ISSO A OTANEWS NÃO MOSTRA: RÚSSIA INVESTIGARÁ LABORATÓRIOS BIOLÓGICOS DOS EUA NA NIGÉRIA ONDE SURGIU VARÍOLA DO MACACO
Uma comissão parlamentar criada para investigar atividades de laboratórios biológicos dos EUA na Ucrânia pretende discutir informações do Ministério da Defesa sobre instalações americanas na Nigéria, onde surgiu a varíolas dos macacos. A revelação foi feita por Konstantin Kosachev, co-presidente da comissão e vice-presidente do Conselho da Federação, neste sábado (28). "A comissão pretende discutir informações do Ministério da Defesa sobre o possível envolvimento de laboratórios biológicos dos EUA no surgimento da varíola dos macacos", disse Kosachev.
Segundo ele, "as
informações do Ministério da Defesa, como sempre, são informativas e merecem
toda a atenção possível". O diretor das Forças de Defesa Química,
Biológica e de Radiação da Rússia, Igor Kirillov, afirma que, na Nigéria,
estavam em operação pelo menos quatro laboratórios biológicos americanos. Kirillov
diz ainda que ampolas com agentes patogênicos de varíola desses laboratórios
poderiam cair nas mãos de terroristas.
A autoridade ressalta que o trabalho nestas instalações
estava sendo realizado em violação da resolução 49.10 de 1996 da Assembleia
Mundial da Saúde, segundo a qual a varíola pode ser armazenada em apenas um
laboratório americano, no Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na
sigla em inglês) de Atlanta, nos EUA.
Em relação aos biolaboratórios dos EUA na Ucrânia, Kirillov
afirmou que a falta de profissionalismo dos especialistas nestes laboratórios,
a corrupção no sistema do poder Executivo de Kiev, bem como a influência
destrutiva dos curadores americanos, são uma ameaça para a população civil da
Ucrânia e de países europeus.
Em meio à operação militar especial, a Rússia descobriu
laboratórios biológicos ucranianos financiados pelos EUA. Na ocasião, Kirillov
revelou que os países promoveram experimentos com bactérias da peste, antraz e
brucelose, em um laboratório biológico de Lvov, e com difteria, salmonelose e
disenteria nos laboratórios de Carcóvia e Poltava.
Apenas em Lvov foram destruídos 232 recipientes com
leptospirose, 30 com tularemia, dez com brucelose e cinco com peste.
Os EUA gastaram mais de US$ 200 milhões (cerca de R$ 946,20
milhões) em trabalhos de diversos laboratórios do Departamento Sanitário
Central e Epidemiológico do Ministério da Defesa ucraniano, envolvidos no
programa biológico militar americano.