domingo, 30 de abril de 2023

CONFERÊNCIA DOS “AMIGOS DA VENEZUELA”: UMA ARTICULAÇÃO PATROCINADA PELA CASA BRANCA COM O APOIO DE PETRO, LULA, ALBERTO FERNANDÉZ, BORIC E... ZELENSKY 

A Conferência Internacional sobre o processo político na Venezuela encerrou-se em Bogotá com uma declaração em que os países participantes concordaram com a necessidade de estabelecer um cronograma para “eleições livres”. O presidente colombiano e anfitrião do encontro, Gustavo Petro, um claro vassalo do imperialismo ianque, busca “reanimar” os diálogos no México, congelados desde novembro passado com a oposição golpista. Petro afirmou que a região "deve ser espaço de liberdades e de democracia", copiando a mesmo cantilena da Casa Branca para atacar o governo Maduro, que acusa ser uma “ditadura sanguinária”. O fato de governos da centro-esquerda burguesa como Lula, Boric, Alberto Fernanadéz e Petro junto com gestões fantoches do imperialismo-OTAN (como Zelensky, Canadá), estarem apoiando esse encontro bancado pelo imperialismo ianque nesse “esforço”, demonstra o caráter golpista e reacionário de tal iniciativa de Biden.

Os 18 países presentes à reunião internacional concordaram cinicamente com a "necessidade de estabelecer um cronograma eleitoral que permita eleições livres, transparentes e com plenas garantias para todos os atores venezuelanos". Trata-se do primeiro dos três pontos de consenso entre os participantes, que voltarão a ser convocados "prontamente" em uma "segunda oportunidade" para "dar seguimento aos desenvolvimentos do que foi alcançado" nesta conferência. Esse engodo visa pressionar o governo Madura a ceder as pressões do imperialismo ianque em favor da oposição golpista.

Além dos 18 países convidados, compareceu também a esta conferência o alto representante da União Europeia (UE) para Assuntos Exteriores e Política de Segurança, Josep Borrell. Estiveram presentes os chanceleres do Chile, Alberto van Klaveren; Bolívia, Rogelio Mayta, e Argentina, Santiago Cafiero, enquanto os demais países foram representados por embaixadores ou outros diplomatas, como Celso Amorim do Brasil.

O alto representante da UE, Josep Borrell, afirmou que o bloco comunitário está disposto a rever as sanções pessoais que impôs a altos cargos do chavismo se avançar "a normalização democrática" na Venezuela e houver "eleições livres, transparentes e inclusivas". Borrell assegurou que esta "revisão" se daria porque estas sanções "não são eternas, as sanções não são feitas para durar para sempre, fazem-se para conseguir que o processo de normalização democrática avance".

O governo da Venezuela assegurou que "toma nota" da conferência internacional e reiterou suas exigências para "avançar no diálogo" com a oposição no México. Pouco depois do fim do encontro em Bogotá, o Executivo emitiu um comunicado em que reiterou a "necessidade urgente" de que sejam levantadas "todas e cada uma das medidas coercitivas unilaterais, ilegais e lesivas do direito internacional que constituem uma agressão a toda a população venezuelana e que obstaculizam o desenvolvimento da vida econômica e social do país". Como podemos ver, Maduro tenta um acordo com o imperialismo ianque mas que não seja tão vergonhoso como querem os falsos "amigos da Venezuela"!