100 DIAS DE LULA SEM OPOSIÇÃO DA ESQUERDA REVISIONISTA: PSTU DECLARA QUE NÃO FARÁ OPOSIÇÃO AO GOVERNO DA FRENTE AMPLA
O título do editorial do PSTU “Os 100 dias do governo Lula”
(12.04) sem conter nenhum chamado à luta contra o ajuste neoliberal em curso ou
mesmo uma caracterização de classe da gerência Petucana já diz tudo: os Revisionistas
declaram que não farão oposição ao governo da Frente Ampla, vão manter a
política de não enfrentar pela esquerda os ataques contra os trabalhadores que vem sendo
impostos desde janeiro até agora pelo PT e seus aliados via a grande aliança burguesa
que o sustenta. O eixo da política do PSTU é atacar o Bolsonarismo, apresentando-o
como inimigo central (uma clara manobra distracionista) e fazer a política de exigências
ao governo Lula&Alckmin, semeando ilusões que pelego traidor possa atender
as demandas de nossa classe e não se curvar aos ditames do grande capital, que
de fato é seu grande patrão. Não por acaso o PSTU afirma: “Precisamos exigir de
Lula a revogação por completo da reforma trabalhista, e da Previdência e do
novo ensino médio. Exigir emprego com a redução da jornada para 30h semanais,
sem redução dos salários. Exigir a duplicação do salário mínimo, tendo como
meta o salário mínimo pelo Dieese em 6.571,52 hoje. Exigir que se detenham
todas as privatizações... Esse é também o caminho mais seguro para derrotar o
bolsonarismo”. Com essa orientação paralisante foram 100 dias sem oposição da
esquerda, política que irá se manter pelo próximo período usando sempre o “espantalho”
da extrema-direita e de Bolsonaro para legitimar essa conduta de colaboração de
classes sustentada pela cooptação material das direções sindicais como a CSP-Conlutas.
Por sua vez, o MRT no texto “Sinais políticos aos cem dias de governo Lula” (11.04) também se nega a chamar a oposição ao governo Lula e ainda professa clara simpatia a gerência da Frente Ampla, seguindo os passos do PSTU e do PSOL: “Lula soube dialogar com um sentimento amplamente majoritário, até mesmo entre os votantes de Bolsonaro. O que responde, ao menos em parte, o que tem sido a principal preocupação do governo: como garantir o apoio das classes médias? Até agora, o governo conseguiu o apoio dos estratos mais baixos dos setores populares e da classe trabalhadora precarizada, através da ampliação do programa bolsa família e da retomada do programa minha casa minha vida”. Longe de convocar a luta contra o governo Petucano, o MRT patrocina ilusões diante dos “sinais” da gerência burguesa de colaboração de classes que vem atacando os trabalhadores e amplos setores explorados.
Enquanto PSTU e MTR seguem como papagaios da política do
PSOL e, desta forma, rejeitam cabalmente fazer nas ruas e no parlamento a
oposição operária, revolucionária e popular ao governo Lula&Alckmin, a LBI
defende enfrentar essa gerência da Frente Ampla burguesa! Nesse sentido, chamamos
a lutar para derrotar a dobradinha Petucada que é completamente servil a
Governança Global do Capital Financeiro.