segunda-feira, 29 de agosto de 2022

DEBATE DA BAND: LULA QUIS APRESENTAR-SE COMO O GRANDE ESTADISTA A SERVIÇO DO CAPITAL FINANCEIRO  

O debate de ontem (28.08) a noite na BAND confirmou o que o Blog da LBI vem apontando: a polarização eleitoral entre Lula e Bolsonaro não passa de uma disputa burguesa entre duas faces do mesmo programa neoliberal. Afora as bravatas reacionárias de Bolsonaro voltadas para seu eleitorado cativo direitista, o que vimos foi o candidato do PT se mostrando como um gestor responsável dos negócios da burguesia a frente do Palácio do Planalto. Enquanto Bolsonaro foi mais ofensivo politicamente denunciando a corrupção na gestão da Frente Popular, Lula tratou de se demonstrar um “estadista” defensor das instituições do regime político capitalista, enaltecendo o papel da Polícia Federal e da golpista Justiça burguesa (STF e TSE). Todo o programa vociferado pelo petista esteve baseado na defesa dos interesses do grande capital, sempre buscando estabelecer um “pacto social” que amorteça da luta de classes via políticas sociais compensatórias. Lula não se cansou de ressaltar que em seu governo o país era um aliado dos países imperialistas, afirmando literalmente que “nunca o Brasil foi tão respeitado pelos EUA e a União Europeia”, mesmo quando o falcão negro Obama atacava nações como a Líbia ou ocupava o Haiti com o apoio do governo Lula via as tropas do Brasil. 

Quando Bolsonaro atacou a política do “fique em casa” (Lockdown) na pandemia orquestrada da Covid-19 (apesar de seu governo ter seguido fielmente as ordens da OMS sendo inclusive o campeão na compra de vacinas da Big Pharma) coube a Lula defender as orientações da governa global do capital financeiro, uma política que levou os sindicatos e a CUT a sabotarem a luta direta dos trabalhadores. Por sua vez Lula se mostrou um fiel defensor do “capitalismo verde”, ou seja, a pauta política e programática do Fórum Econômico de Davos. Tanto Bolsonaro como Lula defenderam as compras das vacinas experimentais da Big Pharma que adoeceram a população brasileira. 

A pauta do “identitarismo” ganhou revelo após as críticas de Bolsonaro a jornalista Vera Magalhães (uma golpista de primeira linha). Formou-se uma ampla frente burguesa em defesa da jornalista ventríloqua do grande capital (Simone Tebet e Soraya Thronicke) que atacou a suposta resistência de Bolsonaro em tomar a vacina da Covid-19. Esse fato demonstra que o tema do feminismo pequeno-burguês vai ser usado para diluir a luta de classes e, possivelmente, dar algum fôlego a candidatura fantasma de Simone Tebet, a natimorta “3ª Via”.

Ciro Gomes por sua vez atacou as alianças de Lula com o MDB e o Centrão, mas ambos são parte desse grande pacto das elites dominantes e suas legendas corrompidas contra os trabalhadores. Não por acaso o petista, que ressaltou a chapa burguesa com o Tucano Opus Dei Alckmin, chamou Ciro e o PDT para ser parte de seu futuro governo de colaboração de classes.

Os demais candidatos Ciro (PDT), Simone Tebet, Felipe D´ávila e Soraya Thronicke não passam de figurantes, mas os dois primeiros são ainda cartas na manga da burguesia para dar ares de uma disputa acirrada ao circo eleitoral da democracia dos ricos, tanto que os dois (Tebet e Ciro) foram apontados pelas pesquisas encomendadas pela mídia corporativa como os que tiveram melhor desempenho no debate.

O debate na BAND reafirmou que no processo eleitoral em curso temos a dobradinha burguesa Lula&Alckmin disputando com Bolsonaro quem será o gerente dos negócios da burguesia a partir de 2023. O que os une é o fato de que todas as frações da classe dominante seguem o mesmo roteiro do capital financeiro contra os trabalhadores, impondo ataques as condições de vida ao nosso povo trabalhador. 

Os dois são duas faces da mesma moeda capitalista neoliberal, são marionetes do Fórum de Davos que representa as grandes corporações e o rentismo, ambos são servis a OMS e a OTAN, representam cada um a seu modo os interesses da governança global do capital financeiro. 

Por essa razão convocamos desde nossas modestas forças militantes o boicote ativo ao circo eleitoral da democracia dos ricos, com o voto nulo programático sendo o instrumento concreto dessa denúncia!