MORENISTAS DA CS FAZEM MORENO SE REVIRAR NO TÚMULO: APOIAM O
IMPERIALISMO IANQUE CONTRA O REGIME CHAVISTA…
A CS argentina vem se “especializando” no papel de braço auxiliar do imperialismo ianque nos conflitos armados envolvendo os EUA contra nações oprimidas, no caso mais recente a Venezuela governada pelo populista Maduro. Frente a crise entre Venezuela e Guiana (um aríete dos EUA na América Latina), o grupo revisionista escolheu o governo Maduro como o inimigo central a combater e não a Casa Branca como fica evidente no artigo intitulado “Maduro, a los pies de los monopolios petroleros imperialistas” (07/12). Usando como pretexto a denúncia do limitado programa político do Chavismo a CS volta em vários artigos toda sua pífia “artilharia” contra o populista Maduro e preserva o carniceiro democrata Biden, se perfilando objetivamente ao lado de um país imperialista (EUA) e seus satélites contra um país imperializado (Venezuela). Não esqueçamos que a mesma CS adota exatamente neste momento essa conduta na Síria e no Irã que são alvos do Pentágono, defendendo centralmente a derrubada dos governos destas duas nações oprimidas que apoiam com armas e munições a Resistência Palestina em sua guerra de libertação nacional contra o enclave terrorista de Israel armado pelos EUA.
Segundo a CS “La dictadura venezolana abrió la posibilidad de explotar los recursos naturales de la zona de Esequibo -que hoy forma parte de Guyana- a las multinacionales europeas, indias y chinas. Esto sucedió luego del referendo ‘vinculante’, en el que el 95% de los votantes aprobó la anexión de esa zona por parte del Estado bolivariano”. Desde já esclarecemos que nossa corrente denunciou inúmeras vezes os negócios de Maduro com as transacionais petroleiras. Os Marxistas Leninistas não têm nenhuma ilusão política no regime Chavista, a LBI foi a primeira corrente da esquerda revolucionária a denunciar que o tal “Socialismo do Século XXI” não passava de uma camuflagem do impotente e covarde populismo burguês, sempre disposto a claudicar diante do imperialismo e que não avançava concretamente em nenhuma medida na direção da expropriação do capital, recorrendo inúmeras vezes a demagogia populista.
Entretanto neste momento estamos na iminência de um conflito militar entre o principal país imperialista do planeta (usando a Guiana como sua “cabeceira de ponte”) no marco das seguidas provocações contra a Venezuela, uma nação oprimida. Como fizemos na Argentina no início dos anos 80, quando a ditadura militar de Galtieri lançou a retomada das Ilhas Malvinas como uma manobra para contornar a crise do regime, apoiamos incondicionalmente a nação oprimida diante da reação militar do imperialismo britânico, que lançou sua “frota real” ao mar para impedir a retomada do território roubado da Argentina. Estabelecemos uma frente única de ação com os militares genocidas, com total independência política e mesmo sabendo que a ditadura iria capitular frente as ações do cerco imperialista, como de fato ocorreu.
Pelo visto a CS não tirou nenhuma lição do que ocorreu em seu próprio país para aplicar na atual crise envolvendo a Venezuela, tanto que declara “Maduro, como Galtieri en Malvinas, agita la ‘reconquista’ del Esequibo, para desviar la atención del pueblo venezolano”, sem no entanto declarar qual posição a corrente Morenista adotou na guerra das Malvinas. Passados mais de 40 anos, os Morenistas esquecem que a LIT na época foi duramente criticada por outras correntes revisionistas (The Militant, SU, Lambert, etc...) por uma suposta capitulação a um regime militar assassino de mais de trinta mil militantes de esquerda na Argentina. A revisionista CS joga no lixo o abc do leninismo e do trotskismo, além de esquecerem as próprias lições deixadas por Moreno, quando este afirmava que: “preferia estar no campo militar dos generais facínoras do que em nome da democracia apoiar a ocupação da Argentina pela frota imperial da Inglaterra”. Definitivamente o grupo argentino está fazendo Nahuel Moreno se revirar na cova com essa posição escandalosa!
Para a LBI o exemplo da Argentina se aplica agora a Venezuela do populista Maduro, este ainda que de forma muito limitada diante de uma grave crise econômica tenta retomar o Essequibo para a Venezuela. Neste momento o regime Chavista flerta com uma reincorporação pactuada do Essequibo, logicamente que este movimento de Maduro logo já acionou a condenação do Departamento de Estado ianque e sua seção para as semicolônias, chamada de OEA. Exercícios militares conjuntos entre os EUA e a Guiana estão programados ainda para 2023, patrocinados diretamente pelo Pentágono que acionou o Comando Sul dos EUA para operar manobras militares que tem como alvo a Venezuela, um país oprimido alvo da Casa Branca!
Apesar da CS desejar encobrir a realidade, há em um horizonte próximo o início de uma guerra na América Latina entre um país imperialista e um país imperializado. Nesse embate os genuínos Trotskistas não podem se “limitar” a uma tosca análise “econômica” dos negócios do populista Maduro e do regime Chavista com as transacionais como faz a pueril CS argentina para não tomar o lado da Venezuela, precisam adotar uma posição revolucionária frente o conflito: postar-se incondicionalmente no campo da nação oprimida atacada pelo imperialismo ianque e seus sócios menores, defendendo incondicionalmente sua vitória militar!
Frente a essa conjuntura tão polarizada em nosso continente, como Trotsky pontuou no passado, o Chavismo “pode ir além das suas intenções” comerciais e mesmo políticas, acabando por desatar um enfrentamento militar com os EUA via a Guiana, (na chamada “Guerra por Procuração”), como faz o imperialismo ianque e a OTAN contra a Rússia na Ucrânia. Lembremos as palavras do velho Bolchevique no Programa de Transição “Sob a influência de uma combinação de circunstâncias excepcionais (guerra, derrota, quebra financeira, ofensiva revolucionária das massas etc.), os partidos pequeno-burgueses, incluídos aí os stalinistas, possam ir mais longe do que queriam no caminho da ruptura com a burguesia”.
Nesse combate, os Marxistas Leninistas estão na primeira linha do combate anti-imperialista, independente das intenções do regime Chavista presidido hoje pelo populista Maduro... a CS argentina estará mais uma vez ao lado do imperialismo ianque como faz na Ucrânia e fez na Síria e na Líbia! Assim como se aliou aos “rebeldes” da OTAN contra a Líbia de Kadaffi e aos “revolucionários do ELS” contra a Síria da oligarquia Assad, a CS usando como patético pretexto o combate a “ditadura chavista” vem se alinhando com os EUA e a direita golpista apoiada pela CIA contra Maduro. Não por acaso declara em um artigo que “El populismo es, hoy por hoy, el principal enemigo de los pueblos” citando como exemplos a Argentina, Nicarágua e Venezuela. A LBI não tem qualquer simpatia por esses governos burgueses citados pela CS mas se estas três nações oprimidas forem atacadas pelo imperialismo ianque genocida, estaremos incondicionalmente ao lado de Argentina, Nicarágua e Venezuela contra os EUA como nos ensinou Lenin e Trotsky!
Para tentar camuflar sua posição vergonhosa a CS balbucia um pretenso “derrotismo” no iminente conflito entre a Venezuela e o aríete dos EUA, a Guiana. Nesse sentido, afirma “Maduro y sus secuaces se están embarcando en una aventura guerrerista, que, de explotar, creará conflictos con los países vecinos y entre sectores imperialistas. Quien pagará los platos rotos de esta situación será, como siempre, el pueblo venezolano, que poco ganará con los negocios petroleros, ya que será utilizado como mano de obra barata y carne de cañón. Los trabajadores y el pueblo de Venezuela y Guyana deben unirse contra sus respectivos gobiernos y para echar al imperialismo de la región, poniéndose de acuerdo en utilizar los fabulosos recursos que allí existen para su propio beneficio y el de los pueblos hermanos. Eso se conquistará con una revolución, que se proponga concretar el sueño de Simón Bolívar, la Patria Grande, que, para ser cierta, deberá ser Socialista”. Deixemos claro para os “cegos” da CS que a Guiana é apenas a ponta de lança do imperialismo ianque contra a Venezuela neste momento, quem de fato dá as ordens e arma (literalmente) a provocação é a Casa Branca. Portanto trata-se de fato de um conflito que envolve diretamente o imperialismo ianque e a Venezuela, onde não há espaço para a falsa “neutralidade” pacifista pequeno-burguesa travestida de esquerdista!
Pelo que se vê não resta a menor dúvida que a CS rompeu com qualquer critério de luta anti-imperialista. De tão escandalosa, essa política joga na lata do lixo até mesmo a posição que o PST argentino adotou na guerra das Malvinas em 1981, postando-se no campo militar da assassina ditadura argentina contra o imperialismo britânico em nome da defesa da nação oprimida. Entretanto, tal posição foi adotada há mais de 40 anos quando Moreno ainda vivia...
A defesa do estabelecimento de uma frente única com as forças e regimes de nações oprimidas atacadas pelo imperialismo ianque e seus agentes, com total independência política diante das direções burguesas, posição defendida por Trotsky no Programa de Transição e negada sistematicamente pela CS nos dias de hoje em nome do combate às “ditaduras sanguinárias”, mostra a atualidade das lições deixada pelo velho Bolchevique e a inutilidade política dos que revisaram suas posições.
Como podemos observar frente o ataque de um país
imperialista contra um país imperializado a CS não defende a nação oprimida,
basta ver sua rica “folha corrida” na Líbia, Síria, Irã e agora na Venezuela...
sempre seguindo os passos do imperialismo ianque, sempre rompendo com o legado
de Leon Trotsky!