quinta-feira, 15 de setembro de 2022

OTAN FORNECE ARMAS PARA O “PROTEGIDO” AZERBAIJÃO ATACAR A ARMÊNIA: MAIS DE CEM MORTOS EM DOIS DIAS DE BOMBARDEIO CONTRA O PAÍS ALIADO DA RÚSSIA

O Azerbaijão, apoiado pela Turquia, se aproveita das suas relações com a OTAN/UE, para atacar e invadir a Armênia no curso da guerra imperialista contra a Rússia na Ucrânia. Na noite de 12 para 13 de setembro, o exército azeri(nome das forças armadas do Azerbaijão) começou a lançar um ataque contra a Armênia ao longo de suas fronteiras em cidades como Goris, Jermuk ou Vardenis. Após dois dias de bombardeio, já são mais de cem mortes causadas por esses ataques, entre eles há vítimas civis. Dezenas de casas foram destruídas e já existem alguns milhares de pessoas desabrigadas.

Durante o mês de agosto, o Azerbaijão já quebrou o cessar-fogo assinado em 2020, atacando novas áreas de Nagorno-Karabakh e assumindo o corredor Lachin (que liga a referida região ao resto da Armênia). Mas desta vez o ataque é mais grave, pois é dirigido contra o próprio território da Armênia e não apenas contra o da República de Artsakh (nome oficial do estado do Alto Karabakh).

O Azerbaijão tem o apoio da Turquia (que já o apoiou militarmente na guerra de 2020) e também de Israel e da OTAN. Além disso, desde julho deste ano, o país presidido por Aliyev tornou-se um parceiro preferencial da UE, aumentando suas exportações de gás para mitigar os efeitos das sanções contra a Rússia. Portanto, não veremos muitas declarações, muito menos sanções, contra um Estado que já realizou limpeza étnica contra a população armênia e que a está atacando novamente.

Esta agressão contra a Armênia ocorre em um contexto de “vulnerabilidade” russa devido à situação militar na Ucrânia, e em um momento em que o reacionário regime do Azerbaijão sabe que pode contar com a cumplicidade da OTAN.

Quem já se posicionou, além da Rússia foi o Irã, afirmando que não permitirá mudanças na fronteira armênia e afirmando a possibilidade de uma intervenção militar, caso o Azerbaijão continue com sua ofensiva militar.

No momento, o Primeiro-Ministro da Armênia, Nikol Pashinyan, descartou a mobilização da população para defender as fronteiras, embora tenha solicitado a intervenção da CSTO (Organização do Tratado de Segurança Coletiva, uma aliança militar defensiva entre Rússia, Armênia, Cazaquistão, Quirguistão, Tajiquistão e Uzbequistão).

A situação do país do Cáucaso é extremamente delicada, e não se descarta que uma nova guerra fomentada pelo imperialismo volte a minar o povo armênio, diante da cumplicidade do Ocidente e também diante do suporte criminoso dado pela OTAN. Assim como na guerra da Ucrânia, os Marxistas Leninistas não vacilam em levantar bem alto a bandeira da derrota da OTAN, cerrando fileiras incondicionalmente no campo militar da Armênia.