MAIOR FUNDO RENTISTA DO PLANETA(BLACK ROCK) É DONO DA
REVISTA “THE LANCET”: CIÊNCIA OU BOLETIM OFICIOSO DOS INTERESSES ECONÔMICOS DA
BIG PHARMA?
A revista Lancet é uma das mais antigas publicadas sobre medicina no mundo. Foi fundado em 1823 e, sem dúvida, é uma daquelas referências que alguns especialistas chamam de “prestigiada”, embora nunca a tenham lido. Seu editor-chefe é Richard Horton, que aparece na foto do artigo. Em 2020, a Horton publicou um livro intitulado “The Covid-19 Catastrophe” , que agora está em sua segunda edição. Em sua obra, ele culpa os governos ocidentais pela crise e pelas mortes, uma tese com a qual não pode concordar mais...
Também anuncia o advento de uma espécie de
"cientificismo", que ele chama de "biocracia" ou governo
das ciências biológicas, que lembra bastante o complexo industrial militar
referido por Eisenhower em 1960. Outras vezes foi chamado de “tecnocracia científica”,
termo que evoca a banalização da política burguesa pós-moderna, terreno fértil para a
mediocridade.
Segundo Horton, uma espécie de novo "contrato
social" foi firmado entre governos neoliberais e cientistas que vivem em
permanente estado de emergência. Os governos não podiam se sustentar sem dar um
sopro "técnico" à sua gestão cotidiana que, muitas vezes, serve para
encobrir a corrupção, pois segundo uma opinião difundida a corrupção é algo
inerente apenas aos políticos, não aos médicos, ou aos acadêmicos.
É assim que muitos golpes foram justificados: para acabar
com a corrupção e substituir os políticos por especialistas. Mas, como diz
Horton, os cientistas são tão corruptos quanto os políticos. Em outros artigos
já foi exposto que as publicações científicas estão envolvidas nas montagens
políticas e econômicas da pandemia.
Horton sabe disso muito bem porque em maio de 2020 sua
revista (junto com outras publicações) orquestrou uma montagem fraudulenta
contra a hidroxicloroquina(remédio comprovadamente eficaz contra a Covid)e
então ele pessoalmente tentou lavar as mãos, culpando os autores do artigo pela
fraude que foi descoberta.
Nem é preciso dizer, mas talvez agora sim, que outra visão
de Horton também parece inteiramente correta: "A transferência de poder
político para a ciência pode ser uma subversão perigosa dos últimos vestígios
de nossos valores democráticos."
Se a ciência do mercado capitalista não é o que muitos
acreditam, as revistas científicas, que às vezes se identificam com esta suposta
ciência não o são. Assim como as redes de televisão, as revistas também são
marcas registradas de grandes empresas privadas. Os órgãos da mídia corporativa
são governados pelos mesmos princípios. Não importa se falam de política,
carro, fofoca ou ciência.
The Lancet é uma marca comercial da Elsevier, uma gigante do
monopólio editorial que se fundiu com a Reed International e mudou seu nome
para Relx. Possui em seu portfólio comercial outras revistas científicas, como
Cell. Sua capitalização de mercado é de US$ 170 bilhões e obtém US$ 2 bilhões
de lucro por ano. Seu tamanho a coloca
entre os cinco maiores grupos de produção de conteúdo do mundo, não muito atrás
da Netflix e da Disney e à frente da Sony.
A ciência é um grande negócio e as revistas também. Muitas universidades, laboratórios e
cientistas não podem pagar o alto preço das assinaturas para acessar os artigos
de pesquisa, que de outra forma quase sempre são financiados publicamente.
Desde 2018, dois novos parceiros fazem parte do conselho de
diretores da Relx: os fundos do rentismo
abutre BlackRock e Artisan Partners. O primeiro é o maior acionista da Relx,
com mais de 10% do capital. É também o segundo maior acionista das empresas
farmacêuticas Pfizer, Johnson & Johnson e Merck MSD, atrás apenas da
Vanguard, outro abutre gigante.
Deve ficar claro por que as revistas científicas publicam certos artigos e não publicam outros, além de orquestram montagens fraudulentas para melhorar os lucros das grandes empresas farmacêuticas: as mesmas que indicam o diretor editorial da Relx, também indicam o diretor da Pfizer!