-feira, 3 de janeiro de 2022

PANDEMIA A SERVIÇO DO GRANDE CAPITAL: FORTUNA DE BILIONÁRIOS AUMENTOU US$ 1 TRILHÃO EM 2021...RICOS FICAM CADA VEZ MAIS RICOS E POBREZA "VIRALIZA"

Em um ano em que as consequências da pandemia de covid-19 levaram para a pobreza extrema milhões de pessoas em todo o mundo, bilionários tornaram-se ainda mais ricos. Os chamados barões do grande capital, ficaram ainda mais ricos durante a pandemia de Coronavírus. Os capitalistas ligados ao rentismo do cassino financeiro, aos grandes laboratórios farmacêuticos, ao setor armamentista e de novas tecnologias de comércio-informação foram os mais beneficiados no período. Ao mesmo tempo, o surto fabricado de covid-19 acentua drasticamente as desigualdades sociais e aumenta a pobreza no mundo capitalista, seja nas metrópoles ou nas semicolônias. Em um ano em que as consequências da pandemia de covid-19 levaram para a pobreza extrema milhões de pessoas em todo o mundo, bilionários obtiveram ganhos extraordinários, potencializados justamente por medidas adotadas para amenizar o impacto da crise. Segundo a agência Bloomberg, a soma da fortuna das 500 pessoas mais ricas do mundo aumentou em mais de US$ 1 trilhão (R$ 5,57 trilhões) em 2021, ultrapassando US$ 8,4 trilhões (R$ 46,9 trilhões), mais do que o PIB individual de todos os países, exceto China e Estados Unidos.

Dez fortunas superam a marca de US$ 100 bilhões (R$ 557,9 bilhões), ficando quase US$ 386 bilhões (R$ 2,15 trilhões) mais rica. Mais de 200 patrimônios passam de US$ 10 bilhões (R$ 55,8 bilhões), algo inédito na história, segundo a agência.

No topo das maiores fortunas está Elon Musk, que ficou US$ 114 bilhões mais rico, totalizando US$ 270 bilhões. O ganho anual superou os 70% para o fundador da SpaceX e presidente da fábrica de carros elétricos Tesla. O fundador da Amazon, Jeff Bezos, segundo maior bilionário, ganhou mais US$ 2 bilhões. Virou o ano com US$ 192 bilhões.

O presidente do grupo Louis Vuitton, Bernard Arnault, possui US$ 178 bilhões. Desse total, US$ 66,6 bilhões foram juntados em 2021, tornando Arnault o terceiro mais rico do planeta. Bill Gates, da Microsoft, encerrou o ano na quarta colocação, com US$ 138 bilhões, US$ 6,4 bilhões a mais do que em 2020. Larry Page, cofundador do Google, atingiu a fortuna de US$ 128 bilhões ao ganhar US$ 46 bilhões. Sexto maior bilionário da atualidade, Mark Zuckerberg enriqueceu US$ 22 bilhões. O cofundador do Facebook fechou 2021 com US$ 125 bilhões.

Brasileiro mais bem colocado no ranking, Jorge Paulo Lemann perdeu US$ 2,3 bilhões. O empresário do ramo de alimentos ficou em 82º lugar, com um total de US$ 21,5 bilhões.

Segundo a Bloomberg, estímulos criados pelo Federal Reserve, o banco central americano, ajudaram o mercado de ações dos Estados Unidos a entregar ganhos recordes neste ano. Situações semelhantes ocorreram na União Europeia e no Reino Unido, o que explica parte considerável do crescimento das fortunas.

Bilionários chineses, no entanto, tiveram seu pior ano desde que a agência começou a monitorar riquezas, em 2012. As perdas superaram US$ 61 bilhões. Pequim centrou esforços para avançar na sua política de prosperidade, enquanto passou a regular mais severamente setores endividados. O empresário Hui Ka Yan, do Grupo Evergrande, que foi mais rico da China, teve seu patrimônio líquido reduzido US$ 17 bilhões em 2021. O magnata do ramo imobiliário foi pressionado pelo governo a usar sua riqueza pessoal para saldar dívidas da companhia.

A fortuna dos 643 burgueses norte-americanos mais ricos cresceu 29% desde meados de março, quando o coronavírus se espalhou pelo planeta e os governos capitalistas de todos os matizes políticos obrigaram populações inteiras a entrar em quarentena. 

Comércios fechados, economia paralisada e explosão do desemprego não abalaram a saúde financeira dos multimilionários, pelo contrário. As fortunas passaram de US$ 2,95 trilhões, em março, para US$ 3,8 trilhões, em setembro. Para os Marxistas Leninistas a questão do agravamento da crise econômica capitalista e o surgimento da pandemia sempre estiveram intimamente ligadas, para muito além de uma mera coincidência. O aumento das fortunas com a origem do coronavírus não é aleatório, muito pelo contrário. 

Como diz um refrão neoliberal “siga o dinheiro e encontrará o responsável” e logo verificamos que os verdadeiros “beneficiários” econômicos da crise da pandemia estão no território ianque. É verdade que os mortos da pandemia mundial estão em grande número nos EUA, mas são na sua esmagadora maioria velhos, pobres, negros e imigrantes sem acesso à saúde privada, ou seja, considerados pela elite eugenista do imperialismo, subcidadãos descartáveis. Na outra ponta da pandemia estão Bezos, a Blackrock e os barões do capital financeiro que “paparam” do FED por conta da crise alguns trilhões de dólares.

O que explica uma performance tão robusta dos barões do grande capital? Valorização das ações na bolsa durante a pandemia. No início de setembro pesquisa realizada pela britânica Oxfam, já havia mostrado que, ao mesmo tempo em que a economia mundial levava um tombo sem precedentes, algumas das empresas mais valiosas do mundo registravam lucros extraordinários. As 32 maiores multinacionais devem somar US$ 109 bilhões de dólares a mais do que o lucro médio que tiveram nos últimos quatro anos. 

Esse relatório mostra que os 25 bilionários mais ricos do mundo ficaram US$ 255 bilhões mais ricos durante a crise, e considerando apenas até meados de maio. Entre eles, estão os CEOs do Facebook, Mark Zuckerberg, da Microsoft, Bill Gattes, e da Tesla, Elon Musk, que viu sua fortuna aumentar 274%, conforme o relatório das entidades americanas. Já o dono da Amazon, Jeff Bezos, que já é o homem mais rico do mundo, ficou 65% ainda mais afortunado durante a pandemia, beneficiado pelo crescimento mundial da plataforma em meio à quarentena. Do outro lado da pirâmide, 176 milhões novos pobres estão emergindo da crise sanitária, amplia-se o desemprego e a fome, viralizando a miséria.

Registre-se que hoje a OMS é controlada efetivamente pela indústria farmacêutica, com crescente dependência de doadores privados como a Fundação Bill & Melinda Gates, doou mais US$ 150 milhões (aproximadamente R$ 785 milhões) destinados aos supostos combate à Covid-19, esse “filantrocapitalismo” não vem obviamente de graça. São esses interesses que movem a agência da ONU para a saúde que gerencia a pandemia de Coronavírus. 

No seu livro Imperialismo, Lenin anos ensinou que toda crise sob o capitalismo, seja econômica ou política, torna-se uma ocasião para a centralização do capital. É justamente o caso da “crise sanitária” em curso. Por essa razão, alertamos mais uma vez que destes carniceiros e do Clube de Bilderberg ávidos pelo lucro, que hoje se concentram as pesquisas mais avançadas para a descoberta da vacina (um unguento milagroso graças a bondade destes "santos homens" milionários), só podemos esperar mais miséria, guerras e doenças. E ainda existem os parvos da esquerda revisionista que afirmam que o Coronavírus é um “acidente natural”...