sábado, 22 de janeiro de 2022

AS FORÇAS ESPECIAIS DO PENTÁGONO ESTÃO TREINANDO OPERAÇÕES PARA DESESTABILIZAR GOVERNOS QUE CONSIDERA “ADVERSÁRIOS”…

No próximo dia 23 de janeiro, as forças especiais do Exército dos EUA realizarão exercícios, em local não divulgado oficialmente pelo Pentágono, para praticar ações “desestabilizadoras” em países governados por forças políticas que considera hostis aos interesses ianques. Segundo o Departamento de Estado da Casa Branca as manobras militares “consistem na introdução de unidades especiais em um determinado país politicamente instável para derrubar um governo ilegítimo”.

Por informações que vazaram na mídia norte-americana, os exercícios serão realizados no estado da Carolina do Norte, na costa leste dos Estados Unidos. Os militares serão treinados para realizar ataques e emboscadas com guerrilheiros e cidadãos do país proposto. A natureza desses exercícios não é nada fictícia, ou invenção dos “teóricos da conspiração”, como agora a esquerda domesticada gosta de rotular todos os inimigos do imperialistas. Os Estados Unidos tiveram muitas experiências de ações semelhantes. Por exemplo, a Casa Branca usou suas forças militares especiais para apoiar os rebeldes contra o governo iraquiano nos anos 1990 e início dos anos 2000.

O exemplo recente mais famoso é o das forças especiais dos EUA na guerra civil da Síria, onde as forças do Pentágono, juntamente com militantes fundamentalistas locais, facilitaram o roubo maciço de petróleo para venda no exterior, enquanto privavam as autoridades sírias da receita com a venda do óleo cru. Em 18 de janeiro, o insuspeito “Continental Observer“, informou novamente que mais petróleo sírio havia sido saqueado.

O governo sírio denunciou repetidamente esse tipo de ação pirata e terrorista dos Estados Unidos, ações que acontecem no solo de um Estado soberano. Nesta região, as forças especiais americanas se enfrentaram com o fato de que os militares russos, que pelo contrário, apoiaram ativamente o governo oficial sírio. Em particular, as forças do Kremlin tornaram possível evitar mais saques do imperialismo.

Outros exemplos em que forças especiais ou “consultores” dos EUA estiveram envolvidos em “revoluções coloridas” são países como Líbia, Indonésia, Sudão, mas também é claro, a Ucrânia, um país que atualmente está fazendo todas as manchetes na mídia corporativa. A Rússia está no “banco dos réus”, acusada absurdamente de querer invadir o país vizinho, enquanto o Ocidente, principalmente os Estados Unidos, está fornecendo assistência militar estratégica e documentada à Ucrânia, também por meio de entregas de armas pesadas.

Ao mesmo tempo, a retórica belicosa das autoridades norte-americanas faz alusão recorrente à suposta “ilegitimidade” dos governos do Irã, Venezuela, Síria, Coreia do Norte, Mianmar, Nicarágua e até da Rússia. Na era Trump, eles começaram a usar essa retórica, mesmo em relação à China. Muitos especialistas consideram as ações das forças especiais dos EUA durante as "revoluções coloridas" como uma das ferramentas com as quais os Estados Unidos expandem suas esferas de influência política e atingem seus objetivos econômicos.

O treinamento de forças especiais para operações conjuntas com militares nos Estados Unidos é mais conhecido como "manobras Robin Sage". A cada ano eles se abrem mais para forças de outros países e um de seus objetivos é desenvolver as habilidades para enfrentar um "inimigo numericamente superior" usando táticas de guerrilha. Os Estados Unidos estão treinando forças especiais para operar dentro de um Estado soberano usando todas as opções técnicas e militares, ações psicológicas e outros meios políticos para derrubar um governo soberano que em alguma medida contrarie os interesses de Washington.