quinta-feira, 21 de dezembro de 2023

IÊMEN RESPONDERÁ A QUALQUER ATAQUE NORTE-AMERICANO NO MAR VERMELHO: FORA O IMPERIALISMO IANQUE DO ORIENTE MÉDIO! TODO APOIO AO MOVIMENTO ANSAROLLAH E A RESISTÊNCIA ÁRABE!

 

O comando militar rebelde do Movimento Ansarollah anunciou ontem (20/12) que o Iêmen responderá a qualquer ataque norte-americano visando os interesses e navios dos EUA, sejam militares ou comerciais: "Não permitiremos que o imperialismo inanque lance ataques contra o Iêmen e depois escape à punição através de negociações. Aconselhamos os países europeus a não participarem em qualquer ataque ao Iêmen, e qualquer país que participe no ataque ao lado dos EUA será alvo. Responderemos a qualquer participação prática dos países árabes em favor da América contra o Iêmen." afirma o comunicado. Todo apoio ao Iêmen e a resistência árabe em sua luta contra o imperialismo ianque e Israel!

Nesse cecário, a Maersk, segunda maior empresa de navegação do mundo, anunciou na semana passada que estava suspendendo embarques em rota com problemas. A gigante petrolífera BP se tornou a mais recente megaempresa a anunciar que está suspendendo todos os transportes marítimos através do Mar Vermelho após recentes ataques a navios pelos rebeldes do movimento Houthi, do Iêmen. 

Nos últimos dias, algumas das maiores companhias marítimas do mundo, como a dinamarquesa Maersk, suspenderam viagens ao longo dessa rota, uma das mais importantes do mundo para o transporte de petróleo e gás natural liquefeito, bem como de bens de consumo.

Isso pode encarecer o preço dessas matérias-primas — pela redução da oferta e aumento da demanda na outra ponta — e afetar o comércio global da economia capitalista em crise.

Há semanas, os Houthis declararam apoio ao Hamas, após o início da ofensiva militar israelense em Gaza em resposta ao ataque de 7 de outubro por militantes palestinos que deixou 1,2 mil mortos em Israel. Os rebeldes afirmaram que estão atacando os navios que viajam para Israel, utilizando drones e foguetes.

Na segunda-feira (18/12), após novo ataque dos Houthis, os Estados Unidos anunciaram uma força naval internacional, com a participação do Reino Unido, Bahrein, Canadá, França, Itália, Holanda, Noruega, Seicheles e Espanha.

O Secretário de Defesa americano, Lloyd Austin, anunciou o lançamento da Operação Prosperity Guardian para garantir a segurança do tráfego marítimo no Mar Vermelho. Uma análise da empresa de consultoria S&P Global Market Intelligence concluiu que quase 15% dos produtos importados para a Europa, Oriente Médio e norte de África foram enviados da Ásia e do Golfo através do Mar Vermelho. Isso inclui 21,5% de petróleo refinado e mais de 13% de petróleo bruto.

Os Houthis têm como alvo os navios que viajam através do Estreito de Mandeb, também conhecido como Portão das Lágrimas, que é um canal de 32 quilômetros de largura conhecido por ser perigoso de navegar.

Essa área está localizada entre o Iêmen, na Península Arábica, e Djibuti e Eritreia, na costa africana. É a rota pela qual os navios podem chegar ao Canal de Suez vindos do sul, uma importante rota marítima.

A Maersk, segunda maior companhia marítima do mundo, anunciou na semana passada que estava suspendendo os envios naquela rota e descreveu a situação como "alarmante" após um "quase acidente" envolvendo um dos seus navios e outro ataque a um navio porta-contentores. Foi seguida pela Mediterranean Shipping Company (MSC), o maior grupo marítimo do mundo, que disse que também desviaria os seus navios da área. Na segunda-feira, outra das maiores companhias marítimas do mundo disse que não transportaria mais carga israelense através do Mar Vermelho. Em uma nota a Evergreen Line disse: "Para a segurança dos navios e da tripulação, a Evergreen Line decidiu parar temporariamente de aceitar carga israelense com efeito imediato e ordenou que seus navios porta-contêineres suspendessem a navegação pelo mar."

Em vez de usar o Estreito de Mandeb, os navios terão agora de percorrer uma rota mais longa para navegar na África Austral, acrescentando potencialmente cerca de 10 dias à viagem e custando milhões de dólares.

"Os bens de consumo enfrentarão o maior impacto, embora os atuais problema ocorram durante a época baixa de transporte marítimo", diz Chris Rogers da S&P Global Market Intelligence. A Evergreen Line disse que quaisquer navios porta-contêineres em viagens mais longas entre a Ásia e o Mediterrâneo, a Europa ou a costa leste dos EUA também seriam desviados para contornar o Cabo da Boa Esperança.

Após ataques a navios, coalizão encabeçada pelos EUA vai criar corredor seguro no Mar Vermelho; líder rebelde diz que responderá com mísseis. Chamada de "Guardião da Prosperidade" e ainda em fase inicial, a operação visa enfrentar a recente escalada de ataques dos houthis. Nos últimos dias, os houthis começaram a atacar um novo alvo com foguetes e drones: os navios cargueiros que passam pelo Mar Vermelho com destino ao Canal de Suez.

Em meio a uma série de ataques a navios cargueiros no Mar Vermelho, os Estados Unidos irão liderar uma coalizão para criar um corredor seguro na região —de modo a evitar ataques de rebeldes houthis, um grupo do Iêmen que apoia os palestinos do Hamas na guerra contra Israel.

O plano é que navios da Organização para o Tratado do Atlântico Norte (OTAN) criem uma espécie de escudo contra ataques de drones e mísseis deflagrados pelos rebeldes. Os ataques têm impactado uma dos principais rotas de distribuição de suprimentos do mundo, o Canal de Suez: o que tem potencial de ameaçar a economia mundial. Ao "Financial Times", uma consultoria suíça em logística informou que 103 navios foram desviados desde os ataques.

Chamada de "Guardião da Prosperidade" e ainda em fase inicial, a operação visa enfrentar a recente escalada de ataques dos houthis. "Navios e aeronaves de várias nações estão e continuarão a se juntar aos Estados Unidos na realização de vigilância marítima e tomando ações defensivas conforme apropriado para proteger navios comerciais da ameaça representada pelos Houthis", afirmou na terça-feira (19/12) o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos, John Kirby.

Em reação, o dirigente dos houthis, Abdel-Malek al-Houthi, disse nesta quarta (20/12) que o grupo não ficará de "braços cruzados" e atacará com mísseis os navios de guerra da coalizão. Os houthis são alinhados ao Irã e ao Hamas em luta contra o enclave terrorista de Israel!