sábado, 3 de setembro de 2022

IMPERIALISMO “DEMOCRÁTICO” APOIADO PELA ESQUERDA REFORMISTA: FRANÇA ENVIA SUA TEMÍVEL LEGIÃO ESTRANGEIRA PARA ROUBAR O GÁS NATURAL DO YEMEN

O governo do “Centro Civilizatório” francês (Macron com apoio da esquerda reformista),enviou sua genocida Legião Estrangeira ao Iêmen para apreender o gás no campo de Balhaf, embora a  explicação oficial seja diferente, naturalmente: trata-se de "controlar as instalações" em um país devastado pela guerra há anos. No entanto, o nacionalista Governo de Salvação Nacional do Iêmen (GSN) expressou preocupação com o que descreveu como atividade "suspeita" das tropas norte-americanas e francesas estacionadas no sul do país, na província de Shabwah.

Em 17 de agosto, ocorreu um debate durante uma sessão parlamentar realizada pelos ministros do NSG. Em uma mensagem postada nas mídias sociais, o ex-chanceler iemenita Abubaker Alqirbi declarou:“Continuam a chegar informações sobre os preparativos em curso para exportar gás da instalação de Balhaf e que esta pode ser a razão para os eventos de Shabwa e a aproximação e negociações ativas da França com alguns países da região e as partes no conflito iemenita em relação ao alto nível internacional dos preços do gás e reduzir a pressão russa sobre a Europa e garantir a proteção da instalação pela Legião Estrangeira Francesa”.

Alqirbi acrescentou que "a exportação de gás de Balhaf é do interesse nacional para resolver o sofrimento econômico do Iêmen e o sustento de seus cidadãos e pagar os salários dos funcionários". O iemenita também enfatizou que esse ganho de energia deve ajudar o Iêmen e seu povo: "Talvez a economia abra as portas para negociações para uma solução política abrangente para a crise iemenita, se não se tornar um meio de desperdiçar recursos".

Entretanto a explicação é um pouco mais longa. Em julho passado, a França e os Emirados Árabes Unidos assinaram uma associação de energia para a produção conjunta de gás liquefeito. No entanto, a cooperação energética entre os dois países visa garantir o controle dos recursos de gás do Iêmen por meio do campo de Balhaf, de propriedade da multinacional francesa da TotalEnergies.

A resistência iemenita exigiu a retirada de todas as forças estrangeiras que ocupam ilegalmente o país, incluindo tropas ianques recentemente destacadas, que estão lá sob o pretexto de combatê-las, a quem acusam de "terrorismo".

De acordo com o ex-primeiro-ministro iemenita Abdel Aziz bin Habtour, as recentes operações de saques da coalizão liderada pela Arábia Saudita foram realizadas sob a direção dos Estados Unidos, como parte do plano de Washington de garantir o controle do petróleo iemenita por meio de seus asseclas do Golfo.

A crise energética europeia, deflagrada com a ofensiva militar da OTAN sobre a Rússia na fronteira com a Ucrânia, está levando o chamado imperialismo “democrático” a piratear os recursos naturais(principalmente gás e petróleo)dos países periféricos imperializados, considerados pela esquerda reformista como sendo governados por “forças autoritárias” e assim legitimando a ação criminosa dos governos “democráticos civilizatórios”, como por exemplo Macron e Biden.