quarta-feira, 14 de dezembro de 2022

MRT/PTS E PSOL QUEREM “INDEPENDÊNCIA” DIANTE DO GOVERNO BURGUÊS DA FRENTE AMPLA: REJEITAM FAZER OPOSIÇÃO OPERÁRIA E POPULAR A LULA&ALCKMIN

O MRT, grupo satélite do PTS argentino no Brasil, lançou um “Chamado aos militantes do PSOL: para combater a extrema direita e as reformas, precisamos de independência do governo de frente ampla” (13.12). Como o próprio título do artigo afirma o MRT/PTS reforça a posição da maioria da direção nacional do PSOL em defesa da “independência” diante do governo burguês da frente ampla. Com essa linha o MRT copia a política distracionista de Sâmia Bomfim, líder do PSOL na Câmara dos Deputados e da maioria dos parlamentares federais Glauber Braga (RJ), Talíria Petrone (RJ), Fernanda Melchionna (RS) e a deputada federal eleita Erika Hilton (SP) em favor da tal “independência”, ou seja, do apoio parlamentar e político ao governo petucano, com a liberdade de crítica e sem integrar diretamente a gerência burguesa via indicação de cargos. O MRT segue como papagaio a política do PSOL e, desta forma, ambos rejeitam cabalmente fazer nas ruas e no parlamento a oposição operária e popular ao governo Lula&Alckmin.

Com essa posição calhorda fica claro porque o MRT se negou a defender o voto nulo no 2º turno das eleições presidenciais: o grupo satélite do PTS desejou manter suas relações políticas diplomáticas com o PSOL e, para tanto, não combateu frontalmente a candidatura da frente ampla burguesa para agora, depois da eleição presidencial, defender a cínica posição de “independência”, que de fato significa o apoio ao governo Lula&Alckmin mantendo a “liberdade” de criticar formalmente apenas as mais escandalosas alianças com a extrema-direita burguesa, como foi o apoio do PT à reeleição de Artur Lira na Câmara dos Deputados.  Não por acaso o Esquerda Diário nos avisa angelicalmente: “Reforçamos esse chamado a todas e todos militantes e votantes do PSOL, a fortalecermos uma posição de independência política frente ao governo de frente ampla”. (13.12)

Como o Blog da LBI denunciou durante todo o processo eleitoral e agora após a “vitória” de Lula a trajetória do MRT têm sido de seguidismo ao PT e ao PSOL. Recentemente, a “garotada” do MRT depois das embriagadas comemorações festivas com a pequena-burguesia “prog” na Vida Madalena em São Paulo pela vitória eleitoral da dobradinha petucana Lula&Alckmin, se fantasiou de “tropa de choque” esquerdista da democracia dos ricos. Saíram da toca em que ficaram em silêncio durante todo a disputa presidencial para defender a honorabilidade do TSE e do STF como guardiões da lisura do processo eleitoral fraudulento das urnas roubotrônicas.

A “moçada” do MRT não decepciona quando o quesito se chama oportunismo. Mesmo diante do polarizado pleito presidencial no Brasil os nossos eternos universitários não declararam publicamente sua posição eleitoral. O site “Esquerda Diário” esteve recheado de ataques a candidatura de Bolsonaro mas em nenhum destes artigos o MRT declarou o voto em Lula e, obviamente, muito menos o Voto Nulo com a denúncia do circo eleitoral.

O MRT integra a turma dos “Lulistas envergonhados”, fizeram campanha pela Frente Ampla burguesa na prática mas não quiseram assumir sua adesão ao candidato petista, o gerente preferencial da governança global do capital financeiro que agrupou em seu apoio desde Biden, passando por rentistas como Meirelles, indo até os Morenistas do PSTU.

O mais tragicômico é que o MRT copiou toda a linha do PT alardeando que Bolsonaro representava uma “ameaça golpista” para justificar a descarada defesa do sistema eleitoral burguês fraudado que beneficia Lula via as urnas roubrotrônicas e as pesquisas “fakes”. Agora nada mais “coerente” do que defender a tal “independência” junto com o PSOL, o que na prática significa não fazer oposição operária e popular a gestão burguesa de Lula&Alckmin!