sábado, 13 de agosto de 2022

EXERCÍCIOS MILITARES ENTRE IRÃ, RÚSSIA E CHINA NA VENEZUELA: UMA BOFETADA BEM NAS BARBAS DO IMPERIALISMO IANQUE 

Os exercícios militares entre Irã, Rússia e China na América Latina, contarão com caças, drones e comandos de atiradores de elite, e serão liderados pelas Forças Armadas do Kremlin. Estão previstas para acontecerem entre 13 a 27 de agosto na cidade de Barquisimiento, no estado de Lara, no noroeste da Venezuela. Um total de 37 países participarão dessas práticas militares, entre os quais, além dos mencionados, estão Argélia, Bielorrússia, Vietnã, Índia, Cazaquistão, Uzbequistão ou Mianmar. Todos estas nações têm em comum o ódio ao Imperialismo Ianque e o fato de terem sofrido covardes sanções impostas por Washington.

O jornal Luta Operária descreve essas manobras como uma demonstração de força contra os Estados Unidos no Caribe, que Washington vê como seu "quintal". Da mesma forma, a LBI acredita que esses exercícios também são um tapa na cara das políticas expansionistas dos EUA na América do Sul, da qual a Venezuela faz parte.

Os exercícios das Forças de Segurança serão realizados apenas um dia após o término das operações militares anuais organizadas pelo Comando Sul dos EUA, batizadas como "Panamax 2022", nas quais participam as forças armadas de vinte países títeres do imperialismo na região.

Esses jogos de guerra serão realizados no âmbito das competições militares anuais organizadas pela Rússia, conhecidas como Jogos do Exército. A Venezuela é o primeiro país latino-americano a sediar essas práticas militares. Rússia, Irã e China enviam uma mensagem clara aos EUA na Venezuela

Estrategistas militares e especialistas em guerra híbrida consideram esses exercícios militares como uma mensagem de apoio à Venezuela, alvo das políticas saqueadoras de Washington. Anteriormente, um alto funcionário do regime venezuelano afirmou que os jogos militares têm uma mensagem-chave, mas assegurou que não representam uma ameaça a terceiros países, nem procuram transferir "equipamentos militares desses países para a Venezuela".

Rússia, China e Irã consolidaram sua aliança realizando pelo menos três exercícios militares conjuntos na Ásia desde 2019. Agora, eles estão transferindo os exercícios para a América Latina, próximo aos portões dos EUA. O fato demonstra a crescente influência dos rivais norte-americanos no continente.

As práticas militares conjuntas ocorrerão um mês depois que a Venezuela exibiu pela primeira vez drones de combate iranianos montados no país caribenho durante um grande desfile cívico-militar. Em 2012, a Venezuela informou que estava recebendo ajuda do Irã na construção de drones para autodefesa. O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, também já havia aventado a ideia de comprar mísseis antiaéreos do Irã. Os Marxistas Leninistas apoiam essa iniciativa anti-imperialista, resguardando total autonomia política dos governos nacionalistas burgueses.