sábado, 17 de dezembro de 2022

PSOL DELIBERA POR APOIAR E INTEGRAR O GOVERNO BURGUÊS DA FRENTE AMPLA: MAS NÃO HOUVE DIVERGÊNCIA DE FUNDO NA DECISÃO, OUTRA ALA PSOLISTA DEFENDIA A “GOVERNABILIDADE DE LULA COM INDEPENDÊNCIA”

Reunido neste sábado (17/12), o Diretório Nacional do PSol decidiu que o partido fará parte da base do governo burguês petucano de Lula (PT). A sigla optou por formalmente não aceitar a participação em cargos ministeriais apostando na tese da "governabilidade com independência". Casos específicos como o da deputada federal eleita por São Paulo Sônia Guajajara, cotada para assumir o Ministério dos Povos Originários após indicação da Articulação dos Povos Indígenas (Apib), podem ser aceitos mediante licenciação do diretório do partido o que de fato revela a farsa da resolução. “Destacamos que o PSOL preserva sua autonomia de organização e, portanto, os filiados que, no caso de convidados, optem por ocupar funções no governo federal, devem se licenciar dos espaços de direção partidária. A eventual presença nesses espaços não representa participação do PSOL”, ressalta a resolução aprovada que é um acordo farsesco que uniu o conjunto do partido. O documento também aponta que a sigla “apoiará o governo Lula em todas as suas ações de recuperação dos direitos sociais e de interesses populares. Estaremos presentes nas trincheiras do parlamento e das lutas do povo brasileiro, combatendo a extrema-direita e defendendo o governo democraticamente eleito, mas o PSOL não terá cargos na gestão que se inicia”. Em resumo, o PSOL deliberou por apoiar e integrar o governo burguês da frente ampla. Não houve divergência de fundo na decisão, a outra ala psolista defendia a “governabilidade de Lula com independência”, o que foi contemplada na decisão política baseada na colaboração de classes!

A resolução concilia visões dentro do partido, como a do grupo representado por parlamentares como Sâmia Bonfim e a do grupo do qual faz parte o deputado eleito Guilherme Boulos e o presidente da sigla, Juliano Medeiros. Enquanto os aliados de Sâmia defendiam a independência e a recusa de cargos, o outro lado defendia a independência mesmo fazendo parte da base do governo eleito. o que acabou se concretizando.

Como apontamos essa política impõe a paralisia do movimento de massas para facilitar os acordos de Lula com os partidos da direita burguesa!