sexta-feira, 1 de dezembro de 2023

AS DIFERENÇAS ENTRE OS REVOLUCIONÁRIOS DA LBI QUE DEFENDEM A VITÓRIA MILITAR DA RESISTÊNCIA PALESTINA... E OS REFORMISTAS DA LIT QUE SE NEGAM A LUTAR JUNTO COM O HAMAS PELA DERROTA DE ISRAEL NA GUERRA EM GAZA

O dirigente da LIT, Francesco Ricci (PdAC italiano) escreveu um artigo intitulado “Palestina: as diferenças entre revolucionários e reformistas” (24/11) declarando que “Toda a esquerda reformista internacional defende o alegado direito de Israel existir e, portanto, de se defender”. O que ele “esquece” é que a LIT não defende a vitória militar da Resistência Palestina, não se posta no campo de combate do Hamas, da Jihad e do Hezbollah para destruir o enclave sionista, enveredando pelo caminho reformista do pacifismo pequeno-burguês que preserva Israel ao criticar centralmente os “métodos terroristas do Hamas”, não colocando-se em sua trincheira de combate real na guerra em Gaza. Não por acaso Ricci afirma “A necessidade de outra direção” sem se postar na trincheira de combate dos grupos armados palestinos que encabeçam o heróico combate em Gaza para desde esse campo militar construir de armas na mão e com um programa internacionalista proletário uma direção revolucionária forjada no curso da unidade de ação contra o sionismo!

A CSP-Conlutas no Brasil por exemplo vem convocando atos em “Pela Paz na Palestina”. Trata-se de uma adesão do PSTU/LIT, que impulsiona essa central sindical, ao pacifismo pequeno-burguês justamente porque não se coloca pela vitória militar do Hamas frente ao enclave terrorista de Israel. No máximo os Morenistas se proclamam em “solidariedade a causa palestina” sempre se distanciando das ações de luta concreta pela vitória da resistência contra Israel. 

Por essa razão o PSTU afirma que “Defendemos uma Palestina Laica, democrática e não racista, na qual os povos de todas as religiões possam conviver em paz. Além disso, discordamos das características autoritárias do Hamas, que impôs uma verdadeira ditadura em Gaza” (15/10). A LIT, assim como o restante da família Morenista, propõe um programa democrático-burguês para a Palestina e, o mais grave, reivindica a derrubada do governo Assad na Síria e do regime dos Aiatolás no Irã, justamente os dois países que centralmente forcencem armas e munições para o Hamas, grupo que o PSTU/LIT acusa de impor uma “ditadura em Gaza” fazendo coro com o cínico discurso de Israel, dos EUA e da venal mídia corporativa alinhada aos sionismo.

O que esses revisionistas do trotskismo cinicamente não dizem é que juntos com Israel estão querendo derrubar os regimes nacionalistas da Síria e do Irã, os mesmos que apoiam militarmente a épica resistência palestina. O PdAC/PSTU/LIT considera que esses dois países como "ditaduras sanguinárias", tanto que publicou vários artigos dias antes dos ataques do Hamas contra Israel com o chamado à derrubar tanto o governo Assad como o Regime dos Aiatolás.

Essa orientação suicida rompe com legado de Trotsky que defendeu incondicionalmente a frente única contra o imperialismo (e obviamente para derrotar o sionismo!), mantendo a independência política na mesma trincheira de combate para enfrentar o inimigo comum, sem abrir não de colocar-se ombro a ombro de fuzil na mão com essas direções burguesas, sejam estatais ou não!

Seguindo o legado de Trotsky, sem depositar nenhuma confiança política no regime Assad ou mesmo dos Aitolás, os Marxistas Leninistas da LBI lutam ombro a ombro, na mesma trincheira militar, com todas as forças políticas e militares que se proponham a derrotar a ocupação sionista e o imperialismo, inclusive o Hamas... enquanto o PdAC/PSTU/LIT e seus “irmãos” Morenistas se perfilam juntos de Israel e dos EUA contra a Síria e o Irã, aliados da resistência palestina, aderindo ao pacifismo pequeno-burguês que levam de fato a “paz dos cemitérios” na Palestina!