sexta-feira, 16 de dezembro de 2022

PSTU EMBARCA NA CANOA DO PSOL: NÃO QUEREM FAZER OPOSIÇÃO AO GOVERNO PRÓ-IMPERIALISTA DE LULA&ALCKMIN… APENAS “DEBATER”...

Lula governou o Brasil durante dois mandatos e o PT conseguiu emplacar Dilma logo em seguida até o golpe de 2016. Apesar de todas as lições abstraídas com a gerência Lulopetista de completa submissão a burguesia e ao imperialismo com sua corrompida política de colaboração de classes com rentistas e grandes empresários, a direção nacional do PSTU nos chama cinicamente no apagar de 2022 e às vesperas da posse de Lula em seu terceiro mandato, apenas a “debater” sobre o caráter do próximo governo da Frente Ampla. Com essa posição distracionista patética o PSTU embarca na canoa furada do PSOL, ambos não querem fazer oposição ao governo pró-imperialista de Lula&Alckmin, apenas debater e manter a tal “independência” diante a gestão petucana escolhida pela governança global do capital financeiro para impor o planos de ajuste neoliberal de ataque aos trabalhadores apoiando-se na paralisia do movimento de massas impostas pela corrupta burocracia sindical composta pela CUT, Intersindical e a CSP-Conlutas! Frente a política Morenista de apoio eleitoral a Lula no 2º turno depois de lançar a candidatura de Vera na condição de “conselheira domesticada” que de fato torcia pela vitória do petista já no 1º turno, não causa surpresa que o PSTU em seu atual giro direitista esteja mergulhado em uma profunda crise orgânica que coloca em risco sua própria existência, perdendo quadros e militantes que estão aderindo diretamente ao PSOL, principalmente após o retundo fracasso eleitoral na disputa presidencial, quando ficou atrás dos outros “nanicos” frente populistas, UP e PCB.  

Segundo o “Editorial: É importante debater o governo Lula-Alckmin” (PSTU, 14/12), a direção Morenista declara “Nesta última edição de 2022, propomos uma discussão sobre o caráter do governo Lula-Alckmin e os desafios para a classe trabalhadora... Para fazer isso, precisamos debater, com paciência, com a nossa classe; explicar o novo governo e porque não se pode depositar confiança em Lula-Alckmin”. 

O PSTU, ao apoiar “criticamente” Lula no 2º turno e seguir como papagaio a política do PT de defesa da legitimidade das instituições do regime político burguês, deu um passo importante em sua integração a Frente Popular. Entretanto “apenas” isso não basta para ser aceito organicamente ao séquito Lulista e usufruir das benesses estatais e dos frutos eleitorais da futura gestão burguesa petucana.

Com essa linha de "debater" sobre o governo Lula e não ser oposição operária e popular, o PSTU dá mais um passo nessa direção ao copiar a política distracionista de Sâmia Bomfim, líder do PSOL na Câmara dos Deputados e da maioria dos parlamentares federais Glauber Braga (RJ), Talíria Petrone (RJ), Fernanda Melchionna (RS) e a deputada federal eleita Erika Hilton (SP) em favor da tal “governabilidade com independência”, ou seja, do apoio parlamentar e político ao governo petucano, com a liberdade de crítica e sem integrar diretamente a gerência burguesa via indicação de cargos. 

O PSTU segue como papagaio a política do PSOL e, desta forma, ambos rejeitam cabalmente fazer nas ruas e no parlamento a oposição operária e popular ao governo Lula&Alckmin. Ao invés disso, os Morenistas a posição do PSTU vai acabar levando-os a parar de criticar Lula e passar a condição de conselheiros domesticados do goveno petista, inclusive findando sua própria existência como uma legenda partidária formalmente independente da Frente Popular. 

Em breve veremos (de novo!) todo um setor oriundo do cambaleante PSTU se incorporar como corrente interna do PSOL, como já apontam cartas de ruptura de militantes que acabaram de deixar a legenda Morenista. Pelo visto os Morenistas "aos poucos" estão aprendendo a lição deixada por Valério Arcary que virou um corrompido funcionário a serviço do PT dentro do PSOL.