quarta-feira, 18 de março de 2020

PACIENTE “ZERO” DO CORONAVÍRUS: O “BERÇO” ESTÁ NOS EUA E NÃO NA CHINA!


O imperialismo ianque está envolvido em uma guerra aberta com a China, que não é apenas comercial, envolve aspectos bem mais complexos da geopolítica mundial, que podem inclusive desembocar em um conflito militar de graves consequências para a humanidade de conjunto. O regime social e econômico chinês atravessa uma transição histórica, vem de uma revolução que instaurou um Estado Operário, para uma restauração capitalista, todavia não conclusa ainda. Neste processo de quebra das linhas centrais da planificação econômica central, na direção de uma pujante economia de mercado, a burocracia maoísta, já sob o comando de Deng Xiaoping, contou decisivamente com a forte ajuda de capitais imperialistas, que agora não admitem perder o controle econômico de seus pesados investimentos no país, para um regime nacionalista burguês estatizante, presidido por Xi Jinping. A tentativa de desestabilização do regime nacionalista chinês com os protestos “pela democracia” em  Hong Kong foi apenas um pequeno “aperitivo”, e nenhum esforço foi poupado pela Casa Branca nesta reacionária empreitada. Agora foi a vez do coronavírus, uma sinistra campanha muito mais “imaginativa” e destrutiva, como o segundo capítulo da guerra híbrida do Pentágono. Trump não para de repetir que o coronavírus é "Made in China" e que o país asiático é uma ameaça letal para os interesses dos Estados Unidos. O fundamentalista Secretário de Estado, Mike Pompeo, batizou a pandemia de "coronavírus Wuhan" e a mídia “murdochiana”nunca se cansa de repetir que a China espalhou o "vírus Wuhan" pelo mundo. O governo chinês respondeu pela primeira vez na história, desde a morte de Mao Tsé- Tung em 1976, de uma maneira firme e não diplomática, devolvendo a acusação do coronavírus aos Estados Unidos. Porém o mais interessante é que aliados dos Imperialismo ianque no Extremo Oriente, como o Japão, concordam com a China. Em fevereiro, a rede de tv japonesa Asahi News afirmou que o coronavírus realmente se originou nos Estados Unidos e não na China, e que algumas das 14.000 mortes nos Estados Unidos atribuídas à gripe sazonal de 2019 foram causadas pelo coronavírus. No entanto, o fato mais surpreendente ocorreu em 12 de março, quando a tese chinesa foi confirmada por Robert Redfield, diretor geral do CDC (Centro para o Controle e Prevenção de Enfermidades) durante uma declaração ao Comitê de Supervisão da Câmara dos Deputados.  Redfield, nomeado por Trump, admitiu que alguns casos diagnosticados de gripe sazonal nos Estados Unidos poderiam ter sua origem no coronavírus, de acordo com as análises póstumas (corpos) realizadas. Recentemente, os Estados Unidos sofreram mais de 200 casos de fibrose pulmonar que terminaram em morte devido à incapacidade dos pacientes de respirar, porém não foram catalogados como coronavírus. Algumas estimativas consideram que o surto de coronavírus pode ter começado mais cedo do que o esperado, possivelmente em setembro do ano passado, em pleno território norte-americano.
 

A insuspeita declaração do diretor do CDC, um organismo oficial, resultou no apoio à tese do governo chinês que coloca o foco infeccioso no “colo” dos Estados Unidos. Também não é segredo que a tentativa de quebrar a economia chinesa, paralisando sua produção industrial pelo surto do coronavírus, acabou desencadeando um efeito global nos mercados financeiros, logo utilizado pelos grandes rentistas para queimar títulos podres muito alavancados. A clássica “lição que o feitiço pode virar  contra o feiticeiro” parece estar agora atormentando as noites do famigerado Donald Trump...