domingo, 21 de agosto de 2022

O ATENTADO TERRORISTA DA CIA CONTRA DUGIN NÃO PODE FICAR IMPUNE: IMPULSIONAR A MOBILIZAÇÃO INTERNACIONAL PARA DESTROÇAR O IMPERIALISMO IANQUE NA UCRÂNIA! 

Dugin chega ao local do atentado terrorista

As autoridades de segurança russas abriram um “caso de assassinato” no último sábado (20/08) depois que Darya Dugina, filha do filósofo, político e “teórico geoestratégico“ (segundo a mídia do Kremlin) Alexander Dugin, foi morta em um verdadeiro “carro-bomba”, armado para o atentado terrorista. Putin até agora manteve um profundo silêncio sobre a ousadia do ataque criminoso da CIA nas suas próprias barbas, o que levou o consórcio da mídia imperialista a fazer um “carnaval” de notícias acerca da relação de Duguin com o presidente russo. A completa inércia de Moscou neste caso, que foi literalmente festejado com rojões pela Casa Branca, pode custar muito caro para Putin, incentivando a oposição pró-imperialista a protagonizar outras ações terroristas contra o alto staff do Kremlin.

Mas afinal quem é o Sr. Duguin, ele realmente tem essa “influência fantástica” na política interna e externa russa contemporânea? A mídia corporativa ocidental não poupou tempo para “espremer o sangue” sensacionalista do assassinato de Daria Dugina, com artigo após artigo sobre sua morte, caracterizando o pai da jornalista de 29 anos, Alexander, como o assessor mais próximo” de Putin ou até mesmo o “cérebro” por trás do atual pensamento nacionalista russo.

Dugin, de 60 anos, está no radar da grande mídia ocidental há quase uma década e, desde o início da crise ucraniana em 2014, tem sido frequentemente descrito como um importante pensador político russo com laços estreitos com o Kremlin ou mesmo diretamente com Putin, conclusões que são“instáveis”na melhor das hipóteses e especulações no nível do absurdo, de chamá-lo de o “Novo Raspuntin”.

O pensador e acadêmico surgiu pela primeira vez no cenário político russo no final dos anos 1980 e início dos anos 1990, quando marcou forte oposição às reformas políticas, sociais e econômicas restauracionistas que estavam sendo realizadas por Mikhail Gorbachev e depois por Boris Yeltsin. Em 1993, Dugin co-fundou o Partido Nacional Bolchevique (NBP), um movimento político “radical”  que buscava fundir aparentemente o irreconciliável ultranacionalismo e comunismo, juntamente com o dissidente Eduard Limonov e o músico underground Egor Letov. O partido ficou conhecido por suas atividades de "ação direta", incluindo ataques políticos a figuras do novo regime em todo o espaço pós-soviético, ocupações de prédios governamentais para protestar contra o neoliberalismo e suas reformas econômicas, também combateram o expansionismo da OTAN.O NBP acabou sendo banido pelos tribunais autoritários russos em 2007 por causa de suas atividades “radicais”.

Dugin rompeu com o NBP em 1998 em meio a diferenças irreconciliáveis ​​com Limonov, e tornou-se conselheiro político do Partido Comunista da Federação Russa e então presidente da Duma, Gennady Seleznev. Durante este período, tornou-se chefe do "Centro de Perícia Geopolítica" em questões de segurança nacional na Duma e deu palestras sobre geopolítica para o Estado-Maior russo.

A partir do final da década de 1990, Dugin tornou-se um apologista do eurasianismo, uma teoria altamente eclética que consiste em fundir o nacionalismo, fé ortodoxa e algumas abordagens socialistas, marcando oposição ao capitalismo “Made in USA”.

Alguns dos pontos de vista de Duguin podem se assemelhar superficialmente aos do presidente russo, especialmente porque os últimos são frequentemente mal interpretados pela mídia ocidental, pintando-o como um “radical de extrema-direita”. 

Por um lado, Putin não é socialista, e as políticas do governo russo foram firmemente enraizadas nos princípios do livre mercado capitalista ao longo de seus mandatos. Em segundo lugar, ao contrário de Dugin, que sustenta a a defesa da URSS como uma expressão do “sonho russo”, e que elogiou longamente Vladimir Lenin e Joseph Stalin, Putin se distanciou da URSS, criticando o programa dos Bolcheviques, especialmente Lenin, culpando o grande revolucionário pelas “bombas-relógio” que ele diz terem sido colocadas sob a Rússia, que culminou na destruição da União Soviética.

Putin, ao contrário de Dugin, não defendeu uma abordagem “eurasianista” das relações com os vizinhos da Rússia, rejeitando a visão deste último de um império que se estende do Extremo Oriente às costas do Atlântico em favor de laços comerciais e econômicos capitalistas estreitos com a União Europeia.

Longe de ser um leal ou porta-voz do Kremlin, Dugin critica regularmente Putin e o governo russo. Em 2014, Duguin pediu uma linha mais dura na crise no Donbass, enquanto Moscou buscava chegar a um acordo negociado com a OTAN. Suas críticas ao Kremlin contribuíram para sua demissão do cargo de professor na Universidade Estadual de Moscou no mesmo ano. 

Se não é o “cérebro de Putin”, então quem é  Dugin? Ele é é um importante intelectual nacionalista russo, filósofo e pensador contemporâneo que ganhou destaque durante os anos turbulentos do colapso da URSS e conseguiu conquistar influência política com a ofensiva imperialista e sua Nova Ordem Mundial. A tentativa de assassiná-lo por parte dos organismos da CIA/OTAN, (causando a morte de Darya, filha de Duguin) é sinistro ataque ao conjunto das forças anti-imperialistas, e deve receber uma vigorosa resposta de todos aqueles que combatem na trincheira da derrota de Washington!