terça-feira, 18 de janeiro de 2022

160 MILHÕES DE PESSOAS EMPURRADAS PARA A POBREZA NA PANDEMIA: ESQUERDA DOMESTICADA “RECLAMA” DA CONCETRAÇÃO DE RIQUEZA... MAS APOIA NOVA ORDEM MUNDIAL DO CAPITAL FINANCEIRO BASEADA NO FASCISMO SANITÁRIO

Os 10 homens mais ricos do mundo dobraram suas fortunas durante a pandemia de covid-19, que começou em março de 2020. Ao mesmo tempo, a pobreza e a desigualdade aumentaram, segundo um relatório divulgado pela organização Oxfam (sigla em inglês para Comitê de Oxford para Alívio da Fome) nesta 2ª feira (17.01). Mais de 160 milhões de pessoas foram empurradas para a pobreza no mesmo período, segundo o levantamento intitulado “Desigualdade Mata” (Inequality Kills), antes do início do Fórum Econômico Mundial, que vai até 6ª feira (21.01) e neste ano será realizado on-line devido à pandemia. Os chamados barões do grande capital, ficaram ainda mais ricos durante a pandemia de Coronavírus. Os capitalistas ligados ao rentismo do cassino financeiro, aos grandes laboratórios farmacêuticos, ao setor armamentista e de novas tecnologias de comércio-informação foram os mais beneficiados no período. Ao mesmo tempo, o surto fabricado de covid-19 acentua drasticamente as desigualdades sociais e aumenta a pobreza no mundo capitalista, seja nas metrópoles ou nas semicolônias. Em um ano em que as consequências da pandemia de covid-19 levaram para a pobreza extrema milhões de pessoas em todo o mundo, bilionários obtiveram ganhos extraordinários, potencializados justamente por medidas adotadas em nome do combate a pandemia criando uma nova ordem mundial do capital financeiro baseada no fascismo sanitário apoiada pela esquerda domesticada.

Em um ano em que as consequências da pandemia de covid-19 levaram para a pobreza extrema milhões de pessoas em todo o mundo, bilionários tornaram-se ainda mais ricos. Segundo a agência Bloomberg, a soma da fortuna das 500 pessoas mais ricas do mundo aumentou em mais de US$ 1 trilhão (R$ 5,57 trilhões) em 2021, ultrapassando US$ 8,4 trilhões (R$ 46,9 trilhões), mais do que o PIB individual de todos os países, exceto China e Estados Unidos.

Dez fortunas superam a marca de US$ 100 bilhões (R$ 557,9 bilhões), ficando quase US$ 386 bilhões (R$ 2,15 trilhões) mais rica. Mais de 200 patrimônios passam de US$ 10 bilhões (R$ 55,8 bilhões), algo inédito na história, segundo a agência.

 

No topo das maiores fortunas está Elon Musk, que ficou US$ 114 bilhões mais rico, totalizando US$ 270 bilhões. O ganho anual superou os 70% para o fundador da SpaceX e presidente da fábrica de carros elétricos Tesla. O fundador da Amazon, Jeff Bezos, segundo maior bilionário, ganhou mais US$ 2 bilhões. Virou o ano com US$ 192 bilhões. 

O presidente do grupo Louis Vuitton, Bernard Arnault, possui US$ 178 bilhões. Desse total, US$ 66,6 bilhões foram juntados em 2021, tornando Arnault o terceiro mais rico do planeta. Bill Gates, da Microsoft, encerrou o ano na quarta colocação, com US$ 138 bilhões, US$ 6,4 bilhões a mais do que em 2020. Larry Page, cofundador do Google, atingiu a fortuna de US$ 128 bilhões ao ganhar US$ 46 bilhões. Sexto maior bilionário da atualidade, Mark Zuckerberg enriqueceu US$ 22 bilhões. O cofundador do Facebook fechou 2021 com US$ 125 bilhões.

Brasileiro mais bem colocado no ranking, Jorge Paulo Lemann perdeu US$ 2,3 bilhões. O empresário do ramo de alimentos ficou em 82º lugar, com um total de US$ 21,5 bilhões.

Segundo a Bloomberg, estímulos criados pelo Federal Reserve, o banco central americano, ajudaram o mercado de ações dos Estados Unidos a entregar ganhos recordes neste ano. Situações semelhantes ocorreram na União Europeia e no Reino Unido, o que explica parte considerável do crescimento das fortunas.

Bilionários chineses, no entanto, tiveram seu pior ano desde que a agência começou a monitorar riquezas, em 2012. As perdas superaram US$ 61 bilhões. Pequim centrou esforços para avançar na sua política de prosperidade, enquanto passou a regular mais severamente setores endividados. O empresário Hui Ka Yan, do Grupo Evergrande, que foi mais rico da China, teve seu patrimônio líquido reduzido US$ 17 bilhões em 2021. O magnata do ramo imobiliário foi pressionado pelo governo a usar sua riqueza pessoal para saldar dívidas da companhia.

A fortuna dos 643 burgueses norte-americanos mais ricos cresceu 29% desde meados de março, quando o coronavírus se espalhou pelo planeta e os governos capitalistas de todos os matizes políticos obrigaram populações inteiras a entrar em quarentena.

Comércios fechados, economia paralisada e explosão do desemprego não abalaram a saúde financeira dos multimilionários, pelo contrário. As fortunas passaram de US$ 2,95 trilhões, em março, para US$ 3,8 trilhões, em setembro. Para os Marxistas Leninistas a questão do agravamento da crise econômica capitalista e o surgimento da pandemia sempre estiveram intimamente ligadas, para muito além de uma mera coincidência. O aumento das fortunas com a origem do coronavírus não é aleatório, muito pelo contrário.

Como diz um refrão neoliberal “siga o dinheiro e encontrará o responsável” e logo verificamos que os verdadeiros “beneficiários” econômicos da crise da pandemia estão no território ianque. É verdade que os mortos da pandemia mundial estão em grande número nos EUA, mas são na sua esmagadora maioria velhos, pobres, negros e imigrantes sem acesso à saúde privada, ou seja, considerados pela elite eugenista do imperialismo, subcidadãos descartáveis. Na outra ponta da pandemia estão Bezos, a Blackrock e os barões do capital financeiro que “paparam” do FED por conta da crise alguns trilhões de dólares.

O que explica uma performance tão robusta dos barões do grande capital? Valorização das ações na bolsa durante a pandemia. No início de setembro pesquisa realizada pela britânica Oxfam, já havia mostrado que, ao mesmo tempo em que a economia mundial levava um tombo sem precedentes, algumas das empresas mais valiosas do mundo registravam lucros extraordinários. As 32 maiores multinacionais devem somar US$ 109 bilhões de dólares a mais do que o lucro médio que tiveram nos últimos quatro anos.

Esse relatório mostra que os 25 bilionários mais ricos do mundo ficaram US$ 255 bilhões mais ricos durante a crise, e considerando apenas até meados de maio. Entre eles, estão os CEOs do Facebook, Mark Zuckerberg, da Microsoft, Bill Gattes, e da Tesla, Elon Musk, que viu sua fortuna aumentar 274%, conforme o relatório das entidades americanas. Já o dono da Amazon, Jeff Bezos, que já é o homem mais rico do mundo, ficou 65% ainda mais afortunado durante a pandemia, beneficiado pelo crescimento mundial da plataforma em meio à quarentena. Do outro lado da pirâmide, 176 milhões novos pobres estão emergindo da crise sanitária, amplia-se o desemprego e a fome, viralizando a miséria.

Registre-se que hoje a OMS é controlada efetivamente pela indústria farmacêutica, com crescente dependência de doadores privados como a Fundação Bill & Melinda Gates, doou mais US$ 150 milhões (aproximadamente R$ 785 milhões) destinados aos supostos combate à Covid-19, esse “filantrocapitalismo” não vem obviamente de graça. São esses interesses que movem a agência da ONU para a saúde que gerencia a pandemia de Coronavírus.

No seu livro Imperialismo, Lenin anos ensinou que toda crise sob o capitalismo, seja econômica ou política, torna-se uma ocasião para a centralização do capital. É justamente o caso da “crise sanitária” em curso. Por essa razão, alertamos mais uma vez que destes carniceiros e do Clube de Bilderberg ávidos pelo lucro, que hoje se concentram as pesquisas mais avançadas para a descoberta da vacina (um unguento milagroso graças a bondade destes "santos homens" milionários), só podemos esperar mais miséria, guerras e doenças. E ainda existem os parvos da esquerda revisionista que afirmam que o Coronavírus é um “acidente natural”...