segunda-feira, 17 de abril de 2023

100 DIAS DE LULA SEM OPOSIÇÃO DA ESQUERDA REVISIONISTA: PSTU DECLARA QUE NÃO FARÁ OPOSIÇÃO AO GOVERNO DA FRENTE AMPLA

O título do editorial do PSTU “Os 100 dias do governo Lula” (12.04) sem conter nenhum chamado à luta contra o ajuste neoliberal em curso ou mesmo uma caracterização de classe da gerência Petucana já diz tudo: os Revisionistas declaram que não farão oposição ao governo da Frente Ampla, vão manter a política de não enfrentar pela esquerda os ataques contra os trabalhadores que vem sendo impostos desde janeiro até agora pelo PT e seus aliados via a grande aliança burguesa que o sustenta. O eixo da política do PSTU é atacar o Bolsonarismo, apresentando-o como inimigo central (uma clara manobra distracionista) e fazer a política de exigências ao governo Lula&Alckmin, semeando ilusões que pelego traidor possa atender as demandas de nossa classe e não se curvar aos ditames do grande capital, que de fato é seu grande patrão. Não por acaso o PSTU afirma: “Precisamos exigir de Lula a revogação por completo da reforma trabalhista, e da Previdência e do novo ensino médio. Exigir emprego com a redução da jornada para 30h semanais, sem redução dos salários. Exigir a duplicação do salário mínimo, tendo como meta o salário mínimo pelo Dieese em 6.571,52 hoje. Exigir que se detenham todas as privatizações... Esse é também o caminho mais seguro para derrotar o bolsonarismo”. Com essa orientação paralisante foram 100 dias sem oposição da esquerda, política que irá se manter pelo próximo período usando sempre o “espantalho” da extrema-direita e de Bolsonaro para legitimar essa conduta de colaboração de classes sustentada pela cooptação material das direções sindicais como a CSP-Conlutas.

Por sua vez, o MRT no texto “Sinais políticos aos cem dias de governo Lula” (11.04) também se nega a chamar a oposição ao governo Lula e ainda professa clara simpatia a gerência da Frente Ampla, seguindo os passos do PSTU e do PSOL: “Lula soube dialogar com um sentimento amplamente majoritário, até mesmo entre os votantes de Bolsonaro. O que responde, ao menos em parte, o que tem sido a principal preocupação do governo: como garantir o apoio das classes médias? Até agora, o governo conseguiu o apoio dos estratos mais baixos dos setores populares e da classe trabalhadora precarizada, através da ampliação do programa bolsa família e da retomada do programa minha casa minha vida”. Longe de convocar a luta contra o governo Petucano, o MRT patrocina ilusões diante dos “sinais” da gerência burguesa de colaboração de classes que vem atacando os trabalhadores e amplos setores explorados.

Enquanto PSTU e MTR seguem como papagaios da política do PSOL e, desta forma, rejeitam cabalmente fazer nas ruas e no parlamento a oposição operária, revolucionária e popular ao governo Lula&Alckmin, a LBI defende enfrentar essa gerência da Frente Ampla burguesa! Nesse sentido, chamamos a lutar para derrotar a dobradinha Petucada que é completamente servil a Governança Global do Capital Financeiro.