CHINA PREPARA SUAS FORÇAS ARMADAS PARA “TOMAR TAIWAN”: É O
QUE AFIRMA O ESTADO MAIOR DO EXÉRCITO NORTE-AMERICANO
Os Estados Unidos acreditam que os líderes “comunistas” da China planejam preparar seus militares para "tomar Taiwan”, declarou o general Mark Milley, presidente do Estado-Maior Conjunto dos EUA, na última terça-feira (03/05), durante uma audiência do Comitê de Segurança do senado dos EUA. Segundo o alto oficial militar ianque, o presidente chinês Xi Jinping “fixou-se o objetivo de ter seus militares preparados em termos de capacidade, o que não é o mesmo que dizer que vai invadir imediatamente, mas de ter capacidade para tomar a ilha de Taiwan".
Milley qualificou esse objetivo como “muito ambicioso” e
sublinhou que “resta saber se os chineses vão conseguir cumprir, se terão
capacidade ou não, mas esse é o objetivo traçado para 2027. Temos que ter isso
em mente à medida que avançamos", acrescentou o general imperialista.
Na terça-feira passada, o secretário de Estado dos EUA,
Antony Blinken, afirmou que Washington apoiará Taiwan "com todos os meios
necessários para se defender de qualquer possível agressão, incluindo ação
unilateral da China para alterar o 'status quo' que existe há muitas
décadas". Da mesma forma, o dirigente do Deep State indicou que o país
norte-americano fez ou facilitou vendas de armas no valor de quase 20 bilhões
de dólares e mais de 250 milhões em vendas de suprimentos comerciais diretos
para Taipei desde 2017.
Por sua vez, o porta-voz do Ministério dos Negócios
Estrangeiros chinês, Wang Wenbin, lembrou que os dirigentes norte-americanos
"declararam em várias ocasiões que os Estados Unidos não apoiam a
'independência de Taiwan'", o que no entanto, não impediu Washington de
continuar vendendo armas e ter contatos oficiais com as autoridades locais,
enviando assim "os sinais errados às forças separatistas".
A diplomacia de Pequim considera Taiwan uma parte
inalienável de seu território e insiste que quaisquer negociações com a ilha
que ignorem o governo central “comunista” violam o princípio fundamental de sua
política de uma só China. A maioria dos países, incluindo a Rússia, reconhece a
ilha como parte integrante da República Popular da China.
Embora Washington não reconheça Taiwan, que auto se governa
desde a revolução chinesa socialista de 1949, e possui uma administração própria como um país
independente, os EUA mantém uma política de ambiguidade estratégica em relação
à ilha, reservando-se o direito de manter relações “especiais” com Taipei. Os
Marxistas apoiam integralmente a aspiração do proletariado chinês na
reunificação de seu território nacional, separado pelas forças da reação capitalista
que se refugiaram em Taiwan com o apoio do imperialismo.