GREVE HISTÓRICA NOS CORREIOS BRITÂNICOS
COMPLETA UMA SEMANA: PARALISAÇÃO NACIONAL PROVOCA GRAVE CRISE POLÍTICA NO
REGIME POLÍTICO DO REINO UNIDO
Após uma semana de greve nacional os carteiros rejeitam, como insuficiente, o aumento de 2% oferecido pela empresa Royal Mail, os correios britânico, fundada em 1516. Os trabalhadores decidiram em assembleias de base manter a greve histórica para exigir um aumento salarial em linha com a crescente inflação que afeta o país. O Sindicato dos Trabalhadores das Comunicações (CWU) convocou seus membros encarregados de coletar, classificar e entregar pacotes e cartas para fortelecer a greve, com atos nacionais nos dias 8 e 9 de setembro de 2022. Trata-se de uma importante demonstração de força dos trabalhadores que ocorre em meio a grave crise política do regime político burguês do Reino Unido, que provocou a renúncia da Boris Johson e uma acirrada disputa (entre o ex-ministro das Finanças Rishi Sunak e a atual secretária de Relações Exteriores, Liz Truss) no seio do Partido Conversador cuja votação interna está prevista para este 5 de setembro. Nesse contexto a greve dos correios é o principal fato político em meio a escolha do novo primeiro-ministro britânico.
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A direção do CWU, ligada ao trabalhismo, tem sido um freio para a radicalização do protesto. O predidente do sindicato declarou "Queremos garantir que faremos tudo o que pudermos para minimizar as interrupções e fazer com que nossos serviços voltem ao normal o mais rápido possível." Os funcionários dos correios rejeitam o aumento de 2% oferecido pela empresa fundada em 1516 pelo rei Henrique VIII. Esta situação ocorre apesar de os colaboradores terem sido classificados como essenciais durante a pandemia de Covid-19.
Da mesma forma, a empresa de telecomunicações BT Group plc e
a agência de comunicação ReachUK Media se juntaram aos protestos para exigir
melhores salários devido aos grandes lucros recebidos por patrões e acionistas.
Por seu lado, a Associação dos Trabalhadores em Transportes Assalariados (TSSA)
anunciou que os funcionários de nove empresas ferroviárias britânicas entrarão
em greve nesta quarta-feira em busca de melhores salários.
Por sua vez, estivadores, trabalhadores do metrô de Londres,
motoristas de ônibus e advogados criminais fizeram uma série de greves nas
últimas semanas devido ao impacto da inflação que subiu para 10 em julho, 1%.
Toda essa realidade aponta apra a radicalização da luta de classe no Reino Unido, que deve ser apoiada pelos trabalhadores de todo mundo como parte do combate ao imperialismo e os governos burgueses.