JACK DOUGLAS TEIXEIRA: O “PORTUGA” QUE DEIXOU O PENTÁGONO EM “MAUS LENÇÓIS”, SEJA PELA INCOMPETÊNCIA OU SUA SORDIDEZ REVELADA NA GUERRA DA UCRÂNIA
Jack Douglas Teixeira é o protagonista do maior escândalo da suposta atividade de espionagem nos Estados Unidos em décadas. Ele é descendente de portugueses e acabou “vazando” documentos confidenciais do Pentágono sobre a guerra da Ucrânia. Aviador da Guarda Nacional, Teixeira, de 21 anos, foi preso em Boston na última quinta-feira(13/04) sob acusação de vazamento de documentos do Pentágono, em um caso de grande repercussão midiática, não só por ter supostamente relação com a guerra por procuração dos EUA/Otan contra a Rússia na Ucrânia e sua fracassada “contraofensiva da primavera”, como pela revelação de que Washington foi flagrado de novo espionando regimes reacionários aliados, como a Coreia do Sul e Israel, e até mesmo o subalterno Secretário-Geral da ONU, Antonio Guterres.
Entre os analistas especializados nas “armações” da CIA, há
questionamentos sobre a real natureza do vazamento, inclusive se não se trata
de manobra diversionista do Deep State na qual Teixeira acabou virando
instrumento, tendo em vista a complicada situação ucraniana no terreno militar.
Curiosamente, uma semana antes a agência de noticias
britânica Reuters, atribuíra enfaticamente à Rússia o referido vazamento,
citando fontes sob anonimato dos serviços secretos norte-americanos. O Kremlin
reagiu ao vazamento, com o Porta-voz presidencial, Dmitry Peskov, assinalando
que a Rússia “não tem a menor dúvida sobre o envolvimento direto ou indireto”
dos EUA e da OTAN na guerra na Ucrânia e que “esse nível de envolvimento está
aumentando”.
Por sua vez, o regime neofascista de Kiev, como era de se
esperar, atribuiu o vazamento à “desinformação russa”. “O propósito do
‘vazamento’ de dados supostamente secretos é desviar a atenção dos preparativos
reais para o próximo estágio da guerra… Semear certas dúvidas e suspeitas
mútuas entre os parceiros”, postou no Telegram o conselheiro militar de
Zelensky, Mykhailo Podolyak.
Apesar de cerca de 60 documentos já terem sido divulgados
até agora, os meios de comunicação corporativa dos EUA indicam ter acesso a
muito mais. O Washington Post informou na quinta-feira que “revisou
aproximadamente 300 fotos de documentos classificados, a maioria dos quais não
foi tornada pública”. Teixeira permanecerá na prisão até sua audiência de
detenção em 19 de abril, declarou o escritório da promotoria em Boston. Segundo
a CNN, ele não apresentou contestação formal no tribunal na sexta-feira
(14/04). Dependendo das acusações, ele estará sujeito a 10 anos ou mais de
cárcere.
Parte considerável dos “vazamentos” tem foco no conflito na
Ucrânia. Como a de que cerca de 100 soldados das tropas especiais dos EUA e
OTAN estão operando em solo ucraniano, ao contrário do que tem dito Washington
e Bruxelas. Até agora, o Pentágono não confirmou nem negou a autenticidade dos
documentos vazados, reconhecendo apenas que estava levando a situação “muito a
sério” e prometendo “revirar cada pedra” para estabelecer o que aconteceu…