sexta-feira, 23 de setembro de 2022

DONETSK, LUGANSK, KHERSON E ZAPOROZHIE FAZEM REFERENDOS PARA UNIFICAÇÃO COM A RÚSSIA: EM DEFESA DO DIREITO À SEPARAÇÃO DO LESTE UCRANIANO COMO PARTE DA LUTA CONTRA A OTAN E O IMPERIALISMO IANQUE!

Nesta sexta-feira (23.09) em todo o território da República Popular de Donetsk começou a votação no referendo sobre a adesão à Rússia, disse o presidente da comissão eleitoral local, Vladimir Vysotsky. As votações sobre a adesão à Federação da Rússia também começaram na República Popular de Lugansk e nas regiões de Zaporozhie e Kherson. Em 19 de setembro, as Câmaras Públicas da RDP e RPL propuseram aos líderes das repúblicas, Denis Pushilin e Leonid Pasechnik, a iniciativa de realizar sem demora referendos sobre a adesão à Rússia. No dia seguinte, as autoridades da RPD e RPL anunciaram que os referendos seriam realizados de 23 a 27 de setembro. Também em 20 de setembro, as administrações das regiões de Kherson e Zaporozhie anunciaram votações nas mesmas datas. Na atual conjuntura mundial, uma derrota do imperialismo num conflito bélico seria um excelente estímulo, um fermento para a luta de todos os povos do planeta em direção à destruição do monstro ianque e seus sócios europeus. Ou seja, a derrota do imperialismo é um norte estratégico para os revolucionários e ativistas anti-imperialistas de todo o mundo. Façamos nossas as palavras do “velho mestre”: “Os revolucionários proletários não devem nunca esquecer o direito das nacionalidades oprimidas a dispor de si próprias, inclusive o seu direito à completa separação, e o dever do proletariado da nação que oprime a defender este direito, inclusive, se necessário, com armas na mão!” (Leon Trotsky, O Problema Nacional e as Tarefas do Partido Proletário, abril 1935). Por esta razão estamos pelo direito a separação do leste ucraniano e por sua unificação com a Rússia, chamando o proletariado de Kiev a derrotar o governo fascista e golpista made in CIA. 

Evidentemente que o caráter de classe do governo russo o coloca no campo do limitado enfrentamento com o imperialismo, mas os revolucionários não podem ficar “neutros” diante da ofensiva fascista em todo o planeta e em particular sobre o território ucraniano em uma concreta possibilidade de guerra. 

Nós, Marxistas-Leninistas estaremos na trincheira de guerra do governo Putin, lutando no mesmo campo militar, contudo com total independência política face às hesitações e covardia das burguesias nacionais diante da possibilidade de um conflito em escala regional e consequentemente ampliado em nível mundial.

Seria criminoso por parte de um partido revolucionário adotar o abstencionismo como estratégia ou se colocar descaradamente no campo programático das “revoluções democráticas” levadas a cabo pela CIA ou aclamando a chuva de bombas da Otan como ardorosamente defende a canalha morenista. Na Ucrânia, a exemplo da Líbia, delineia-se mais uma guerra de rapina para tomar os recursos energéticos controlados pela Rússia que foi transformada em uma semicolônia após a destruição contrarrevolucionária da URSS. 

A derrota do governo golpista imposto pelo Departamento de Estado norte-americano é um primeiro passo para a vitória do proletariado ucraniano e russo diante da ofensiva nazi-fascista que assola o mundo inteiro é um exemplo a ser seguido pela classe operária internacional.