O CRESCIMENTO DA PRESENÇA MILITAR DO IMPERIALISMO IANQUE NO
GOVERNO DA FRENTE AMPLA: LULA É O “BONEQUINHO” DEMAGOGO DE BIDEN NA AMÉRICA DO
SUL
Em maio deste ano, em pleno início do governo da Frente Ampla, o Exército Brasileiro emitiu o seguinte comunicado: “O Comando Militar do Norte (CMN) recebeu entre os dias 15 a 19 de maio, uma comitiva do Exército dos Estados Unidos para mais uma etapa de preparação da Operação CORE 23 (Combined Operation and Rotation Exercise). O exercício combinado com o Exército americano será realizado, pela primeira vez, em território amazônico entre os meses de outubro e novembro deste ano”. No final do mês de novembro a operação militar conjunta com o Pentágono foi encerrada oficialmente na Amazônia, pouco antes da Venezuela realizar um plebiscito para retomar o seu território de Essequibo. O CORE23 contou com a participação de 1.500 militares ianques em território nacional. O vergonhoso acordo da anulação de nossa soberania nacional em questão, que trata da “cooperação” militar entre Brasil e EUA, foi assinado em 2010, durante o segundo governo de Lula e promulgado em 2015, durante o início do segundo governo de Dilma Rousseff.
Em agosto desse ano, militares do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA participaram do Exercício Formosa, perto de Brasília (região Centro-Oeste, perto do Cerrado, geopoliticamente o Heartland da América do Sul). Nesse exercício, os fuzileiros navais norte-americanos tomaram conhecimento das táticas dos nossos fuzileiros navais, sendo educados inclusive em cursos cognitivos, com a “Finalidade declarada de fortalecer a integração dessas forças para enfrentarem desafios de segurança comuns”.
Em julho, por sua vez, a Marinha do Brasil participou do UNITAS 2023, um exercício naval organizado pelo SOUTHCOM, que esse ano se deu na Colômbia (no ano passado ocorreu no Brasil). O objetivo declarado era o de permitir aos EUA operar como parte de uma força marítima maior para “controlar o mar e bloquear o acesso a potenciais inimigos”.
Os ianques estiveram aqui, também, em setembro de 2022, no Paraná, sul do Brasil, no QG da 15ª Brigada de Infantaria Mecanizada para exercícios de estratégia conjunta para a participação militar em um “hipotético país latino-americano passando por uma crise humanitária”. Entre agosto e setembro, de 2022, por sua vez, a Força Aérea dos EUA participou do EXCON Tápio, no Mato Grosso do Sul (região sensível para a Agropecuária brasileira) cuja finalidade foi o “desenvolvimento doutrinário de táticas conjuntas, visando a contribuição para a ordem e paz mundial”.
Em meados do ano, além do já mencionado UNITAS 2022, desenvolvido no Brasil, o governo Lula enviou militares para serem doutrinados nos EUA no âmbito do CORE23.
É desnecessário continuar especificando exercício por
exercício militar com o Pentágono, com o objetivo de demonstrar uma tendência
crescente para o aumento da integração entre as Forças Armadas do Brasil e dos
EUA, bem como para o aumento da “influência” do imperialismo ianque sobre a
formação dos quadros militares brasileiros. Está cristalino para qualquer
pessoa com um mínimo de percepção, que sob os governos burgueses da Frente
Popular vêm crescendo a submissão militar do país aos ditames geopolíticos da
Casa Branca
A estratégia do imperialismo ianque em instrumentalizar militarmente o Brasil contra o regime Chavista da Venezuela, parece não ter terminado com o fim governo da direita bolsonarista, muito pelo contrário! O governo lulopetista da esquerda burguesa se mostra ainda mais capacho diante do seu “Amo Imperialista do Norte”.