segunda-feira, 2 de maio de 2022

PRESIDENTE DA FRANÇA MANDA REPRIMIR VIOLENTAMENTE OS MANIFESTANTES DO PRIMEIRO DE MAIO EM PARIS: LEMBRAM QUANDO A ESQUERDA REFORMISTA APOIOU MACRON DIZENDO QUE SE TRATAVA DE UM “DEMOCRATA E ANTIFASCISTA”?

Em Paris, a capital da República que pariu a democracia no mundo há séculos atrás, a enorme manifestação do 1º de Maio reuniu mais 50.000 manifestantes, sendo reprimida violentamente pelas forças policiais do reeleito presidente “antifascista” Macron. Houve confrontos constantes entre os manifestantes com a polícia, que disparou gás lacrimogêneo, balas de borracha e efetuou dezenas de prisões políticas.

As primeiras escaramuças ocorreram poucos minutos após a saída da passeata, que partiu pouco depois das 14h30 da “Plaza de la República” em direção à “Plaza de la Nación”.  As reivindicações mais populares do ato do Primeiro de Maio foram o aumento dos salários, a manutenção dos serviços públicos e a proteção social(pensões e aposentadorias).

Ao longo do Boulevard Voltaire, após a intervenção brutal da polícia, muitas vitrines foram destruídas, incluindo as de um restaurante McDonald's, agências bancárias, imobiliárias, seguradoras e uma loja de produtos orgânicos. Um carro quebrou e começaram os incêndios no centro de Paris.

Um cordão da tropa de choque bloqueou a passagem dos manifestantes no Boulevard Voltaire e na chegada à Place de la Nation, destino final da manifestação, houve novos confrontos com a polícia, com novos lançamentos de gás lacrimogêneo e tiros generalizados contra os ativistas.

Em Rennes, centenas de manifestantes entraram em confronto por duas horas com a polícia, que usou gás lacrimogêneo e um canhão de água.  Manifestantes incendiaram latas de lixo. Danos também ocorreram em Nantes, onde a polícia interveio para dispersar os manifestantes.

O pelego pró-patronal, CFDT, atualmente o maior sindicato da França, não convoca mais manifestações no 1º de maio. “Buscamos mobilizações mais simbólicas do que massivas”, declarou seu secretário-geral, Laurent Bergese, que desviou o caráter histórico deste dia de luta, que pretende substituir as reivindicações operárias por pautas climáticas, bem ao sabor do golpe imperialista de Macron. 

Os Marxistas Leninistas que denunciamos a candidatura burguesa de Macron, como possuindo o mesmo caráter reacionário e ultra direitista de Le Pen, provaram neste Primeiro de Maio que estão no campo correto da luta de classes, o do proletariado! E que não se deixaram seduzir pelo canto da conciliação de classes, na defesa do regime da democracia dos ricos.