ESCALADA DE PROVOCAÇÕES CONTRA A RÚSSIA: FINLÂNDIA PEDIRÁ INGRESSO IMEDIATO NA OTAN
A Rússia terá que tomar medidas técnico-militares e outras para fazer frente às ameaças decorrentes da adesão da Finlândia à OTAN, declarou nesta quinta-feira (12) a chancelaria russa. Recentemente, o presidente da Finlândia, Sauli Niinisto, e a primeira-ministra do país, Sanna Marin, anunciaram em comunicado conjunto que a Finlândia deve de imediato enviar o pedido de adesão à Aliança Atlântica, em mais uma provocação contra a Rússia orquestrada pelas potências imperialistas e seus aliados.
Na sua opinião, a integração à OTAN fortalecerá a segurança finlandesa. "O lado russo sublinhou por diversas vezes que a escolha dos caminhos para garantir a sua segurança nacional está nas mãos das autoridades e do povo da Finlândia. Porém, Helsinque deve ter consciência da responsabilidade e das consequências de tal passo. A adesão finlandesa à OTAN causará danos graves às relações bilaterais russo-finlandesas, à manutenção da estabilidade e segurança na região do Norte da Europa", diz o comunicado da chancelaria russa.
A OTAN, ao insistir no ingresso da Finlândia na aliança, quer continuar a expansão do bloco até as fronteiras russas e criar novo flanco de ameaça militar a Moscou, ressaltaram na pasta. "O objetivo da OTAN, cujos países-membros convenceram insistentemente a parte finlandesa da ausência de alternativas à associação na aliança, é claro: continuar a expansão até as fronteiras russas, criar mais um flanco de ameaça militar ao nosso país. Mas a história vai julgar para quê a Finlândia coloca seu território na beira de um confronto militar com a Federação da Rússia, perdendo ao mesmo tempo sua independência na tomada de suas próprias decisões."
O ingresso da nação escandinava no bloco violará ainda os compromissos internacionais assumidos pela Finlândia, declarou o ministério russo, em particular, o Tratado de Paris de 1947 que prevê que as partes não devem fechar alianças e participar de coalizões orientadas contra outra parte. Além disso, a entidade russa mencionou o Tratado de 1992 entre Moscou e Helsinque sobre os fundamentos das relações.
