EXERCÍCIOS MILITARES ENTRE IRÃ, RÚSSIA E CHINA NA VENEZUELA:
UMA BOFETADA BEM NAS BARBAS DO IMPERIALISMO IANQUE
Os exercícios militares entre Irã, Rússia e China na América Latina, contarão com caças, drones e comandos de atiradores de elite, e serão liderados pelas Forças Armadas do Kremlin. Estão previstas para acontecerem entre 13 a 27 de agosto na cidade de Barquisimiento, no estado de Lara, no noroeste da Venezuela. Um total de 37 países participarão dessas práticas militares, entre os quais, além dos mencionados, estão Argélia, Bielorrússia, Vietnã, Índia, Cazaquistão, Uzbequistão ou Mianmar. Todos estas nações têm em comum o ódio ao Imperialismo Ianque e o fato de terem sofrido covardes sanções impostas por Washington.
O jornal Luta Operária descreve essas manobras como uma
demonstração de força contra os Estados Unidos no Caribe, que Washington vê
como seu "quintal". Da mesma forma, a LBI acredita que esses
exercícios também são um tapa na cara das políticas expansionistas dos EUA na
América do Sul, da qual a Venezuela faz parte.
Os exercícios das Forças de Segurança serão realizados
apenas um dia após o término das operações militares anuais organizadas pelo
Comando Sul dos EUA, batizadas como "Panamax 2022", nas quais
participam as forças armadas de vinte países títeres do imperialismo na região.
Esses jogos de guerra serão realizados no âmbito das
competições militares anuais organizadas pela Rússia, conhecidas como Jogos do
Exército. A Venezuela é o primeiro país latino-americano a sediar essas
práticas militares. Rússia, Irã e China enviam uma mensagem clara aos EUA na
Venezuela
Estrategistas militares e especialistas em guerra híbrida
consideram esses exercícios militares como uma mensagem de apoio à Venezuela,
alvo das políticas saqueadoras de Washington. Anteriormente, um alto
funcionário do regime venezuelano afirmou que os jogos militares têm uma mensagem-chave,
mas assegurou que não representam uma ameaça a terceiros países, nem procuram
transferir "equipamentos militares desses países para a Venezuela".
Rússia, China e Irã consolidaram sua aliança realizando pelo
menos três exercícios militares conjuntos na Ásia desde 2019. Agora, eles estão
transferindo os exercícios para a América Latina, próximo aos portões dos EUA.
O fato demonstra a crescente influência dos rivais norte-americanos no
continente.
As práticas militares conjuntas ocorrerão um mês depois que
a Venezuela exibiu pela primeira vez drones de combate iranianos montados no
país caribenho durante um grande desfile cívico-militar. Em 2012, a Venezuela
informou que estava recebendo ajuda do Irã na construção de drones para
autodefesa. O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, também já havia aventado
a ideia de comprar mísseis antiaéreos do Irã. Os Marxistas Leninistas apoiam
essa iniciativa anti-imperialista, resguardando total autonomia política dos
governos nacionalistas burgueses.