1º DE MAIO COM REPRESSÃO NO CHILE: CARABINEIROS REPRIMEM
TRABALHADORES SEGUINDO AS ORDENS DE BORIC
O presidente do Chile, o social-democrata Gabriel Boric, fez declarações escandalosas diante da repressão destada pelos Carabineiros que deixaram pelo menos três pessoas feridas por disparos de arma de fogo durante a comemoração do Dia do Trabalhador. O tiroteio ocorreu na Comuna da Estação Central, onde os simpatizantes da Central Classista de Trabajadores (CCT) que se manifestavam foram reprimidos pelos Carabineiros a mando de Boric. "Como Estado, não podemos permitir que bandos criminosos do crime organizado tomem as ruas do nosso país e, por isso, vamos aplicar todas as forças da lei para desmantelá-los", sublinhou cinicamente o presidente do país, criminalizando as lutas sociais.
Ele descreveu a situação como "inaceitável" e denunciou a naturalização da violência de "muitas maneiras". "Do Governo vamos disponibilizar todos os recursos para que a investigação que tem de ser feita não só para prender os culpados, mas também para que haja justiça", disse. Por sua vez, destacou que, com o apoio dos ministros chilenos, revisará os protocolos de segurança para que no futuro fique claro que seu governo não permite esses incidentes. Durante a marcha, três pessoas ficaram feridas e duas foram presas.
Segundo a declaração da CCT para o 1º de Maio: "O novo Governo, liderado por Gabriel Boric, elegeu Mario Marcel como Ministro das Finanças para dar um sinal claro de bom comportamento ao sistema financeiro e aos grupos empresariais que dominam todas as instituições do Estado chileno, para garantir um crescimento não superior a 2 % da economia nacional, tudo às custas do povo chileno. Medidas políticas em questões econômicas são previsíveis no plano anunciado pelo governo bórico. Uma das medidas é o CHILE SUPPORTS, que busca congelar o valor da passagem de transporte público e regular o preço do combustível, por meio de subsídios diretamente às concessionárias de transporte público e distribuidoras de combustível: a lógica dessas medidas é beneficiar as empresas, não os trabalhadores. Os trabalhadores estão sendo a desculpa para o Governo transferir dinheiro dos trabalhadores para a capital."