O “NOVO” PAPEL DO PSTU NAS ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS: CONSELHEIRO DA CANDIDATURA
BURGUESA DE LULA
No artigo “O que não foi discutido no encontro entre Lula e Marina Silva” (15/09) o PSTU assume o papel de conselheiro da candidatura burguesa de Lula/Alckmin. Como vai apoiar a dobradinha petucada no 2º turno, lançando a candidatura de Vera apenas de forma figurativa e como apêncide do petismo, os Morenistas trataram de aconselhar Lula para que tenha um programa mais "coerente". Segundo o PSTU “O problema é que não é possível acender uma vela para deus e outra para o diabo. Os imensos problemas ambientais que o Brasil enfrenta nas últimas décadas têm relação imediata com o fortalecimento do agronegócio, inclusive durante o governo Lula e com Marina Silva como ministra do Meio Ambiente. Essa pauta ficou muito longe da conversa entre Lula e Marina”. Como se observa o PSTU apresenta Lula concretamente como uma “candidatura em disputa” que acende uma vale para Deus (os trabalhadores) e outra para o diabo (a burguesia), cabendo aos Morenistas empurar Lula “para a esquerda”, para o campo dos explorados. Trata-se de uma completa fraude política montada pelo PSTU para justificar seu vergonhoso apoio a frente burguesa e pró-imperialista montada em torno de Lula.
A pauta de conselhos do PSTU se concentra na seguinte afirmação
do artigo “Está mais do que provado e comprovado de não há como o país
conservar o meio ambiente mantendo o atual modelo agrícola capitalista. Nossos
biomas, a maior floresta do planeta e o Brasil não estarão livres da
possibilidade e iminência de uma catástrofe ambiental, enquanto não rompermos
com o atual modelo dependente”. Por que o PSTU faz essa declaração? Justamente
porque reclama que sua proposta “não foi discutida no encontro entre Lula e
Marina”, razão de seu apoio supostamente “crítico” ao petista, denunciando docilmente seus limites
ainda que apoie essa ampla frente burguesa pró-imperialista.
Ocorre que Lula (e Marina) são hoje peões do imperialismo na disputa eleitoral, sendo o petista o candidato preferencial da governança do capital financeiro para assumir a gerência de seus negócios do Brasil. Porém para o PSTU, integrado pela porta dos fundos à ampla frente eleitoral contra Bolsonaro, usando a farsa anti-marxista da necessidade de “derrotar o fascismo nas eleições", a prioridade é a unidade contra Bolsonaro e não a independência política dos trabalhadores diante de duas candidaturas burguesas, onde o petista está claramente (vide seus apoios) mais alinhado a pauta “eco-imperialista” do Fórum de Davos, justamente por isso Marina declarou seu apoio neste momento.
A frente de Lula com Marina e Alckmin será integrada pelo PSTU, mesmo sem que o
proposto pelos Morenistas “não tenha sido discutido”, ou seja, é um apoio crítico
de fachada!!!