AÇÃO GENOCIDA DA PM DO RIO DE JANEIRO CONTRA A POPULAÇÃO
POBRE: CONSTRUIR OS COMITÊS DE DEFESA ARMADA DO PROLETARIADO PARA ENFRENTAR A
REPRESSÃO DO ESTADO BURGUÊS
Uma operação criminosa do Batalhão de Operações Especiais (Bope/RJ)em conjunto com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) na Vila Cruzeiro, Zona Norte do Rio de Janeiro, deixou hoje(24/05)23 mortos. A operação genocida da Polícia Militar do Rio de Janeiro foi iniciada na madrugada desta terça-feira e não tinha como objetivo cumprir mandados de prisão. De acordo com o tenente-coronel Uirá do Nascimento Ferreira, comandante do Bope, a ação(a segunda mais violenta da história do Rio de Janeiro) era de “inteligência”…ou será que o “conhecimento tático“ do aparato de repressão do Estado capitalista passa necessariamente por assassinar a população pobre?
Os confrontos armados começaram por volta das 4h, quando uma
equipe de vigilância à paisana foi identificada e atacada. A ideia era
surpreender um comboio com 50 traficantes da facção criminosa Comando Vermelho
com um aparato policial que já estava montado fora da comunidade para prender
em flagrante os criminosos.Toda a desastrada ação policial foi frustrada com a equipe
sendo identificada. Dessa forma, a PM decidiu fazer uma operação de emergência
com cerca de 80 agentes e mais 26 da Polícia Rodoviária Federal (PRF), além de
helicópteros e veículos blindados.
A megaoperação policial que deixou um saldo sinistro de 23
pessoas mortas, foi a segunda mais letal da cidade. A primeira foi a que
resultou em 28 mortes no Jacarezinho, incluindo a de um policial civil. A ação
policial no Jacarezinho completou um ano na última quinta-feira.
As organizações de moradores e movimentos sociais vêm
recebendo preocupantes relatos de familiares em desespero, em busca de notícias
por entes ainda desaparecidos. Há notícias de que corpos de vítimas e
potenciais feridos se encontram na região da mata, divisa entre o Complexo da
Penha e do Alemão, e que mães e familiares estariam mobilizados a adentrar o
local em meio ao tiroteio no desespero de localizar seus parentes. Ativistas de
direitos humanos também estão no meio do fogo cruzado, sendo ameaçados por
agentes de segurança do Estado burguês que estão no local impedindo a retirada
de novas vítimas e reprimindo a manifestação de moradores da área.
É urgente a construção dos comitês de defesa armados do
proletariado para rechaçar as ações criminosas do aparato de repressão do
Estado burguês contra a população pobre do nosso país. Destruir a PM assassina
é uma das principais tarefas da revolução socialista!